O quarteto, depois de muito tempo, estavam reunido. Alegres, sorridentes apesar do que se sucedia no exterior da casa Black, no mundo bruxo. Era fascinante como em tão pouco tempo tantas coisas haviam acontecido, incluindo a mudança da lealdade de Monstro, o elfo doméstico, que há alguns anos passava informações para sua mãe e sua tia Bellatrix. Foi por isso que Sirius estava morto. Draco se sentia mal ao lembrar da história que Harry o contara.Hermione deixou claro que era para ele tratar bem o velho elfo, que ele também era um ser vivo com sentimentos e, independente de ligar ou não para os maus-tratos, ninguém os iria fazer. Mais uma vez a mente do loiro foi para uma das histórias que eles lhe contaram quando ainda estavam em Hogwarts, onde no quarto ano Hermione havia criado o F.A.L.E: Fundação de Apoio à Libertação dos Elfos.
“Essa mulher é incrível”, pensava com um sorriso genuíno em seus lábios.
As risadas entre os assuntos, o tilintar da prataria nas peças de porcelana antiga, as taças feitas de cristal, suando por conta do líquido gélido que lhe preenchia, tudo aquilo aliviava uma dor que cedo ou tarde ele iria enfrentar. Mas a imagem daquele almoço entre amigos era algo que levaria para sempre em seu coração, eram imagens preciosas que sua mente havia registrado e eternizado.
Na pausa que fizeram, pouco antes da sobremesa, Hermione segurou sua mão por baixo da mesa e lhe lançou um sorriso genuíno e maneira inaudível, disse algo que fez o coração do loiro para.
- Estou feliz por estar aqui conosco, Draco.
“Também estou, Mione. Eu também estou”, disse para si mesmo, com um pesar em seu coração. Mas ainda sustentava o sorriso para garota.
Era loucura como tudo aquilo estava ocorrendo, como teria que continuar. Depois da refeição calorosa e cheia de nostalgia, eles foram para a sala trocar informações que tinham sobre os acontecimentos, mesmo que já tivessem adiantado algumas coisas. Aquele momento feliz e leve que tiveram na copa parecia horas luz de distância. O clima na sala estava tenso, apesar da maneira que todos se portavam, quase confortáveis. Pensar que todos ali, incluindo ele estavam acostumados com aquilo era triste. Eram apenas adolescentes, não deveriam passar por esse tipo de coisas que nem mesmo adultos conseguiriam lidar. Chegava a ser ridículo.
Draco olhava atento para Harry que contava mais sobre Batilda Bagshot, a historiadora que havia comentado no dia do ataque ao casamento de Fleur e Gui. Harry queria respostas sobre Dumbledore e sobre seus pais e aparentemente, ela era a pessoa quem as tinham. Ele não poderia julgar o amigo por estar tão fissurado naquela ideia, pois se ele estivesse no lugar de Potter, faria exatamente igual sem sequer hesitar. Mas isso não significa que ele não achava tudo aquilo muito suspeito.
Aproveitando que estavam tocando em vários assuntos delicados, Draco comentou sobre sua recente proximidade com o Lorde das Trevas. De como o homem estava satisfeito com sua desenvoltura como comensal e como está conseguindo a confiança do ofídico aos poucos. Contou também da desconfiança de sua tia e como ela o torturou para conseguir uma confissão de traição, pois ela acreditava veemente que ele estava agindo em pró de Harry, o que não estava errado.
- Mas isso é loucura, Draco! Ela é sua tia! – ele deu os ombros. Hermione estava pasma com a capacidade de Bellatrix.
- E ele te defendeu? – Ron perguntou incrédulo.
- Na verdade, ele perguntou a Snape o que estava acontecendo e, mesmo com minha adorada tia maluca tentando interferir, ele a repreendeu e deu a palavra para Sev.
- Sev? – Harry questionou com a cara amarrada.
- Não me julgue, Potter. Ele é o mais próximo que tive de uma figura paterna digna. Se não fosse por ele, não conseguiríamos nos comunicar e eu não estaria aqui hoje.
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Através de minhas escolhas - DRAMIONE
FanfictionDraco sempre observou o trio heróico de longe, e por maior que fosse seu ódio, algo começou a despertar no momento em que seus segredos foram revelados e eles se ofereceram para ajudá-lo. Malfoy não entendia essa atitude. Especialmente por vir quase...