Confession

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...POV Emma...

Por mais que fosse o que eu estava pedindo, me sinto abalada com sua confissão. Entretanto, tento e preciso manter minha postura profissional. Então, guardo meus pensamentos e busco seguir o interrogatório normalmente, como se aquela frase não tivesse mexido com meu emocional, apesar de eu realmente não saber porque a segurança da Regina é tão importante pra mim.

- Então você confessa? – Continuo seriamente.

- Foi o que eu acabei de fazer, não 'tava ouvindo? – Responde friamente e eu repreendo-o com o olhar.

- Você falou que foi contratado. Quer me falar o nome do seu contratante?

- E o que eu ganho com isso?

- Acha mesmo que está em posição de exigir alguma coisa?

- Acho que você se importa com aquela mulher o bastante, pra me recompensar caso eu te dê alguma informação útil.

- É aí que você se engana. Eu tenho informações suficientes para fazer com que você nunca mais veja a luz do sol de novo. Além do mais, o FBI não negocia com terroristas. - Digo me levantando, seguindo em direção a porta.

- Espera! – Ele suplica e eu me viro, cruzando os braços. – Como eu disse, eu não vou ser preso sozinho.

- Estou ouvindo. – Digo com uma expressão séria e me sento novamente.

- Uma mulher me procurou há um tempo atrás, me falou que seu nome era Sophie Benet, ela me mostrou algumas fotos da Regina, me falou um pouco sobre sua vida, como se realmente soubesse do que estava falando, e me pediu pra seguir a Madame por um tempo e passar tudo pra ela.

- Tudo, o que seria tudo? – Interrompo seu discurso.

- Coisas bizarras e desnecessárias quando se quer excluir alguém do mapa. Roupas que usava, pessoas que ela conversava, se ela parecia estar feliz, os lugares que ela visitava e me pedia pra enviar fotos dela sempre que conseguisse. Como se essa mulher se importasse com ela, o que me fez questionar suas intenções e até duvidar delas em alguns momentos.

- Você sabe que se estiver inventando histórias, vai piorar pra você, certo? – Pergunto, como se duvidasse de algo que ele disse.

- Eu não 'tô inventando nada, 'tô tentando te ajudar e me ajudar também.

- Claro, continua.

- Então. Depois de me fazer todas suas exigências, pediu pra que eu esperasse até o momento certo pra matar a Regina e que ela iria avisar quando fosse esse momento. Quando ela me liberou pra fazer meu serviço, pediu pra que eu fosse discreto e fizesse parecer com um assalto, mas aí você chegou.

- E o que aconteceu antes dela te liberar?

- Nada fora do comum, eu 'tava seguindo a Madame, como de costume, falei que ela estava sem carro e que passou o dia inteiro na sala dela, sem nem sair pra almoçar.

- E você sabe porque a vida da Regina era tão incômoda para essa tal Sophie?

- Ela nunca me disse nada mais do que o necessário. – Diz e olha para uma das paredes como se tentasse lembrar de algo. – Na manhã do dia que eu ataquei ela, a mulher tinha perguntado se nos dias que eu observei ela, ela parecia feliz. E quando eu confirmei, ela não respondeu mais nada e foi só quando escureceu que ela me mandou uma mensagem autorizando que eu fizesse o que 'tava planejado.

- Isso é tudo que você tem para me contar?

- Que eu me lembre, sim.

- Tudo bem, se lembrar de mais alguma coisa, pede para falar comigo. – Falo, pego a pasta com a ficha do homem e me retiro da sala, caminhando até onde a Patterson estava.

A complicated beginning of a happy endingOnde histórias criam vida. Descubra agora