[3] 三

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WEI WUXIAN

O mundo era um caos de vidro, fogo e pixels

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O mundo era um caos de vidro, fogo e pixels. Wei WuXian gemeu, os olhos fechados pelo impacto enquanto tentava fazer as pernas funcionarem, os ouvidos zumbindo como se estivessem sendo chacoalhados por mãos gigantescas.

O que diabos estava acontecendo?

Uma dor aguda subia pelo seu braço, mas ele não conseguia abrir os olhos e nem ouvir nada por causa do impacto. Tudo estava longe, como se ele estivesse em órbita em vácuo.

As memórias vieram a si como um flash. A estação. Jiang Cheng rindo. O tubo. Ele tinha visto. Bem ali, descendo o tubo do elevador. Uma mistura de garras, sangue e pixels, e de repente… nada. A explosão que se seguiu o lançara para longe, e ele não conseguia abrir os olhos, não conseguia ver nada porque iria morrer, era agora…

O seu coração doía como se ele tivesse sido atingido naquele ponto. Cegamente, levou a mão até o peito e sentiu algo estranho ali. Onde deveria estar sangue, uma ferida profunda ou um corte que o faria se arrepiar, havia apenas a sensação de pequenos quadrados que vibravam em sua mão. Remexiam-se como formigas, passeando pelos seus dedos e pelo peito.

Wei WuXian respirou fundo, ignorando a dor no braço e abriu os olhos.

Era como se observasse o mundo através de um copo de vidro. Tudo o que via eram formas borradas, cores laranjas e pretas zunindo em pontos do que outrora fora a estação. Um chiado constante na ponta da sua cabeça o fez levar as mãos até o ouvido, porque estava ficado tudo tão barulhento e…

Alguém estava o segurando. Alguém o segurava pelo braço e olhava diretamente pra ele.

Quem? Estava borrado, como em uma pintura impressionista. Não haviam formas reais, tampouco algo que o realmente faria entender o que estava acontecendo. O chiado ficou mais alto, e então ele ouviu. O som de uma explosão, um grito, o vidro estilhaçando enquanto alguém corria ao seu lado. Wei WuXian levou a mão à cabeça, fechando os olhos novamente enquanto esperava que os sons retornassem para si.

— Wsa Wxuiai! — Uma voz chamou, as palavras morrendo como se estivessem embaixo da água.

— Senhro!

Tudo era horrível. O caos, o fogo e o sangue. Mas o pior de tudo era a sensação que se alastrava pelo seu corpo como um milhão de cobras contorcendo-se por suas pernas, seu rosto, seus braços… Estavam o enforcando. Afundando-o. A impotência o recordava de muito tempo atrás, quando ainda era criança.

Um lago gelado. Sangue. Corpos.

Wei WuXian arfou, levando a mão ao peito. Algo tocou seu braço, um inseto, algo o pinicara… Rápido como viera, a sensação de estar afundando e distorcido se fora, como se puxado por um gigantesco buraco negro invisível. A audição retornou como se ele tivesse emergido de águas profundas e escuras.

ETERNITY | WangXianOnde histórias criam vida. Descubra agora