✧q u a t r o

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— Não faz sentido ela ser metade japonesa e não saber a língua.

— Ela foi adotada, eu expliquei-te tudo!

— Eu sei, mas não faz sentido ela não saber japonês.

— E acredito que possa falar inglês melhor que eu, então vou arriscar.

— Você não tinha dito que era fluente no currículo?

— Agora sei de onde meu sobrinho puxou. — Faço cara pensativa. — Realmente eu devia 'tar doido quando o preenchi.

— Seu sobrinho sabe inglês?

— Nem pense que vou o colocar nisso! Ele já tem o que se meteu.

— Hm. Então como vai o estudo? — Acabei suspirando.

— Vai indo no maiores esforços possíveis.

— Estou achando que afinal não havia ter te pedido ajuda. Você está carregado.

— Agora também não vai voltar atrás. — Me levantei. — Vamos tratar de você antes que possa ser tarde demais e depois eu cometa um assassinato fora de missão.

— Você às vezes parece um psicopatinha, sabia?

— Prefere morrer?

— Aish, calma. Eu não cheguei a esse ponto da conversa.

— Vamos. — Peguei as chaves de casa e ele se levantou vindo até mim.

Saímos do meu apartamento e mesmo que não fosse totalmente aceite, eu peguei meu carro. Isto não tem nada a ver com missões, então eu vou utilizar porque está frio e eu não quero apanhar mais frio assim andando de mota mesmo que não se compare com o frio que apanhei em plenas seis da manhã.

—  Posso saber como vai me ajudar?

— Vou te "ensinar" aquilo que fui obrigado a saber.

— Mas é só defesa?

— Você sabe como atacar alguém sem recurso de armas?

— Mais ou menos, não tenho o nível das missões como você. Sinceramente nunca fui sozinho e sempre era para prender alguém.

— Não fazia ideia. Isto que dá serem tão reservados ao ponto de nós próprios não sabermos nem o que estamos fazendo.

— Verdade, mas fazer o quê? Nós só temos que aceitar pois isso é o nosso trabalho. — Assenti com a cabeça, ele tinha razão. Assim que chegamos, estaciono meu carro no primeiro lugar que encontrei no estacionamento. Saímos do carro ao mesmo tempo e o esperei vir até mim.

— Não se assuste pois comigo foi bem pior e foi no prédio secundário.

— Porque eu me assustaria? De qualquer maneira eu teria que aprender.

— Isto não vai ser só hoje?

— Eu espero que seja só hoje sim, mas para isso você tem que aprender rápido e porque também eu tenho que ir estudar, não quero parecer um analfabeto quando fazer minha missão.

.

— Bate-me Yuto! Se você quer me atacar sem usa logo a arma, tem que bater!

— Mas eu não vou te bater, você é meu professor.

— Estamos com luvas de box, com proteção, eu tô com uma proteção na barriga para você me socar lá e ainda pareço um sopinha de massas falando um sopinha de massas falando! Você vai me bater sim! Aprendeu defesas rápido, mas o ataque está uma bosta.

— Eu sei atacar! Só não quero te bater assim.

— Aish, chega por hoje. Pelo menos aprendeu defesa.

— Desviar é mais fácil que bater.

— Você um dia compreenderá que ataque e o defesa se completam, mas hoje não mais, estou cansado e faltam um quarto de hora para as sete. — Digo olhando as horas no meu celular depois de tirar todas as proteções do meu corpo.

— Quer ir jantar? Eu pago como recompensa de me estar a ajudar.

— Queria recusar, eu tenho fome. — Yuto sorriu e entramos dentro do balneário para trocar de roupa, pois a que estávamos usando no "treino" eram do estabelecimento.

— Voltem sempre! — Falou a filha do dono do estabelecimento e eu apenas dei um sorrisinho para não parecer mal educado, já Yuto acenou feito louquinho até sair do local.

— Você às vezes é estranho Yuto.

— Não vem com coisinhas ou fica a morrer à fome.

— Desculpa, desculpa. Não precisa chegar nesse ponto, eu realmente tenho fome.

— Acho bem. Agora vamos ao meu restaurante favorito, cujo mesmo você nunca quer ir.

— Não acredito que vai me levar nesse.

— Ai vou sim. Bora. — Me puxou para o carro e praticamente e enfiou no meu lugar. Deus tenha piedade de mim às vezes.

.

Já no restaurante, pedi a comida que mais me agradou mesmo que preferisse comer bem melhor noutro restaurante, mas vou aproveitar que ele que paga tudo.

— O que vai pedir?

— O número cinco. É o único que me agrada.

— Você está perdendo o gosto pela comida japonesa ou é só impressão minha?

— Não estou, apenas não curto muito desse restaurante, mas como é você que paga não vou reclamar.

— E depois sou eu que sou estranho.

— Não reclame de mim ou consigo mil e uma reclamações contra você.

— Nem falo mais, a comida está vindo.

Runaway | nakamoto yutaOnde histórias criam vida. Descubra agora