décimo primeiro

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Seu corpo estava em chamas, mas elas não o machucavam

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Seu corpo estava em chamas, mas elas não o machucavam. Sua fúria atraiu o fogo de todas as tochas do recinto, formando uma grande bola laranja e fumegante. Fora de sua consciência, correu na direção do Imperador, sem se importar se suas ações causariam muitos problemas depois. Flexionou sua perna esquerda à frente, com a direita esticada paralelamente ao ombro, simulando um soco a frente, jogando a bola de fogo na direção de Jimin. Queria vê-lo queimar. Todos os pêlos de seu corpo arrepiaram-se com a expectativa de sentir o cheiro da carne queimada com a força do seu ódio. A culpa por seus homens alfas terem perdido seu futuro era totalmente dele.

Foi quando Jungkook invadiu a cena, assumindo uma posição receptora, com as pernas abertas com os pés virados para frente, a coluna reta e os braços flexionados junto ao corpo. Segurou toda a fúria de Hoseok, passando a energia de forma fluída pelo seu peito com uma das mãos reta e a guiou em direção à janela aberta que havia atrás deles. O príncipe theodeniano tremeu. Apenas os melhores guerreiros eram capazes de guiar a energia do fogo daquela maneira. Pois é, Jungkook podia se defender sozinho.

— Ataque meu marido novamente e eu não terei piedade de sua alma, Jung Hoseok!

Ele não precisou gritar, a acústica do salão favorecia sua voz, agora com bastante entonação de poder. Afinal, acabara de se casar com o Senhor das Montanhas Congeladas. Alguns segundos depois, um animal gigante veio ao seu encontro, parando ao seu lado, atento a tudo. Era uma fera monumental e rara de ser vista, a Pantera das Montanhas. Hoseok trincou os dentes, frustrado.

— Perdão, Majestades! — exclamou o rei de Theoden, entrando na frente do filho e performando uma reverência exagerada. — Meu filho anda irritado com assuntos recentes e, com sua imaturidade, está tentando achar o culpado por si só.

Jungkook sentiu o toque gélido e firme de Jimin em seu ombro, desviando seu olhar para encontrar os dedos cheios de anéis.

— Isso não é desculpa para nos atacar. O príncipe tem ciência de que suas ações poderiam ter insurgido em uma guerra desnecessária? — o Imperador indagou, o tom de voz inocente, mas não havia nada de inocente naquelas palavras. Com Theoden ameaçando de se voltar contra os outros reinos, as outras tribos de Galea, tocar na ferida e fazê-los adiar ainda mais seus planos era um dos deveres de Jimin. E seria um dos de Jungkook em breve.

— Suas ações também não tem potencial para gerar uma guerra? — Hoseok gritou, por detrás do pai, o indicador acusativo na direção de Jimin.

— Que ações? — indagou o Imperador, ainda no seu jogo, fingindo que não sabia de nada. Jungkook perdeu o vermelho das bochechas, virando o rosto. — Casar-me com um theodeniano não deveria ser um sinal de paz entre nossas tribos?

"Esse cretino não pode estar falando sério", pensou. Expôs os dentes, os caninos afiados, demonstrando o tamanho de sua raiva. Hoseok era um vaso rachado pelo ódio e a cada palavra que Jimin proferia, ele corria perigo de estourar em cacos, atingindo e machucando mais pessoas do que deveria.

Imperador de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora