Capítulo 17

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Harley conseguiu antecipar suas férias para que elas pudessem fazer a mudança para a nova casa. Na verdade, tirando poucas coisas que ambas realmente gostavam e que levariam de seus apartamentos, o resto tinha de ser comprado. Para isso, precisavam de tempo e dedicação, então Pamela também deixou seus compromissos de lado pelas semanas seguintes.

Fizeram questão de escolher cada móvel juntas. Se não entrassem em consenso, cediam. Uma escolhia um objeto, a outra escolhia outro, afinal, era o lar delas, tinha de ser parecido com ambas. Era o que elas queriam.

O quarto do bebê ficaria ao lado da suíte. Foi o último cômodo a ser decorado e o mais demorado. Não por ser um menino a caminho, mas por ser uma cor linda e que combinava com Harley, a ruiva sugeriu que pintassem as paredes de azul, mas não todas. Uma delas foi pintada de vermelho, o que chocou a decoradora contratada. Em anos no ramo, nunca viu ninguém pintar a parede de um quarto de bebê de vermelho. Mas foi apenas uma, o resto azul.

O berço, assim como todos os outros móveis eram brancos. Encheram uma prateleira com bichos de pelúcia. O armário se abarrotou de fraldas e roupinhas variadas. Era a parte mais divertida para ambas, comprar roupas.

Harley surtava a cada nova loja que encontravam e mesmo já tendo muitas roupas, nunca era o suficiente. Segundo ela e sua fonte Google, bebês cresciam rápido, o que significava que perdiam as roupas em questão de semanas, por isso tinham de comprar bastante e de todos os números. Pamela achava um exagero, mas um exagero lindo que não deixou de incentivar nem por um instante.

Em dezembro, quando começou a nevar em Gotham, a casa estava finalmente pronta. Completamente decorada, com direito a uma imensa árvore de natal no canto da sala. Estavam terminando de decorá-la. Harley em pé sobre uma cadeira que Pamela segurava com muito cuidado para que a loira barriguda não caísse. Depois de colocar a última bola vermelha perto do topo, a loira desceu e começou a chorar.

— Amor? Por que você está chorando? — Pamela perguntou toda preocupada.

— É que... Meu Deus, acho que é o primeiro natal feliz que vou ter em minha vida e isso é uma maluquice do caralho. Eu sempre amei essa data, sempre idealizei como seria tê-la ao lado da minha família, mas eu nunca tive realmente uma família... — disparou a falar entre soluços e lágrimas.

— Oh, meu amor!

A ruiva podia entender o que ela estava dizendo, porque passou pela mesma coisa. A vida inteira datas como o natal foram terríveis de se celebrar, porque sempre esteve sozinha. Nunca teve realmente um lar, até encontrar Harleen Quinzel.

As duas se abraçaram, Harls se aconchegou no peito da mulher que amava e sentiu como o coração dela batia violentamente no peito igual ao seu.

— Isso passou, meu amor. Nós tivemos muitos natais ruins, mas agora teremos só natais lindos pelo resto da vida. Nós conseguimos.

— Sim, porra! Nós conseguimos! — ergueu o rosto para encará-la, os olhos azuis estavam reluzentes. — Eu consegui a minha família, finalmente.

A ambientalista sorriu como uma tola com a declaração.

— Eu sou sua família?

— Você é.

Sem pensar duas vezes, a puxou para um beijo apaixonado que terminou no sofá. Mesmo com a barriga cada dia maior, elas não paravam de transar. Aparentemente a libido de Harley crescia junto com seu ventre.

Sentou no colo da ruiva, que depressa ergueu seu vestido e tocou suas coxas nuas, arrastando os dedos ansiosos em direção à calcinha surpreendentemente molhada.

Meant to beOnde histórias criam vida. Descubra agora