Hospital

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POV DANIEL

  Quando abri meus olhos, eu estava um pouco tonto, mas tinha um homem, um pouco menor que eu, cabelos pretos e mais ou menos minha idade, ele parecia estar dormindo.

  - Bom dia, eu acho que é isso, desculpa a pergunta, mas quem é você?

  - Bom dia, meu nome é Elídio, mas pode me chamar de Lico, e o seu pelo seus documentos é Daniel, prazer.

  - Prazer, me chama de Dani, por que eu estou aqui? E tem muito tempo que estou desacordado?

  - Você estava dirigindo bêbado e bateu no meu carro, mas eu já melhorei, você está de coma já faz um ano, desde então venho de ver todos os dias.

  - Sério?

  Ele começou a gargalhar, eu estava sem entender nada.

  - Você precisava ver sua cara Dani, o acidente foi ontem à noite, mas fica tranquilo eu chamei o seguro, o seu carro estragou muito, o meu felizmente só arranhou.

  - Muito obrigado por tudo e também me desculpa pelo o que eu fiz. E me passa o valor do concerto.

  - Não precisa se preocupar.

  - Obrigado Lico.

  Enquanto a gente conversava entrou um médico, ele era mais alto que eu, parecia ter a mesma idade que eu, era branco e tinha os cabelos castanhos, e parecia conhecer o Elídio.

  - Andy, me fala como o Dani está? - Ele falava como se tivesse muita intimidade.

  - Elídio eu estou trabalhando, fala direito.

  - Claro doutor.

  Até esse momento eu parecia está sobrando, então o doutor começou a dar meu diagnóstico.

  - Mas sobre o senhor Daniel, eu peguei os resultado dos exames, ele apenas quebrou alguns ossos na perna direita e no braço esquerdo, fora isso está tudo bem, vou passar alguns remédios e vou pedir alguns dias de repouso.

  - Mas ele vai receber alta?

  - Eu vou organizar os papéis da alta e ele está liberado.

  - Obrigado doutor - Durante toda a conversa foi a única coisa que pude falar.

(...)

  Peguei todos os papéis, agradeci o Elídio por tudo o que ele tinha feito e peguei meu celular para pedir um Uber.

  O Elídio quando viu o que eu estava fazendo, ele pegou o celular das minha mãos e disse que eu iria com ele.

  - Obrigado Lico, mas não precisa se incomodar.

  - Dani fica tranquilo, hoje eu não tenho mais nada para fazer.

  - Ok, eu vou com você.

  O Elídio era mesmo um anjo, antes de irmos embora ele foi a uma farmácia em frente ao hospital e comprou os remédios e ainda me ajudou chegar no carro, depois me pediu o endereço de casa e pelo o lugar que estavamos era longe da minha casa.

POV ELÍDIO

  Eu não sei o que estava acontecendo, desde que encontrei o Daniel algo me faz querer conhece-lo mais e eu nunca fui assim com ninguém.

  Quando saimos do hospital percebi que a casa dele era muito longe, fiquei feliz porque poderia conhecer ele melhor.

  - Dani - Quando entramos no carro ele parecia pensativo, então tentei puxar assunto - você está sentindo alguma dor?

- Não, está tudo bem.

- Posso te fazer uma pergunta? Eu fiquei curioso.

  - Pode fazer sim.

  - Você não parece um cara irresponsável, então o que aconteceu ontem?

  - Elídio, eu estou à beira da loucura, eu peguei minha ex me traindo com meu melhor amigo, e desde então eu perdi a vontade de viver.

  - Que barra Dani, mas fica tranquilo quem não presta é eles e você se livrou, não estrague sua vida - Quando olhei de lado uma lágrima escorreu em seu rosto.

  - Eu sinto que a culpa é minha.

  - Eu vou te animar, vou colocar um pagode.

  - Pagode? Eu sabia que alguém tão perfeito tinha que ter um defeito - Eu corei na hora de vergonha, ele me achava perfeito.

  - Obrigada pelo perfeito.

  - Você namora aquele médico?

  - O Andy? Credo que nojo, ele é meu melhor amigo.

  Na hora eu não sei o porque ele deu um sorriso.

(...)

  Chegamos no apartamento dele e como ele morava no décimo andar, acompanhei ele no elevador para ajudar.

  - Dani esse é o meu cartão, se precisar de qualquer coisa me liga.

  - Obrigado Lico.

  Nessa hora não sei o porque eu dei um beijo nele, mas por falta de coragem eu fui embora, só vi ele me encarando enquanto a porta do elevador fechava.

  Eu provavelmente nunca mais o veria, mas aquele beijo foi mágico, será que ele sentiria alguma coisa?
 

O encontro improvávelOnde histórias criam vida. Descubra agora