Capítulo 12

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- Jade. 

Fui balançada pelos ombros e apertei meus olhos, tentando me virar na cama em que eu estava e voltei ao meu profundo sono. 

- Jade, acorda. - A voz continuou me balançando sem parar e eu comecei a me estressar. - Levanta logo, os Yoon e os Choi já vão chegar e você continua dormindo e abusando da minha hospitalidade? - A risada alta me fez desistir de tentar dormir.  

Abri meus olhos devagar até me acostumar com a claridade que vinha da janela aberta, o que me fez relacionar com o frio que eu estava sentindo antes de ser acordada pelo brutamonte do Taehyung. Olhei para o relógio ao meu lado que marcava sete horas e 36 minutos e fechei minha cara para o moreno a minha frente que riu ainda mais com a minha voz rouca.

- Não são nem oito horas Taehyung, me deixe dormir. Não estou afim de encarar os Choi novamente, tenho mais coisas para fazer. - Um "tipo?" foi captados pelos meus ouvidos e suspirei. - Tipo sonhar com eu te esfolando por ter me acordado antes das oito para ver uma família que eu não gosto. 

Franzi minhas sobrancelhas que logo foram cutucadas pelo grande dedo do garoto a minha frente.

- Não franza, irá deixar marcas. - Ele sentou ao meu lado e me abraçou. - Eu sei que tudo isso é diferente para você e que eles querem te obrigar a fazer algo que não está afim. 

- Esse corpo nem meu é. - Sussurrei. - Quando eu voltar para o presente ele não terá vida Tae. Isso é, se eu sair dele. - Ri levemente.

V - Winter Bear 10D (N.A: ouça com fones para uma melhor experiência)

Meus cabelos foram afagados por suas grandes mãos e eu encostei minha cabeça em seu ombro, relaxando um pouco com meu melhor amigo. 

- Mesmo se eu voltar, não vou ter ninguém Tae. - Segurei as lágrimas. - Meus pais me abandonaram, a Companhia está me caçando e eu fui traída pelas pessoas que eu confiava minha própria vida. - Não me sobrou nada além de vocês sete, não sei o que fazer quando eu for embora. 

Tae apertou tirou seus braços em minha cintura e rodeou meu corpo, me trazendo para seu peito e continuando o carinho em meus cabelos. As lágrimas caíam silenciosas e molhavam sua camiseta preta, mas ele parecia não se importar.

Escutei uma melodia bastante bela e senti o tremor de seu peito e percebi que ele cantava para mim. Sua voz era rouca e baixa, mas bastante gostosa de ouvir e acalmava meu coração aflito que transbordava medo, insegurança, dor, saudade e especialmente culpa..

Eu me sentia um monstro por tudo o que aprontei e mesmo com Gadreel me ajudando em meus sonhos quando a gente conversava eu ainda me sentia vazia. Me sentia incompleta e não sabia o que fazer para a chama acender novamente. Estava quebrada e chorei com esse pensamento nos braços do homem que eu sabia que eu podia contar minha vida, porque ele nunca iria me trair igual os outros. 

Aos poucos me senti abraçada por todos os sete homens que mudaram minha vida, que me fizeram ver o mundo de outra forma. Dos garotos que me faziam rir em todos os jantares quando Haru estava desaparecida, pois eles sabiam que eu estava triste mesmo não sabendo o motivo e me respeitavam não perguntando. 

Sorri. Sorri por esses garotos fazerem minha vida melhor, e eu senti. Finalmente senti aquele vazio desaparecer completamente e abracei ainda mais meu melhor amigo que retribuiu e continuou cantando docemente. 

- Obrigada. - Funguei. - Obrigada por vocês não desistirem de mim, obrigada por tudo.

[...]

Estávamos todos sentados na enorme sala da família Kim, a mãe de Taehyung conversava algo com Jimin e o pai com seu filho. Eu estava sentada na confortável poltrona que dava de cara com a lareira que estava ligada por conta do frio que fazia lá fora enquanto caía a chuva. 

New Chance - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora