✧t r ê s

130 24 63
                                    

— Eu não acredito que vou fazer isso! — Reclamei comigo próprio enquanto pegava um caderno que não estivesse muito para que pudesse o utilizar.

No meu notebook estava já pronto para começar uma pequena aula para eu aprender, ou conseguir, português e assim conseguir me comunicar com ela pois o inglês não vai, eu acredito plenamente isso.

- QUEBRA DE TEMPO -

Meu cérebro parecia que ia rebentar, mas acho que pelo menos entrou alguma coisa de básico, o que eu acho que me serviria. O que eu não faço por uma missão que eu tô a ver que o final dela é a minha morte.

Olhei as horas pois meu estômago roncou implorando por comida e com isso notei que já eram quase quatro da tarde. As únicas vezes que eu passo várias horas assim são quando eu durmo demais ou mesmo quando arranjo umas sonecas por aí.

Peguei meu celular olhando algumas mensagem de Yuto, mas eu estava com preguiça de responder pois minha cabeça já não estava nem para este mundo mais. Eu só queria fechar os olhos um pouco, mas ainda podia levar alguma bronca por me ligarem e eu não atender por estar dormindo.

Deixei o celular em cima da secretária, mas o mesmo logo começa a vibrar com o nome de Yuto especado na tela. Com muito esforço eu atendi pois eu não queria na verdade.

"O que você quer?" - Perguntei assim que atendi.

"Tanta agressividade. Estava dormindo?"

"Não, mas queria. Estava estudando."

"Estudando? Você já terminou a escola faz tempo seu trouxa. Precisa de me enganar melhor para a próxima."

"Eu estou falando verdade, mas também não necessito que acredite." - Respondo grosso.

"Não precisa me responder dessa maneira."

"Minha cabeça está rebentando, mas fala lá o que você quer."

"Eu recebi minha missão ainda a pouco e queria sua ajuda para uma coisa."

"Yuto eu não posso, eu também tenho a minha e você sabe tudo dela."

"Eu sei, mas era uma coisinha rápida."

"Eu queria te ajudar, mas não vai dar. Desculpa."

"Aish, tudo bem. Obrigado na mesma."

"Tenta falar com K, mesmo que ele seja um pouco cusco de vez em quando."

"Dava muito mais jeito você" - Respiro fundo e acabo me rendendo, como sempre.

"Okay Yuto! Você ganhou. Vem na minha casa e me fale da sua missão, todos os detalhes assim como eu fiz.

"EU TE AMO YUTA!" - Gritou e eu rapidamente lhe desliguei a chamada na cara.

Depois eu reclamo que tenho trabalho acumulado.

Passado uns poucos minutos minha campainha toca várias vezes seguidas e percebi logo que era Yuto.

- Eu te amo, sério! - Falou ele assim que abri minha porta para ele entrar, pela segunda vez, hoje.

- Primeiro eu vou arranjar algo para comer, a não ser que queira que eu morra de fone aqui ou vire canibal e te corte aos pedaços para comer.

- Credo Yuta, você às vezes diz umas coisas assustadoras.

- Você que se habitue pois você quase vive colado a mim.

- Eu sei, eu sei que pareço que vivo quase colado a você, mas é porque para mim você é o melhor.

- Ninguém é "melhor", todos estamos ali para dar o nosso melhor, que é diferente.

- Entendi querido filosófico, mas você também percebeu o que eu quis dizer. - Dei de ombro e vou em direção à cozinha pegar algo para eu comer pois, como sempre, eu tenho de preguiça de fazer algo no fogão e assim ter uma refeição de jeito.

Vou para a sala, onde Yuto se encontrava, com a comida nas mãos e me sento do lado dele.

- Agora pode me contar sua missão. - E ele então me contou, à partida eu não percebi nada, mas com o seu melhor desenvolvimento eu consegui entender.

- Vou ser sincero. Se você bater a bota, eu vou matar seu superior pois tenho certeza que não foi o master.

- E não foi. Foi quem está responsável nas minhas missões agora, não é mais o master, não sei o porquê, mas não é.

- Ah! Então você foi para outra área. Se é que me entende.

- E porque eu não entenderia? Mas esse não é o motivo principal de eu estar aqui. Eu realmente preciso da sua ajuda.

- Eu vou ajudar como poder. Não prometo é nada pois é muito melhor.

- Obrigado. - Deu um sorriso.

- Não precisa de agradecer, já o fez muita vez. - Riu fraco e eu me levantei indo até a cozinha colocar o que tinha na mão no lixo.

- Mas agora mudando de assunto. - Suspeitei fraco porque eu sabia que algo estava para vir.

- Pode falar. - Voltei para perto dele.

- O que estava estudando e porquê?

- Estava estudando a língua nativa da garota para conseguir me comunicar com ela. Meu inglês é péssimo e ela não sabe nada de japonês mesmo sendo filha de um biologicamente.






.

Runaway | nakamoto yutaOnde histórias criam vida. Descubra agora