12 - Augustus Waters

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Esse cap é totalmente voltado a Augustus e Hazel. Eu não to chorando.

Boa Leitura♡

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Quatro meses e meio. Quatro meses e 18 dias sem Augustus Waters e sua enigmática sabedoria. E como é que eu to lidando com isso? Eu nem sei.
Sinceramente eu não acreditava que seria possível uma vida sem ele, eu precisava dele a todo instante e quando eu perdi isso, perdi ele, foi um baita choque de realidade. Eu precisava de Augustus como meu pulmão precisa de ar.. Mas assim como sobrevivi com ar emprestado eu posso sobreviver, nem que seja pouco, sem ele.

Eu sinto a falta dele como um cego sente falta da luz. Eu sinto a falta de cada ligação durante a madrugada e cada uma das mensagens querendo saber se eu estava bem e eu sinto falta de todos os "okay" que trocamos. Eu sinto falta do toque dele, e sinto falta de cada frase narcisista. Eu sinto tanta a falta dele.

Eu pareço incompleta quando penso nele, eu sinto que parte de mim esvaiu-se. A primeira vez que eu senti isso foi em Amsterdã quando ele me contou sobre o câncer.

"- Um pouco antes de você ir parar na UTI, comecei a sentir uma dor no quadril.

- Não - falei
O pânico me invadiu e me arrastou para as profundezas.
Ele fez que sim com a cabeça.

- Então fui ao hospital fazer uma tomografia.
Ele parou. tirou o cigarro da boca e trincou os dentes.
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam. por isso sabia o que Augustus estava fazendo. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles.
Você não deve se transformar numa mera tristeza, então não vai chorar.
E voce diz tudo isso a si mesmo enquanto olha pro teto. Ai engole em seco, mesmo que sua garganta não queira. Olha para a pessoa que ama você e sorri.

Ele abriu o sorriso torto e disse:
- eu acendi como uma Árvore de natal, Hazel Grace. Dentro do tórax, o lado esquerdo do meu quadril, meu fígado, tudo.

Tudo. Aquela palavra ficou suspensa no ar por um tempo. Ambos sabíamos o que significava. Eu me levantei, arrastando meu corpo e o carrinho pelo tapete que era mais velho do que Augustus jamais seria, me ajoelhei nos pés da cadeira, coloquei minha cabeça no colo dele e abracei sua cintura.
Ele começou a passar a mão pelo meu cabelo.

- sinto muito - falei.

- foi mal eu não ter dito nada para
você - ele disse, o tom de voz manso. - sua mãe deve saber. O jeito como olhou pra mim. Minha mãe deve ter contado a ela, ou algo assim. Eu deveria ter contado para você. Foi burrice minha. Egoísmo.

É claro que eu sabia por que o Gus não tinha dito nada; pelo mesmo motivo que eu não deixei que me visse na UTI.
Eu não tinha o direito de ficar chateada com ele nem por um instante, e só agora que eu amava uma granada foi que entendi a bobagem que é tentar salvar os outros da minha própria explosão iminente: eu não podia deixar de amar Augustus Waters. E não queria fazer isso.

- não é justo - falei - é tudo tão injusto...

- o mundo não é uma fabrica de realização de desejos"

Eu não fazia ideia que hoje estaria sozinha, e se eu pudesse voltar atrás e mudar o passado, não conhecer Augustus, eu faria tudo de novo. Foi um enorme prazer amar Augustus Waters. Foi um dos prazeres da vida, e como Augustus.. Faz algum tempo que decidi não me negar aos prazeres mais simples da existência humana.

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Capitulo curto porque eu não aguento mais chorar. Desculpem.

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