Construí um muro ao meu redor, feito de dores e promessas em vão
cada dia mais grosso o sinto me afastar
de todas as pessoas e de meu próprio coração
eu me cerquei de orgulho e ego ferido e não existe nada mais forte
que as lágrimas de uma mulher
cujo peito ecoa, partida, com a dor quem a fazia sarar
Eu me protegi com pedras a cada vez que eu caía
e repetia sem parar com o folego engasgado
eu nunca mais vou me apaixonar
eu nunca mais vou me apaixonar
E as crises nunca fizeram tanto sentido quanto no momento em que me fiz abrigo em minhas próprias mentiras pra me confortar
e eu ouço um som abafado por entre as rochas dessa muralha
ela diz o que o silêncio cala e venho tentando adiar
do outro lado alguém me ama
mas eu me sinto incapaz de amar
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P.s: escrever esse poema com meu próprio sangue teria doído menos
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As coisas que escondo do espelho
PoetryDepois de escrever "As coisas que falo com o espelho" (dos 14 aos 17 anos), um livro que foi durante os 3 anos do ensino médio meu porto seguro de poemas e desabafos, cheio de amores platônicos e corações partidos eu decidi continuar com a poesia ne...