Capítulo 20

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Fazia alguns dias que havia encomendado algo pela internet. Como sair de casa estava fora de cogitação a menos que carregasse seu bebê manhoso consigo, fazer compras online, especialmente daquela espécie, pareceu mais apropriado. Seria muito estranho aparecer em uma sex shop com um neném de colo, apesar de engraçado. Harley chegou a cogitar a ideia, mas estava tentando ser mais normal, por assim dizer. Como mãe, tinha que se manter na linha o máximo possível.

Ao contrário do que ouviu dos relatos de outras mães, Harley não viu seu apetite sexual diminuir, muito menos desaparecer como algumas disseram. Na verdade, ele parecia aumentar mais e mais a cada dia, talvez pelo fato de que Blue demandava tanta atenção que o tempo ficava curto até mesmo para conseguir ter intimidade com sua esposa.

Às vezes elas transavam, apesar da demanda do bebê e do cansaço de ambas, mas ainda não estava no nível que Harley julgava apropriado, ou melhor, no nível que ela necessitava. Seu corpo estava implorando por exercícios, por desgaste e exaustão nesse âmbito. Ela queria ficar desfalecida depois de uma transa alucinante, não de um dia inteiro amamentando. Por isso, e também pelos seus fetiches incontroláveis, comprou um brinquedo que chegou embalado discretamente, passando despercebido pela ambientalista.

Já fazia algum tempo desde que Harley imaginou pela primeira vez como seria usar um strapon com a esposa. Podia imaginar facilmente sua ruiva usando o acessório para fodê-la e o inverso também. Ambas eram imagens agradáveis e difíceis de tirar da cabeça.

— Harls? — Pam chamou do quarto pela segunda vez, achando a esposa silenciosa demais. Já havia desligado o chuveiro há alguns minutos e nem sinal da loira voltar.

Estava pronta para levantar da cama e ir atrás da psicóloga quando a mesma saiu do banheiro e surgiu completamente nua com um olhar determinado e um sorriso devasso. Era a personificação de uma deusa. Provavelmente Afrodite.

— Uau... — a boca da ruiva pendeu. — Que visão!

— Gosta do que vê, Dra. Quinzel?

Nenhuma das duas havia trocado de nome, ambas quiseram manter suas identidades individuais, mas adoravam brincar com seus sobrenomes depois que se casaram.

— Puta merda, sim — os olhos verdes focaram nos seios fartos, que estavam muito maiores e mais bonitos desde a gravidez. — Você é belíssima.

— Eu tenho um presente pra você — disse de repente, caminhando devagar pelo quarto, deixando Pamela babar diante sua beleza.

A ruiva observou a bunda dela conforme Harley andava, que também aparentava ter crescido.

— Um presente?

Sem enrolações, a loira abriu o guarda-roupa e tirou de sua gaveta o strapon metade vermelho e metade azul. Era acima da média em comprimento e tinha uma espessura considerável. Harley o segurou pela cinta e o balançou a sua frente, exibindo-o para a esposa com um sorriso levado.

A botânica abriu a boca num grande O, realmente surpresa. Sabia como Harley podia ser extravagante e surpreendente, mas não esperava por um presente de teor sexual. Achou que ainda fosse cedo para sexo selvagem, mas aparentemente se enganou.

Harley tinha energia de sobra para sexo. Bem... Pamela também.

Deixou de lado o livro que estava lendo, colocando-o na cômoda e se levantou da cama devagar. Usava apenas uma camisola preta. Seus olhos ficaram fixos nos azuis.

— Nem vou perguntar em que momento você teve essa brilhante ideia, querida. Sei como sua mente é engenhosa para essas façanhas — murmurou com brilho nos olhos, dando passos lentos em direção a Harley. — Mas estou curiosa... Qual de nós duas vai usar esse acessório tão... Viril?

Meant to beOnde histórias criam vida. Descubra agora