[28] 二十八

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HUA CHENG

A explosão o pegou totalmente de surpresa.

Hua Cheng não esperava que fosse acontecer tão rápido e tão perto. Porém, o que mais lhe assustou não foi o som horroroso que cortou o céu e reverberou por cada poro de sua pele. Foi aquela escuridão completa.

Aquela escuridão vazia, rodeada de... nada.

Imediatamente, quando sentiu o chão tremer aos seus pés e todo o sangue parar de pulsar no corpo por um milésimo de segundo, Hua Cheng pensou nele. Na única pessoa que fazia o seu coração bater de diferentes maneiras, e agora, conseguia fazer com que ele parasse com a mera ideia de perdê-lo. A mínima centelha de perda que rodeasse o nome daquela pessoa o faria desistir de tudo.

Hua Cheng abriu e fechou os olhos, piscando continuamente até que estivesse enxergando apesar da escuridão massiva que o rodeava. Ele era um ser do Submundo, afinal. A visão noturna — até na mais completa escuridão — não era nada para ele.

Ele correu, desviando de pessoas e retornando por onde viera. As suas pernas cortavam o caminho rapidamente, os músculos doendo e o ouvido zumbindo com aquele som que era característico toda vez que um ser do Submundo saía de um dos buracos.

Um chiado agudo, como um último suspiro de morte. Um som que se assemelhava aos corpos sendo fechados para nunca mais serem abertos.

Hua Cheng bateu no ombro de várias pessoas, seus dedos abrindo caminho em meio às pessoas que gritavam e seguravam seus familiares, namorados ou cachorros com força. Os olhos, arregalados e as pupilas dilatadas tentando enxergar a mínima fagulha de luz. O problema era que não haveria nenhuma.

Por favor, alguém me ajude!

— O que está acontecendo? O que há com a cidade?

— A República não é mais segura?

— Como algo assim pode acontecer?!

Hua Cheng não conteve o mínimo sorriso. Era uma boa visão. As pessoas da República, tão cheias de si e tão... soberbas. Haviam tantas falhas sobre aquela cidade, sobre sua administração, sobre sua própria história, que Hua Cheng sentia vontade de socar alguém apenas por relembrar do que acontecera anos atrás.

Da Primeira República.

Mas agora não era o momento para tais lembranças. A vingança, o ódio, o pesar e as correntes que o prendiam ali se tornavam insignificantes quando comparados ao sentimento que pulsava por suas veias, ultrapassando sua pele e misturando-se ao ar que o rodeava. Pesado e barulhento.

ETERNITY | WangXianOnde histórias criam vida. Descubra agora