O corredor vazio trazia diversas lembranças para os quatro jovens que olhavam intensamente para a parede de pedra. O local era de extrema importância tanto para o pessoal da AD, quanto para Draco, pois ali ele teve a oportunidade de passar momentos incríveis com o trio.
Um a um, entraram pela grande porta de madeira antiga, observando o cenário formado no interior da Sala Precisa. Um sofá, uma poltrona, a lareira com o fogo crepitante e uma mesa de centro; o local perfeito para uma conversa
Uma bem longa, por sinal.Quando por fim todos estavam acomodados, Draco os olhou com a feição dura e os braços cruzados, Ginevra partilhava da mesma postura. Longbottom estava inquieto, não sabia bem o que estavam fazendo ali, não sabia o motivo do Malfoy ainda não ter atacado alguém ou lançado injúrias a eles. Luna apenas esperava que alguém se pronunciasse, enquanto se distraia balançando os pés que não tocavam o chão.
Um longo suspiro pesado saiu do loiro, que imediatamente jogou sua cabeça para trás. Ele estava cansado daquela tensão, queria que as coisas se normalizassem e pudesse seguir com sua vida normalmente. Sem missões, sem dupla espionagem, sem farsas. Apenas seguindo a vida como ele mesmo.
- Quem vai ser o primeiro? – disse sem ânimo.
Os três se entreolharam e ficaram em silêncio por alguns minutos, era estranho o que se passava ali, era algo que não dava para negar. Afinal, qual era o real motivo de tudo aquilo estar acontecendo de uma forma tão pacífica?
- O que diabos você está fazendo, Malfoy? O que foi aquilo ontem à noite e no casamento do meu irmão? – os olhos castanhos da ruiva estavam fixos nos de Draco.
- Sou um espião.
- Isso é óbvio.
- Não, idiota. – virou os olhos. – Após eu me tornar um comensal, Harry quase me matou e depois de muita conversa, o trio me convenceu a falar com Dumbledore. Eles estenderam a mão para mim e eu a agarrei, ou seja, estou do lado de vocês.
- Sempre soube que havia algo de diferente em você, algo que não deixava mostrar. – disse Lovegood.
A atenção do loiro se voltou totalmente para as palavras da garota, pois algumas pessoas já haviam falado coisas parecidas, mas nunca com aquela convicção e inocência. Luna era uma garota estranha, como todos ali sabiam, mas sua peculiaridade e pureza davam a ela uma visão única.
- Obrigado, Lovegood.
- “Obrigado, Lovegood”? – o garoto disse com certo veneno. – Você está sob a maldição imperius? O que está tramando, Malfoy!? – apontou sua varinha na direção do loiro.
- Qual a parte de “estou do lado de vocês” é tão difícil entender?
- Não sei, que tal a que você humilhou a família de Ginny, ridicularizou Luna e me atazanou durante todos esses anos em Hogwarts!?
- Isso são apenas detalhes.
- Detalhes!?
Neville se levantou prestes a atacar o garoto em sua frente, de seus olhos exalavam fúria, sua mandíbula travada e seus dentes rangiam. Ele de longe era aquele menino confuso e acuado dos primeiros anos. Finalmente ele havia encontrado e assumido seu lado grifinório esquentadinho.
Já não era hora.
- Não, Neville. – a Weasley tocou em seu ombro o impedindo. – Ele está falando a verdade, ou parte dela. – ela voltou a se sentar, assim como Longbottom e voltou a olhar de maneira séria para o loiro. – O que aconteceu naquela noite?
- Seu pai sabia de tudo desde o começo. Ele foi responsável de comunicar a Ordem sobre minha mudança de lado. Ele me apoiou... – seu olhar foi para o chão, seu coração doeu ao lembrar dos acontecimentos. – As coisas estavam ficando mais complicadas do que Dumbledore imaginava, então tive que cuidar para que ninguém estragasse meu disfarce e destruísse as chances de derrubarmos o Lorde das Trevas. – um sorriso tristonho formou em seu lábios.
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Através de minhas escolhas - DRAMIONE
FanfictionDraco sempre observou o trio heróico de longe, e por maior que fosse seu ódio, algo começou a despertar no momento em que seus segredos foram revelados e eles se ofereceram para ajudá-lo. Malfoy não entendia essa atitude. Especialmente por vir quase...