CAPÍTULO 11

35 13 119
                                    

Abby

Uma mulher de carro novo não quer guerra com ninguém e nesse exato momento observando meu lindo carro esporte eu não quero guerra com ninguém. 

Hoje eu decidi que não irei a House, depois de semanas seguidas de muita agitação, um dia livre, com um bom livro, um chocolate quente para enfrentar o inverno que acaba de chegar, aquecedor ligado e apenas uma blusa tamanho GG dos Gun's Roses e uma calcinha de vovó, nada de fios em lugares incômodos hoje.

Me jogo no sofá e cubro minhas pernas com uma manta e aproveito para tirar o atraso da minha leitura. Meu genero literário favorito sempre foi fantasia, sou apaixonada em magia, e outros mundos.

Sou tirada de minha leitura quando a campainha toca  e vou atender com a manta cobrindo minhas pernas. Quando abro a porta dou de cara com o serviço de entrega, sorrio e assino estranhando por não ter pedido nada pela internet.

Abro a caixa e há uma carta por cima do papel de seda.

_ "Fique longe de Hayden, ele pertence a mim!_ encaro a carta com desdém. _ O relógio faz tic tac."

Só pode ser brincadeira.

_ Fique a vontade vadia, ele é seu.

Se bem que o proibido é mais, muito mais gostoso.

É tentador.

A quem estou tentando enganar, eu não quero que ele seja de ninguém, mas também não posso simplesmente me entregar numa bandeja completamente pelada mostrando todas as minhas imperfeições e fraquezas.

Eu não vou deixar alguém me machucar novamente.

Quando estou prestes a me sentar novamente a campainha toca e levanto bufando.

O que uma mulher tem que fazer para ter paz!?

Abro a porta e um Hayden sério me encara com cara de poucos amigos.

_ Falando no diabo._ o puxo para dentro antes que pegue uma gripe na chuva. _ A que devo a sua ilustre visita?

_ Você precisa assinar um termo de confidencialidade, passei na House e disseram que você não apareceu.

_ Eu estava tentando ter meu momento de paz, mas ok, onde eu assino? _ ele me entrega a pasta que estava dentro de seu paletó e me mostra as linhas que tenho que assinar._ Recebi uma ameaça agora pouco, você parece se bem concorrido.

_ Não entendi, como assim?_ reviro os olhos.

_ A carta está em cima do sofá, veja você mesmo.

Ele caminha até lá e término de assinar o tal termo. Quando Hayden termina de ler cai na gargalhada e mais uma vez reviro os olhos.

_ Não sabia que ainda existia esse tipo de coisa._ diz limpando uma lágrima solitária no canto do olho._ Ficou com ciúmes?

_ Absolutamente não, mas é ótimo para o seu ego não?

_ Bom, se você acariciasse meu ego eu iria adorar. _ engasgo e ele sorri ainda mais.

Homem do céu por que tão lindo assim?

_ Nem que me pague._ desdenho.

Ele se aproxima e retira o blazer, seu olhar é feroz e me sinto aquecer por dentro presa a seu olhar. Eu queria que ele me beijasse, me levasse para meu quarto e…

_ Por que me rejeita?_ me puxa para seus braços e deposita um beijo leve em meu pescoço fazendo com que um leve gemido escape de meus lábios. _ Eu a desejo tanto.

(Im)perfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora