10. Pontes.

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          Eu dou algumas voltas pelo caminho da floresta, me sentindo inquieta, até que finalmente entro no chalé. Faltam duas horas para o jantar. Eu simplesmente não posso ficar aqui sentada, eu tenho que fazer alguma coisa.

As coisas estavam indo muito bem entre nós, mas ele tinha que falar sobre casamento. Ele não percebe o quanto isso foi cruel depois do que quase fizemos? Depois de saber o que eu quero dele há anos? Qual é o joguinho dele? Parece que ele não tem ideia de que meus sentimentos são sérios.

Eu vejo meus tênis de corrida em minha mala, mas os ignoro e resolvo trocá-los pela enorme banheira. Depois de tirar a roupa, eu entro na banheira, resistindo ao desejo de bater a porta.

Por que eu estou tão irritada? Nada mudou entre nós. Claro, nós compartilhamos alguns momentos, mas as coisas estão como sempre estiveram. Chase simplesmente não me quer... não o suficiente.

Eu preparo a banheira e espero até que a espuma fique alta e convidativa. Gemendo, eu me afundo nas bolhas, deixando a bandeira transbordar. Eu mergulho a minha cabeça na água, apenas saindo quando meus pulmões começam a queimar.

- Madison, você está aqui? - eu olho ao redor do banheiro. Espera, eu tranquei a porta? Droga! Por que eu fui deixar a toalha do outro lado do banheiro? Fico quieta. Se ele está me procurando, ele pode continuar procurando. Eu não tenho tempo para Chase Gamble agora. A porta do banheiro se abre e Chase surge. Eu me surpreendo e movo freneticamente as bolhas para os meus seios. Ele olha para mim, atordoado, depois se afasta sem graça.

- O que deu em você para invadir o banheiro? - grito com Chase.

- Eu pensei ter ouvido você aqui, mas não tinha certeza.

- Então o próximo passo lógico é entrar sem bater?

- Eu estava preocupado que você estivesse machucada.

- Chase, não me enche. - grito com ele mais uma vez. - Você só queria me ver nua.

- Você me culpa? - os olhos dele me examinam na banheira e eu percebo que as bolhas estão diminuindo rapidamente, ameaçando relevar meu corpo. Um calor aquece minhas veias.

- Eu posso te ajudar com alguma coisa?

- Não tenho certeza. Nós precisamos conversar. - ele entra no banheiro e se inclina contra a pia.

- Agora?

- O que há de errado em ser agora? - eu gesticulo dramaticamente na banheira. Os olhos dele permanecem nos meus, brilhando da maneira que apenas Chase consegue.

- Estou na banheira, Chase. Caso você não tenha notado.

- Olha, eu notei. - ele morde o lábio suavemente, ousando relevar os pensamentos dele. Meu cérebro vai a mil. Eu suspiro e olho a toalha do outro lado do banheiro.

- Pode esperar até eu terminar?

- Eu já te vi nua antes, Madison. - eu fico de boca aberta.

- Você não me viu completamente nua, ok?

- Eu acho que você tinha uns três anos e estava correndo pela sua casa.

- Meu Deus, por que você se lembra de todas essas histórias embaraçosas da minha infância?

- Foi meio traumatizante. Sua mãe teve que me puxar de lado para explicar o porquê de você não ter um...

- Ah, claro. Isso é super traumatizante, então estamos quites. - como parece que Chase não tem intenção de sair, eu coloco mais bolhas nos seios. Ainda assim, a curva suave deles fica logo acima da espuma. - O que precisamos conversar que você não pode esperar?

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