[1] 一

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WEI WUXIAN

WEI WUXIAN

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Caindo.

Ele estava caindo em um mar de fogo. O calor, sangue e ossos o consumiam como um monstro desesperado. A pressão de outro corpo com o seu o cercava, varrendo a dor e a agonia para longe. E então, ele estava nas nuvens, flutuando eternamente em uma massa de energia e imensidão.

Até que ele voltou a cair, cair e cair. Tudo o que ele sabia era que estava caindo, a sensação de desespero tomando conta de si, dominando-o por dentro. O vento o chicoteava, furioso. Estava caindo na escuridao profunda. Morrer. Iria morrer, estava morrendo… era o fim…

— Wei WuXian! — A voz de Jiang Cheng gritou no seu ouvido. — Acorda, porra!

Wei WuXian suprimiu um grito de terror ao pensar que ainda estava caindo, mas bastaram-se dois segundos para ver que estava no dormitório da universidade; seu irmão idiota ao seu lado.

A face de Jiang Cheng parecia levemente preocupada. Antigamente, quando os sonhos começaram e tudo o que Wei WuXian fazia era gritar e chorar, eles quase tinham ido em um psicólogo. Hoje em dia um bom grito no ouvido já ajudava, como dizia seu irmão.

Wei WuXian sentou na cama, grogue. Jiang Cheng o observava, sem camisa e com o lençol ainda o cobrindo. Haviam duas camas no dormitório, separadas por exatos sete metros, ocupados por uma mesa de centro. Eles dormiam em camas separadas, óbvio, mas foram incontáveis as vezes nas quais Jiang Cheng chegara bêbado e dormiu agarrado com Wei WuXian dizendo que ele era o “melhor pior irmão de todos”.

Essa fora uma dessas noites.

Wei WuXian suspirou, coçando os olhos, afastando a lembrança da fumaça e do sangue.

— Que horas são?

Jiang Cheng apontou para o relógio flutuante em cima da mesa de cabeceira do outro lado do quarto.

— Seis e meia. Às vezes seus sonhos são até bons, porque aí não saímos atrasados — Jiang Cheng tentou se levantar, mas gritou, sentando-se novamente e colocando a mão na cabeça com um gemido. — Que porra…

Wei WuXian chutou os lençóis, azuis e com listras amarelas — cortesia da irmã mais velha deles, Jiang YanLi. Abriu a gaveta da cabeceira e tirou um tablete de comprimidos que sempre deixava ali. As aventuras de Jiang Cheng com bebida era bem recorrentes.

Pegou uma garrafa de água no freezer acoplado à parede e jogou para ele.

— Toma. É melhor ficar bom antes das aulas de desenho técnico — Jiang Cheng o olhou confuso. Wei WuXian suspirou, estalando os dedos para ativar a luz no teto. Em seguida, gesticulou para o relógio flutuante, passando a mão para o lado e mostrando o horário de aulas de cada um. — Viu? Não adianta resmungar dizendo que quer ficar na cama.

— Até parece que você é um exemplo de aluno.

— Mas eu sou um.

Jiang Cheng deu um leve chute com o pé no monstruoso computador que ficava entre as duas camas. Era um GeForceX198. Wei WuXian gastara uma grana nessa belezura — ainda estava pagando. Ele suspirou, dando de ombros.

ETERNITY | WangXianOnde histórias criam vida. Descubra agora