[9] 九

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Leiam as notas!

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Leiam as notas!

WEI WUXIAN

A República vista dali de cima era uma longa extensão de prédios e luzes que se fundiam umas às outras, piscando, reluzindo e produzindo hologramas. A própria cidade parecia algo vivo, respirando profundamente, suas veias correndo através das pessoas abaixo.

Wei WuXian observava tudo aquilo da enorme parede de vidro do que parecia ser o escritório da empresa quando ouviu:

— Você vai dormir no sofá.

Era a voz do tal Lan WangJi. Wei WuXian virou-se, a mão do braço bom apoiada no vidro, como se pudesse sentir o calor da cidade sob suas palmas, e fitou o rosto impassível do homem.

Lan WangJi estava com um pano de chão nas mãos, esfregando as gotas de sangue que caíram no piso. À parte da situação tenebrosa, o braço dele, coberto em tatuagens (havia uma caveira ali?), demonstrava músculos o suficiente para limpar um chão e muitas outras coisas.

Wei WuXian deu de ombros, mas quando percebeu que Lan WangJi sequer o olhara quando perguntou e tampouco dirigia sua atenção para ele agora, disse:

— O sofá está bom.

Arrogante e mesquinho.

Lan WangJi assentiu, torcendo o pano embebido por vermelho. Wei WuXian tinha que fazer muito esforço para não encarar descaradamente aqueles braços tatuados e fortes, então voltou-se para a vista da cidade, sentindo o braço ruim repuxando em dor com o movimento.

Os acontecimentos das últimas horas haviam sido tão aterrorizantes e fora da realidade de Wei WuXian que ele ainda estava tomando seu tempo processando o fato de que queriam matá-lo, e de que demônios existiam. Ele ainda não compreendia quais demônios, e de quem, mas quando se tem o braço quase arrancado e a dor tomando conta de seu corpo, coisas assim deixam de tornar-se o foco das suas questões.

Ele olhou o braço, observando a longa linha que havia ficado onde o detetive havia usado um Reparador. Eram máquinas famosas na República, passando em qualquer intervalo de programa que pudesse imaginar, mas eram caras demais para serem consumidas pela população comum. Avaliando o local onde estava agora, não era surpresa nenhuma que houvesse um Reparador ali.

Ainda bem.

Um cicatriz iria ficar no lugar daquela longa linha, que ainda estava um pouco inchada e pulsava em tons de carmesim, mas o braço de Wei WuXian ainda estava inteiro. Não podia mover muito ou agir em movimentos bruscos, e certamente voltar para o dormitório exigiria muito daquelas ações. Doze horas no sofá de um estranho eram um preço baixo a se pagar por um braço.

ETERNITY | WangXianOnde histórias criam vida. Descubra agora