1- Insatisfação

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Nanda

Sexo: uma coisa totalmente carnal, mas que te faz sentir prazer em níveis inimagináveis, tanto que trás prazer apenas de ser insinuado. Quando feito do jeito certo, ele pode te levar a beira de um abismo, pode te levar ao paraíso e te trazer de volta em segundos. Sexo é bom, é maravilhoso, e eu sou viciada nele. E a propósito, é o que estou fazendo nesse exato momento.

Enquanto estou pensando no quanto transar é bom, também estou gemendo no ouvido de um homem qualquer no qual eu conheci em uma das diversas boates em que costumo frequentar, estou pedindo e implorando para que ele vá mais fundo, mais forte e mais rápido. Claro, tenho consciência de que não deveria me relacionar sexualmente com qualquer um, porém, tomo todo o tipo de precaução possível para não pegar doenças e nem engravidar.

Mesmo que eu quisesse — o que de fato não quero — não poderia simplesmente parar de transar, ou melhor, parar de transar com estranhos. Eu não tenho culpa de nunca conseguir achar alguém bom o suficiente para me satisfazer. Mesmo que o cara que estou agora esteja indo o mais rápido possível, o mais fundo possível e o mais bruto possível — para ele —, eu não estou satisfeita.

Ele ia cada vez mais fundo enquanto eu gemia, implorando por mais. Ele também gemia, e devo dizer que seu gemido é muito gostoso, o que só faz com que eu fique mais excitada, querendo cada vez mais.

Eu estava de quatro sobre a cama de um motel, enquanto Pitter — felizmente perguntei seu nome — me fodia com força, o máximo que conseguia. Nós já estávamos na terceira rodada, ele já estava cansado — percebi —, mas eu ainda estava insaciável. O que eu mais queria, era poder transar a noite toda, mas não posso, motivo? Tenho aula no dia seguinte. Eu gostaria de lhes contar sobre minha vida, mas podemos fazer isso depois.

— Ahn, Pitter, vai mais rápido... Isso! — gemi e exclamei, sentindo ele acertar meu ponto G repetidas vezes.

Nós já trocamos de posição diversas vezes, e nesse momento estamos trocando novamente. Em um ato rápido, ele me puxou para si, me fazendo ficar sentada em seu colo, de costas para sim. Seu membro ainda estava dentro de mim, então eu apenas peguei impulso e comecei a quicar, o mais rápido que consegui. Ajudando nos movimentos, Pitter me fodia de baixo para cima, na mesma velocidade que eu. Mais alguns minutos se passaram, até que eu finalmente gozei — mais uma vez —, sendo seguida por ele.

— Isso foi bom para um caralho — ele disse, assim que nossas respirações se acalmaram.

— É, foi bom — foi tudo o que disse.

— Só bom? Garota você acabou comigo, isso foi espetacular — eu apenas sorri, sem me importar muito com o que ele achava.

Sim, havia sido bom, mas não totalmente, eu estava... Insatisfeita, por assim dizer.

— Eu preciso ir, tenho que levantar cedo amanhã — eu digo, me levantando e colocando minhas roupas. Eu deixaria para tomar banho quando chegasse em casa.

— Te dou uma carona — ele ofereceu.

— Não precisa, eu pego um táxi. Até qualquer dia, se você tiver sorte — eu disse, me despedindo e saindo do quarto, já que ele garantiu que pagaria o motel.

Agora sim posso te contar um pouco sobre mim. Eu moro com minha mãe e meu padrasto, minha mãe — Suzana — se casou de novo dois anos depois que se separou de meu pai. Deric, meu padrasto, vive tentando chamar minha atenção, querendo que eu o considere como um pai, coisa que não consigo fazer, afinal, eu já tenho um pai (mesmo não querendo admitir isso.)

Eu tenho uma meia irmã de quatro anos, e mesmo não sendo filha de meu pai — apenas de minha mãe (com Deric) —, eu faço de tudo para cuidar dela, e ela merece todo o amor que recebe em nossa casa.

Eu, com dezoito anos, estou no último ano do ensino médio, agradecendo por finalmente poder sair daquele inferno. Talvez se eu não tivesse reprovado uma vez eu já tivesse terminado, mas quem está ligando para isso a essa altura do campeonato, não é? Na escola, eu sou considerada a nerd, a que não faz nada de errado, e bom, todos me consideram como a 'nerdzinha virgem' da turma. Bom, eu poderia ser uma garota comum, mas só durante o dia, pois, durante a noite eu era algo totalmente diferente.

