A complicated beginning of a happy ending

The Beginning

Mais um final de dia estressante dirigindo do escritório do FBI para casa, eu amo meu trabalho, mas não tenho dúvidas do quão cansativo é.

Estou dirigindo calmamente quando viro para o lado e percebo um homem estranho se aproximando de uma mulher em um beco escuro. Decido parar meu carro, pego minha arma, antes guardada no porta luvas da minha Range Rover, coloco na parte de trás da calça e me aproximo deles, ficando de frente para os dois.

- Está tudo bem? - Pergunto a morena em minha frente.

- Sim, a senhorita aqui só 'tava me pedindo algumas informações. - O homem fala rapidamente.

Desvio meu olhar para moça que parecia assustada e quando menos espero, o estranho saca uma faca e passa em meu ombro, fazendo um pequeno corte. Com um golpe rápido bato em sua mão, fazendo-o jogar a faca pra longe. Saco minha arma e aponto para ele.

- Não se mexe. – Repreendo-o. Fazendo um sinal com a cabeça para que a moça se aproximasse de mim.

- Calma moça, 'tá tudo bem, só 'tava querendo um dinheiro pra comprar umas parada ai, 'tá ligado?! – Responde desesperadamente.

- Tem um par de algemas no porta luvas do meu carro, se importa em pegar pra mim? – Me dirijo a ela, que assente imediatamente.

Ela traz as algemas e eu as coloco no homem.

Com a arma ainda apontada pra ele, o levo até o carro e digo para entrar no porta malas.

- Qualé senhora, é sério isso?! – Ele questiona.

- Pareço estar brincando?

Ele revira os olhos, fazendo o que mandei e logo em seguida o fecho lá dentro.

- Se importa em me acompanhar? – Questiono a mulher em minha frente.

- Eu vi seu distintivo dentro do carro, devo me preocupar?

- Claro que não, é só um procedimento padrão, eles vão querer saber o que aconteceu.

- Ah sim, eu só pensei que esse fosse um caso da polícia.

- E é, mas o escritório é mais perto daqui. Então...- abro a porta do carro fazendo um sinal para que ela entre - Pode me acompanhar?

- Claro.

Entramos no carro, começo a dirigir, me viro pra ela e percebo um pequeno corte em seu pescoço.

- Quer me contar o que aconteceu? – Tento ser simpática.

- Desde o começo?

- Como você quiser.

- Bem, eu trabalho em uma boutique aqui perto e como estou sem carro hoje, decidi passar na farmácia antes de chamar um Uber. Estava parada quando alguém me puxou pra dentro daquele beco e quando dei por mim ele estava com uma faca no meu pescoço tentando me assaltar...Até você aparecer...Obrigada.

- Foi só sorte, não precisa me agradecer.

Algum tempo depois estávamos entrando no escritório onde trabalho, sendo paradas pelo meu chefe e diretor do FBI, Edgar Reade.

- Achei que já tinha ido pra casa Swan. – Fala com um olhar preocupado encarando meu ombro.

- Eu estava, mas eu vi essa mulher sendo assaltada, aliás, o ladrão 'tá no porta malas do meu carro, já tinha esquecido.

- Deixa que eu cuido disso, vocês precisam ir pra ala médica. – Diz me estendendo a mão para que eu o entregasse a chave do carro.

Eu lhe dou a chave e caminho com a morena até uma enfermeira que a acompanha até um dos quartos, para fazer uns exames simples e ver se está realmente tudo bem.

Depois de ter cuidado do meu ombro (que não precisou de pontos, por ter sido um corte superficial), decido ir até a mulher e me certificar de que ela está bem. Entro no quarto onde ela está e a vejo sentada em uma das laterais da maca.

- Como você está? – Pergunto, o que a faz me olhar rapidamente.

- A enfermeira falou que estou bem. Você parece um pouco pior que eu, não é? – Fala com um pequeno sorriso no rosto.

- Isso? – Digo apontando meu ombro e me aproximando – Foi de raspão, não precisa se preocupar. – Sorrio de volta.

Ela se levanta parando em minha frente.

- Você está liberada para ir pra casa... com toda essa agitação nem perguntei seu nome, senhorita... – Falo esperando uma resposta.

- Mills, Regina Mills. – Diz estendendo a mão para me cumprimentar – Agente Swan, certo?

- Isso, Emma Swan.

- Obrigada por tudo que fez por mim hoje, senhorita Swan.

- Claro...sobre o Uber, aceita uma carona? Falei sério quando disse que já estava indo pra casa.

- Bem...eu não quero te atrapalhar duas vezes em um só dia. – Sorri timidamente.

- Não vai me atrapalhar em nada, além do mais eu ficaria mais tranquila sabendo que chegou em casa bem.

- Sendo assim, eu aceito.

Deixamos o prédio do FBI e seguimos o caminho que ela indica até sua casa, paramos em frente uma casa branca, mais parecida com uma mansão.

- Obrigada pela carona, agente Swan. – Quebra o silêncio.

- Sem problemas, foi um prazer conhecer você, senhorita Mills.

- Sabe, alguém que faz tudo o que fez por mim hoje tem o direito de me chamar pelo primeiro nome. – Fala soltando uma leve risada.

- Gosto do seu sobrenome, Regina. – Dessa vez sou eu quem sorrio. – Mas você pode me chamar como preferir.

- Tudo bem então, Swan. Te vejo por aí.

- Espero que sim.

Ela sai do carro se direcionando até a mansão e após me certificar que ela entrou em casa, saio, indo direto para minha. Realmente preciso de um banho e uma boa noite de sono, pois amanhã será um dia tão agitado quanto hoje.