XI

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Lucy - Aonde vai?

Camila - Na minha casa. Preciso falar com meu pai.

Lucy - Ele está aí?

Camila - Pra você ver como são as coisas.

Se passaram quatro dias desde então. Meu pai estava na cidade, e eu sabia que era por pouco tempo. Nada como o seu trabalho para fazê-lo dá as caras porque se fosse por mim, ele não viria tão cedo.

Abrir a porta com minhas chaves passeando meus olhos pela sala, as janelas estavam abertas e tudo estava em perfeita ordem, o que significa que ele já estava sim. Délly, a única empregada de anos da minha mãe, apareceu na sala alargando um sorriso ao me ver.

Délly - Camila. Que bom te ver.

Camila - Oi, Délly. Eu vim falar com meu pai.

Délly - Ele deve estar no banho agora, mas logo desce.

Camila - Tudo bem, eu espero.

Délly - Quer que eu prepare alguma coisa pra você?

Camila - Não, obrigada.

Délly - Vou está na cozinha se precisar.

Concordei sentando no sofá à espera dele que logo aparece no corredor dos quartos, percebendo minha presença.

Ale - Você por aqui?

Camila - Um de nós tem que tomar iniciativa, não?

Ale - Estou de saída agora. Vai ter que deixar pra outro dia.

Camila - Surpreendeu zero pessoas. Minha mãe avisou que viria, eu pelo menos acreditei que você às trouxessem.

Ale - Não houve menor possibilidade de trazê-las. Sua mãe está cuidando dos meus negócios e sua irmã estuda, caso tenha esquecido.

Camila - Isso não justifica nada. E desde quando ela cuida dos seus negócios se odeia sua gravadora?

Ale - Odeia mas não é ingrata, diferente de você que podia está seguindo esse ramo, ao invés de inventar casamento com uma qualquer.

Camila - Não nos casamos, que fique claro.

Ale - Ah, então criou senso? Sabia que não durariam.

Camila - Eu não vim aqui falar disso.

Ale - E eu não tenho mais tempo pra ouvir seus problemas. Talvez eu ainda esteja aqui amanhã, só talvez.

Camila - Já vai amanhã?! Achei que ficaria mais tempo. É por minha causa?!

Ale - Já está bem grande para não agir como criança..

Camila - Eu não estou agindo como criança! A gente mau se ver e quando isso acontece, você mau olha na minha cara.

Ale - Eu não tenho só você Camila. Eu tenho uma gravadora pra digirir, uma esposa à minha espera do outro lado do país e outra filha que ainda sim precisa da minha atenção!

Camila - Você dizia a mesma coisa quando se tratava de mim. Pelo menos reconhece a atenção que você deve á ela. Eu espero mesmo que não à decepcionando também!

Ale - Não saia assim, Camila! Tá se rebaixando demais pra quem deveria ter uma conversa mais matura.

Camila - Formalidades não é comigo. Foi uma péssima idéia eu ter vindo aqui achando que você, talvez, mudasse de idéia.

Ale - E sobre oquê eu deveria mudar?

Camila - Largar sua ganância de ir morar na puta que pariu, ou pelo deixar eu ver a minha irmã uma vez, nem que seja por ano!

Nossa Vida (Camren) ¥¥Onde histórias criam vida. Descubra agora