Claro, vocês obviamente já perceberam, mas eu sou — não com orgulho — uma ninfomaníaca, o que significa que sou alguém totalmente viciada em sexo. Alguns costumam chamar de compulsão por sexo, ou até mesmo de loucura. Bom, tanto faz para mim, é tudo a mesma coisa. E acredite, a vida de uma ninfo não é nem um pouco fácil, no menor dos casos é frustrante.

Eu tenho esse "problema" a muito tempo. Não faço ideia de como, mas eu já sabia sobre sexo antes mesmo de saber fazer contas de mais e menos, talvez, antes mesmo de saber ler. Não me julguem, mas eu já me masturbava quando nem tinha idade para saber o que era isso — talvez com meus seis anos, não me lembro —, e eu fazia quase todos os dias, sem cansar. Claro, eu não fazia masturbação com penetração, mas sabia estimular um clitóris muito bem, e era extremamente criativa.

Com o passar dos anos, eu fui aprendendo mais coisas, tendo mais ideias e testando essas mesmas ideias. Eu sabia bem o que é BDSM, mas fui descobrir totalmente sobre isso anos depois, ou seja, eu praticava sozinha, mas não sabia que era isso em específico. Depois, com meus dez anos, finalmente passei para a masturbação com penetração, e devo dizer que parte do meu receio com isso era por medo de alguma coisa — essa que eu não sei bem o que era.

Enquanto fui crescendo, minha necessidade foi aumentando, as masturbações não eram mais tão satisfatórias, e eu estava sempre atrás de mais. Então, com meus quatorze anos, perdi a virgindade com meu antigo vizinho, esse que eu nem mesmo me lembro do nome, já que nos vimos muito pouco. Depois desse dia, não consegui controlar o que realmente eu era, e me tornei gradativamente o que sou hoje.

Sim, deveria procurar um psicólogo para me ajudar nisso, mas a verdade é que eu não tenho coragem, e obviamente não quero que ninguém saiba desse meu lado.

E quanto a minha aparência; posso dizer que me considero realmente bonita. Meus cabelos são loiros, assim como os de minha mãe. E eu amo meus fios pelo simples fato de serem compridos. Meus olhos são castanho claro, assim como os de meu pai. Bom, e como ninguém é perfeito — mesmo eu sendo muito bonita —; eu tenho miopia, então sou basicamente obrigada a usar óculos. Felizmente, os graus não são tão altos. Sim, sou uma pessoa bem comum, até.

Saindo de meus devaneios, percebo já estar perto de casa, então já vou procurando o dinheiro em minha bolsa. Eu pago o motorista assim que ele para de frente para a casa na qual eu moro. Ela não é tão grande, mas também não é pequena. Posso dizer que faço parte da classe média-alta, mas diferente de muitos, eu não sou esnobe por simplesmente ter um pouco de dinheiro. A parte boa de realmente ter dinheiro é que eu posso estudar em uma escola boa.

Assim, entrando em minha casa, eu tento fazer o mínimo de barulho possível, já que todos estão dormindo. Caminhando lentamente até meu quarto, eu sigo pelo corredor depois de já ter subido todas os degraus da escada. Adentrando meu quarto, eu vou direto até meu armário, pegando uma roupa confortável para dormir. Felizmente, tenho um banheiro em meu quarto, então não me preocupo em ficar totalmente em silêncio lá dentro.

Então, eu começo a me despir, podendo finalmente me livrar do vestido apertado que usei durante toda a noite e início de madrugada. Agora são quase três da manhã, e comparado ao horário em que tenho que levantar amanhã, pode ter certeza de que não vou dormir muito.

Eu tomo um banho rápido, tirando todo o suor e resquícios do sexo que tive recentemente. E lembrando daquele momento, eu começo a sentir meu corpo esquentando. Não, com certeza não vou fazer isso, eu preciso me concentrar em apenas tomar banho, coisa que com muito sacrifício eu finalmente consigo.

Já de banho tomado e pijama vestido, eu termino de fazer minhas higienies antes de finalmente cair em minha cama e adormecer, sendo envolvida pelas cobertas macias e o colchão aconchegante.

Ninfomaníaca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora