Família

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POV DANIEL

  Elídio Augusto Sanna é a pessoa mais incrível, todas as vezes que estava perto dele me sentia livre para ser eu mesmo, ele era alguém impossível de não se apaixonar e eu, logo eu tirei a sorte grande do meu sentimento ser recíproco.

   Eu me apaixonei por cada detalhe, quando sorria seus olhos tinham uma ruguinhas que o deixava muito fofo, ele nos dias mais difíceis não tirava o sorriso da boca e ele sempre me incentivava a ser alguém melhor.

   Nunca me declarei porque sentia que não merecia alguém como ele, mas eu me apaixonei desde da primeira vez que eu o vi.

   Ontem o destino ajeitou as coisas, ele se declarou, ele gostava de mim, ele não importava com a bagunça que eu era, eu quero gritar para o mundo todo que ele é meu, adormecer e acordar nos seus braços me fez o homem mais feliz do mundo.

   Percebi que acordei primeiro que ele, então desci e preparei um café da manhã.

   Nesse momento eu pensei em contar para o meu pai, felizmente nós estavamos bem e eu queria que continuasse assim.

   - Bom dia pai, como o senhor está?

   - Bom dia Dani, estou bem, o que você aprontou dessa vez?

   - Eu não aprontei nada, mas eu queria te contar uma coisa.

   - Você está com a voz muita eufórica o que aconteceu?

   - Ontem eu fiquei com o Elídio, e acho que quero pedir ele em namoro.

   - Ele é o seu chefe Daniel e você tem que ter cuidado, ficou como assim? Sua geração está perdida na minha época só beijava depois do namoro.

    - Pai eu vou tomar cuidado, e para de ser quadrado.

    - Só me tira uma dúvida, o Elídio é filho do Roger?

   - É ele sim.

   - Ele já sabe de vocês?

   - Seu amiguinho deserdou o Elídio, por ele ser gay.

   - Eu não acredito que ele fez isso, quando você assumiu eu juro que eu não entendia, mas eu sei que você nasceu assim e que eu te amo desde então e nunca vou deixar de te amor.

   - Nossa o seu coração não é tão de pedra.

   - Daniel para de gracinha, e quando eu tiver oportunidade de conversa com o Roger eu vou.

    - Pai eu acho que ele não vai aceitar conversar sobre isso, mas se você quiser, para o Elídio seria bom.

    - Eu vou ajudar e só não troca os pés pelas mãos em relação a vocês dois filho, seja sábio.

   - Eu vou tomar cuidado, obrigado pelo conselho, eu te amo pai, tchau.

   - Se cuida filho, eu te amo, tchau.

   Conversa com meu pai sempre me aliviava, ele as vezes era duro comigo, mas sempre foi para o meu bem.

    Eu havia me esquecido de arrumar o café da manhã, então arrumei tudo e fui até o quarto.

    Quando cheguei na porta escutei que ele estava falando com alguém no telefone, e ele estava chorando muito e eu fiquei preocupado, mas não queria intrometer então esperei ele terminar a ligação.

    Então eu entrei no quarto e ele estava muito mal, então coloquei a bandeja no criado mudo e sentei na cama e trouxe ele para perto de mim, e esperei ele se acalmar.

POV ELÍDIO

  Eu tinha me declarado e ele me correspondeu, Daniel Alves de Castro Nascimento era meu, não que eu era possessivo, mas eu queria gritar para o mundo.

    Precisava contar para o Andy, mas ele devia estar com a moça de ontem, também pensei em ligar para o Gustavo, mas ele devia estar dormindo ainda.

   Olhei para o lado e o Dani não estava, por sorte a casa era dele e ele não poderia fugir, então escutei meu celular tocando e era o Gustavo.

   - Bom dia, eu não estando ai a princesa acorda cedo né?

   - Elídio, meu filho é você?

   - Mãe ...

   Então antes de falar algo eu comecei a chorar muito.

   - Não chora meu filho, como você está?

   - Mãe eu estou com muita saudades e a senhora como está?

    - Meu filho eu não consigo ficar longe de você, não mais ...

    - Mas e o meu pai?

    - Lico eu não me importo para a opinião do seu pai, ele não sabe o que está perdendo em te manter longe, me desculpa filho, eu não reagi bem, mas eu te amo do jeito que você é.

     - Mãe eu te amo, eu entendo eu deveria ter sido mais calmo pra contar.

     - Elídio eu sempre soube, eu só não sabia o que te falar e deixe levar pela opinião do seu pai. Filho amanhã o Gustavo vai me levar na sua empresa e ai a gente almoça juntos.

     - Eu não quero causar problemas entre você e o meu pai.

     - Problema nenhum, se ele quer bancar o bobo e perder o filho maravilhoso que ele tem, eu não vou fazer o mesmo, tchau filho, eu te amo.

    - Tchau mãe, eu te amo.

    Quando eu desliguei a ligação eu cai no choro de novo, mas então o Dani entrou e me abraçou, até eu me acalmar.

    E naquele momento percebi o quão sortudo eu era, por ter o Daniel ao meu lado, aquele dia era um dos melhores da minha vida, porque além de ter aquele homem ao meu lado, eu tinha feito as pazes com a minha mãe.

  
   
   
  

O encontro improvávelOnde histórias criam vida. Descubra agora