06. Companheiros de Quarto.

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Eu acabei de descobrir que vou ter que dividir um chalé de lua de mel com o Chase. Voltamos ao lugar do brunch para pedir ao Mitch que resolvesse tudo, mas ele não ajudou em nada!

- Ai, cara, vocês dois não vão sobreviver até o casamento. Duvido. - eu suspiro e Mitch ri.

- Por que? Eles vão ficar bem. Madison e Chase são amigos! Eles sempre foram.

- Mãe, nós não somos amigos. Não mesmo. - digo suspirando.

- Eles vão se matar. Eles podem, literalmente, se matar. - Mitch ri alto.

- Nós não vamos nos matar. - digo impaciente

- Eu não prometo nada. - Chase resmunga pela primeira vez em que nós saímos da recepção. Eu penso em estrangula-lo, mas ele se afasta. - Bem, esse trem está partindo para o chalé, se você quiser uma carona.

- Óoo, você é o trem? Quem nunca pegou carona nele, hein? - brinco com Chase que me olha atentamente.

- Eu posso mencionar algumas pessoas. - eu entendo na mesma hora o que Chase quer dizer. - Então, você vem ou não? Se você vier comigo, vou fazer uma parada no caminho. Um pouco de aventura, já que você adora. Você pode aproveitar para explorar o seu lado selvagem, andando no meu Porsche... ou você pode ir andando até morrer. Sua escolha. - Chase brinca.

- Vou andando, Chase. Obrigada.

- É uma longa caminhada. Vamos comigo. - ele fica sério.

- Está um dia lindo. Eu vou ficar bem.

- Você é quem sabe. Vejo você no chalé. - caminhamos em direções opostas. No caminho para o chalé, eu repasso os acontecimentos da manhã. O comentário que eu fiz sobre a vida sexual dele... eu realmente me arrependi.

                             (...)

Do lado de fora do chalé, Chase segura a chave como se fosse uma cobra prestes a enfiar as presas na mão dele. Eu o ignoro e verifico meu celular. Sem serviço. Que falta de sorte! Ele abre a porta e acende a luz. Meu queixo cai e eu cubro a boca com a mão.

- Isso é uma piada. Tem q ser. - digo. O quarto tem cheiro leve de naftalina que se espalha pelo carpete... e pela cama. Vários tapetes cobrem o piso de madeira, incluindo um tapete de urso de verdade. O quarto é decorado em vermelho e roxo vibrante e a cama... a cama é em forma de coração.

- Em que inferno nós entramos? - Chase coloca as chaves em uma cômoda branca, que se parece com um dos móveis da minha avó. Ele olha por cima do ombro com uma sobrancelha arqueada.

- Caramba... é ridículo. - eu olho para a colcha desbotada e estremeço. - deviam tacar fogo nesse lugar, não reformar. - um sorriso lento surge nos lábios de Chase.

- Acho que já vi esse lugar em vídeos pornôs antigos. - entro no banheiro para esconder meu sorriso. Eu olho rapidamente e vejo uma bandeira do tamanho de uma piscina. Olhando por cima do meu ombro, Chase balança a cabeça. - Acho que cabem cinco pessoas nessa coisa.

- Acho que seria estranho.

- Ah, é verdade, mas é grande o suficiente para dois. - eu me afasto do banheiro e passo por ele.

- Eu não sei, eu nunca entendi a graça dessa coisa de sexo na banheira.

- Então você não sabe o que está perdendo. - eu me assusto quando percebo que ele se aproximou de mim. Eu me viro e engulo seco. Eu o imagino molhado e nu em uma banheira, meu sangue ferve em minhas veias.

- Hum, de qualquer forma, eu duvido disso.

- Bem. Então, talvez seja a pessoa com quem você experimentou. Você deve ter experimentado com a pessoa errada. - ficar tão perto dele, a centímetros de uma cama, é demais.

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