I love you

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...POV Emma...

Abro os olhos, sem saber de muita coisa. Olho ao meu redor, tentando entender o porquê do silêncio ou até mesmo onde estou. Me lembro de poucas coisas. Para ser sincera, a última lembrança que eu tenho é da Regina, ao longe, caída no chão depois de ter sido empurrada por mim. Após isso tudo não passa de escuridão.

Me perco um pouco na minha própria mente, numa tentativa falha de tentar entender tudo. Um tempo se passa até que eu perceba que estou em um hospital, desvio meu olhar para uma poltrona, que estava ao meu lado, e noto a presença de uma morena, dormindo tranquilamente. A mesma morena que tentei salvar algumas horas atrás, pelo menos disso eu me lembro. Não me preocupo em acordá-la, até porque já deve estar tarde e eu confesso que um cansaço ainda se faz presente em mim. Então, só fecho meus olhos novamente e em poucos minutos, estou dormindo.

**No dia seguinte**

Acordo sentindo alguém tocar a minha mão, mas permaneço com os olhos fechados, uma vez que escuto a voz rouca e serena da Regina, a qual não havia percebido a minha lucidez. Tento me manter quieta e parada, esperando-a terminar de falar. Em algum momento, sinto ela me olhar e parar de falar por alguns segundos, mas eu tento continuar com os olhos fechados.

Ela continua falando e nunca imaginei que um dia iria ouvir essas palavras saírem da sua boca, direcionadas a mim. "Eu te amo", confesso que queria ter aberto os olhos um pouco antes, só para vê-la falando isso. Tudo bem que antes dessa frase um "Eu acho" apareceu, mas isso é só um detalhe.

Não sei se pela situação em que me encontro ou pela nossa proximidade, mas essas palavras mexeram muito comigo e, por mais que eu tente disfarçar, um sorriso se forma no meu rosto, involuntariamente.

Abro os olhos e vejo-a cabisbaixa, olhando para as nossas mãos entrelaçadas, com uma expressão de tristeza misturada com uma calmaria que só ela era capaz de ter.

Não contenho minha felicidade e nem sei exatamente o que dizer, então, só pergunto se ela realmente "acha", esperando que ela me responda que tem certeza. Porém, além de um sorriso que se formou em seu rosto e dos seus brilhantes olhos amendoados, tudo que eu recebo é um breve silêncio.

- Você realmente ouviu o que eu disse? - Ela pergunta.

- Tudo. - Respondo, ainda com um sorriso no rosto.

- Anh... - Abaixa a cabeça como se tentasse esconder sua nítida timidez. - Entendi.

- Eu acordei de madrugada, mas te vi dormindo e decidi tentar fazer o mesmo. - Falo e ela retorna seu olhar para mim.

- Deveria ter me acordado. Eu estava preocupada com você. - A olho com um sorriso tímido, sentindo-a mexer nos meus dedos.

- Me desculpa. Não quis te acordar porque imaginei que estava cansada. - Explico.

- Não precisa se desculpar. - Fala, com um sorriso fraco. - Estou feliz que você está acordada..., - Se aproxima de mim. - ...falando comigo. Gosto de te ver bem. - Coloca uma das mãos no meu pescoço e se aproxima mais, beijando a minha bochecha. - Como você está se sentindo?! - Se afasta novamente, estranhando minha expressão brava.

- Você falando que estava preocupada e agora que eu estou melhor, tudo o que recebo é um beijo no rosto? - Pergunto seriamente e ela sorri, se aproximando mais uma vez.

Porém, agora, a mão que ela coloca no meu pescoço serve como um apoio para que ela possa selar os nossos lábios, como se isso não acontecesse a muito tempo. Eu peço passagem com a língua e ela rapidamente cede, minha mão, que estava perto da sua coxa, sobe até alcançar sua cintura e, por um momento, eu me esqueço de toda a dor que eu poderia estar sentindo. Quando o fôlego acaba, nos afastamos, mas continuamos nos olhando.

A complicated beginning of a happy endingOnde histórias criam vida. Descubra agora