Prólogo

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Rose preferia estar no aniversário de seu tio Harry, n' A Toca, cantando parabéns e jogando quadribol com seus primos e amigos. Porém ela estava no cemitério, na Londres trouxa, aonde tinha que aguentar não só a dor de perder seus avós maternos como também ver sua mãe sofrendo nos braços de seu pai.

Foi um idiota acidente de carro, voltando da viajem de comemoração de quarenta anos de casados e então o mundo explodiu para eles, e derrepente não estavam mais em seu mundo, nem no mundo trouxa muito menos no mundo bruxo. Eles simplesmente não estavamos mais entre nós.

Ela soube que havia acontecido algo errado quando o telefone que Hermione mantinha em casa apenas para falar mais rapidamente com seus pais tocou e ela começou a chorar.

O mundo de Rose desabou ao céus pés, tudo perdeu a cor. Ficou triste e sem vida.

Ela os amava, eles mostraram a alegria da vida para ela, todas as vezes que sua mãe tinha que viajar a trabalho, ou ela simplismente queria fugir um pouco da realidade ela ia para casa de seus avós.

Quando Rose era pequena e começava a chorar, seu avô pegava o violão velho da época que era um adolescente e acompanhava sua avó que cantava como um anjo para lhe acalmar.

Antes de entrar em Hogwarts sua avó Mônica colocou ela em aulas de música, piano e canto quando viu que Rose tinha aptidão para música e seu avô Miguel tentava lhe ensinar violão.

Nas férias e nos feriados, sempre que ia ver seus avós eles cantavam juntos, e era como se sua magia vibrasse através da voz.

Eles à fizeram ser apaixonada pela arte de cantar. E sendo bruxa ou não, quando crescesse seguiria no mundo na música, pois era isso que ela amava.

Mas então o mundo explodiu.

Desabou.

Apagou.

Faleceu.

Tirou a vida de seus avós.

E levou com eles toda felicidade que havitava em seu ser.

Ela não aguentaria mais ver uma corda de violão em sua frente.

O mundo havia ficado preto e branco.

Sem cor e sem vida.

O orador fazia suas ultimas preces em volta do caixão no gramado do cemitério, seu pai abraçava sua mãe tentando consola-la, seus tios Potter também estavam ali dando forças para sua família, Lilly fazia pequenos cafunés nos cabelos de Hugo, e James e Albus parado ao lado de Rose sem saber o que fazer, porém muito triste com toda situação.

Quando o coveiro estava começando a levantar os dois caixões para enterra-los ela viu uma figura de roupa preta e cabelos loiros entrar no cemitério, Rose logo reconheceu ser Scorpius.

Céus eles brigavam quase sempre por motivos bobos, será que nem hoje ele lhe daria uma trégua?

Nem no dia mais triste?

Mas então quando ele chegou perto apenas lhe deu um sorriso de pena e estendeu os braços.

—Albus me contou – ele disse puxando Rose para abraça-la – Eu vim da uma força.

—Obrigada...

Ela não se importou em perguntar porque ele estava ali, se ele poderia lhe abraçar e deixar as intrigas de lado por um segundo estava tudo bem.

Ela tinha certeza que nem seu pai estava com cabeça para brigar por ela estar abraçada com um Malfoy.

Não era momento para isso.

Scorpius ficou ali até o final do enterro, mas Rose só se atentou em correr para abraçar sua mãe quando a cerimônia acabou.

Ela tinha que ser forte por sua mãe, estar ali por ela.

Hermione estava completamente desamparada em seus braços sem conseguir conter os soluços. Só elas duas sabiam como se sentiam.

—Eu quero ficar mais um pouco.

Rose pediu olhando para os olhos inchados de Hermione.

—Não filha, não é um lugar para você, é melhor irmos para casa juntos, você precisa descansar.

—Por favor mamãe...

—Filha – Rony falou – Você ainda não pode aparatar, nós vamos embora, sua mãe tem que ir para casa. Vamos por favor.

—Deixa tio – ela ouviu a voz baixa de James atrás dela – Eu fico com ela e levo para casa depois.

—Tudo bem então – Rony passou a mão nos cabelos de James, e Hermione lhe abraçou  – Cuidem-se.

Olhando o portão ela viu os Potter saindo primeiro, Scorpius estava junto de Albus, ambos de cabeça baixa e calados.

—Obrigada Jay.

—Você quer ficar sozinha? Eu posso te esperar lá fora.

—Quero...

James lhe abraçou forte e foi para entrada sentando em um banco.

Rose se sentou no gramado em frente aos dois túmulos lado a lado aonde se lia " Em memória de Miguel e Mônica Granger "

E pela primeira vez desde que recebera a notícia que seus avós tinha morrido, na noite passada, ela deixou seu corpo gritar e a dor sair, as lágrimas desceram como fogo de seus olhos e seu peito ardeu.

Ela gritou.

Soluçou.

Berrou.

Deixou toda dor sair, mas não saia, não sairia nunca.

A porcaria de perder alguém que se ama não sairia nunca.

The Hogwarts MusicOnde histórias criam vida. Descubra agora