Nanda
Uma semana depois, eu já estou começando a me acostumar com meu emprego no escritório de Félix.
A pior parte é o estresse diário, ainda mais sendo fim de ano — o que resulta em muitas provas.
Pelo fato de eu estar com muitas coisas para fazer e me estressando facilmente, eu consigo perceber que meu vício por sexo está aumentando, o que eu considero que não seja bom.
A pedido de Félix e também para meu próprio bem, eu resolvo finalmente ir a um psicólogo, e vou fazer isso hoje.
Mesmo sem saber que tipo de roupa usar nessas ocasiões, eu decido vestir uma calça jeans clara e uma blusa preta, vendo que o resultado final não ficou ruim.
Então, depois de pronta, eu pego uma bolsa com tudo que preciso. Eu peço um carro antes de sair definitivamente, e quando vejo que ele está perto saio e fecho a porta, já que não tem mais ninguém lá.
Durante todo o caminho para a clinica, eu tento me distrair, tentando não pensar em coisas que me façam desistir.
Sim, eu estou extremamente nervosa, principalmente por nunca ter ido nesse tipo de médico antes.
De tão inerte em meus pensamentos, eu demorei para perceber que já havia chegado.
Respirei umas três vezes antes de enfim pagar o motorista e descer do carro, não demorando em entrar no edifício alto.
Ao passar pela recepção, eu converso com a moça simpática que estava ali, a recepcionista, me informando sobre o andar em que tenho que ir, já que eu havia esquecido, por causa do nervosismo.
Ao que já estava devidamente informada, caminhei em direção ao elevador, apertando o botão do número que me levará até o andar do médico onde irei me consultar.
Quando as portas metálicas do elevador se abriram, revelando o interior do escritório, eu caminhei calmamente até a mesa da secretária, que estava localizada ao fundo da sala.
— Olá, bom dia — eu cumprimentei, esperando que ela tivesse sua atenção em mim.
— Bom dia! Em que posso ajudá-la? — ela perguntou, educada e sorridente, assim como eu costumo ser quando estou trabalhando.
— Eu tenho uma consulta marcada com o senhor Sanches — eu respondi, logo vendo ela se dirigir ao computador em sua frente.
— Qual seu nome?
— Nanda Souza.
Depois de um tempo procurando, ela finalmente conseguiu achar meu cadastro, e pediu para que eu aguardasse sentada em um dos sofás que estavam ali.
Sendo assim, foi exatamente isso que eu fiz, aproveitando para conversar com Tyler pelo celular, lhe dizendo como eu estava nervosa.
— Nanda Souza? — ouvi meu nome ser chamado. Eu mal havia percebido o tempo passar.
Aparentemente, era o senhor Sanches que estava me chamando. Ele aparentava ter quarenta e nove ou cinquenta anos. Seus cabelos possuem alguns fios grisalhos, quase a maioria.
Caminhei calmamente até a sala do médico, e assim que entrei ele fechou a porta, logo indicando a cadeira em frente à sua mesa para que eu me sentasse.
— Certo, então, o que a trás aqui? — ele perguntou, tendo sua atenção direcionada a mim.
— Eu tenho ninfomania — eu disse de uma vez, temendo perder a coragem. — E eu não quero mais ter, porque me atrapalha, mesmo que seja bom, de alguma forma.
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Ninfomaníaca [Concluída]
أدب المراهقينNanda Sousa, uma simples estudante durante o dia, mas uma ninfomaníaca insaciável durante a noite. Seu problema começou a muitos anos atrás, quando era apenas uma criança. Não que ela tivesse transado com alguém quando pequena, mas ela já sabia tudo...