The Last Song • jjk + pjm [HIATUS]

ℭαp. 07

Impossível.

Se perguntava quem havia criado essa palavra e atribuído a ela o inalcançável, porque para Jimin aquilo não existia, seja lá quem fosse que criou o tal do impossível só o havia feito porque sabia que grandes pessoas temeriam passar de uma linha pré estabelecida, teriam que se pôr entre paredes de concreto e convencerem as suas almas que elas jamais conquistariam a liberdade do infinito.

Jimin era o maior inimigo do impossível.

Todos os dias lidava com seus demônios que sussurravam o que mais doía em sua carne, e todos os dias ele os mandava se fuder. Jimin chegava onde queria e fugia do mundo barulhento sempre que podia apenas para se encontrar, forte como o Deus do mar, Jungkook estava certo; Park era o céu, o oceano e o infinito, juntos em uma bagunça, em uma dança cuja a música tocada não combinava com os passos embolados. A verdade era que Jimin era o inexplorado e Jungkook era o único que tinha coragem para o descobrir.

Mas o loiro tinha medo do desconhecido, desde ir a lugares novos até criar laços com novas pessoas e por mais que isso fosse triste, era o que mantinha Jimin bem em sua bolha, seguro da maldade humana. Por mais que quisesse que Jungkook fosse sua pessoa, conhecia-se bem o suficiente para saber reconhecer que talvez jamais tivesse lugar para o moreno em sua vida instável; machucava, mas ele conseguia lidar com isso. Se Jeon criasse mais lembranças consigo, sabia que nunca teria coragem para se despedir e quando o moreno o machucasse, seria mais uma ferida que jamais fecharia.

E Jimin não era um colecionador para ter tantas feridas não curadas.

Assim que leu as mensagens de Jeon, seu coração se apertou tanto que talvez tenha ficado do tamanho de uma azeitona. Se sentia mal com a situação, mas não queria que Yoongi soubesse que conhecia, odiaria ter que explicar sobre Jungkook, odiaria ter que dar satisfações e falar sobre o que o jovem o causava, preferia que seus assuntos com o Min fossem ligados apenas a Hoseok, a quem mantinha uma espécie de relacionamento, que atribuíam apenas como amizade, mesmo que tivesse a presença de beijos quentes e carícias nadas sutis, Jimin achava engraçado, mas não se metia, afinal não era seu relacionamento. Ou amizade, como diziam eles.

— Aquele rapaz é o novo funcionário que você comentou? — perguntou distraído assim que saíram do estacionamento e alcançaram as ruas. Se Jungkook trabalhasse com Yoongi, de nada adiantaria ter fingido que não o conhecia já que seu nome poderia surgir em uma simples conversa, e Jeon poderia deixar escapar que conhecia, sim, Jimin, que sabia um pouco de sua história. E isso ele não poderia deixar acontecer.

— Sim, ele é um doce. — Sorriu minimamente com os olhos presos no caminho. — Odeio fazer toda aquela baboseira de entrevista, o currículo dele me surpreendeu e eu sabia que não poderia deixá-lo escapar, então apenas o contratei, seu passado não me interessa contanto que ele não faça nada para me prejudicar e queira crescer junto com a Genius. — Deu de ombros.

— E como você vai saber que ele é mesmo bom? E se mentiu no currículo? E se ele for um idiota que não vai acrescentar com nada? — se exaltou um pouco se virando para Min. Não entrava em sua cabeça que Yoongi tivesse contratado Jungkook sem ao menos saber quem, de fato, era o jovem.

— E se não for? Não posso me basear apenas no "e se...", Jimin. — O olhou sério quando o sinal ficou vermelho e parou com o carro. — Jungkook exala tudo o que um bom músico e amante da arte precisa.

— O quê? — perguntou mais interessado do que gostaria.

— Amor, Jimin. — Sorriu pequeno. — Jungkook transborda amor, até cego consegue ver. Ele chegou ontem todo tímido, mas curioso. Olhava tudo e perguntou até de um dos quadros, seus olhos brilharam quando viu onde vai trabalhar, ficou um pouco desconfortável quando o assunto pesou, mas soube maquiar muito bem isso, gostei dele apenas o olhando. — Arrancou com o carro, fazendo Jimin se calar diante do relato. Era difícil alguém conseguir agradar Yoongi e ele sabia disso, o homem tinha bom gosto para tudo e sabia reconhecer alguém talentoso apenas o olhando, sincero sempre era fácil acreditar na sua opinião. — Engraçado ter encontrado ele por aqui, será que ele mora ali? Ou estava visitando um amigo? Namorada, talvez?