Capítulo 7.

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Camila

— Então basicamente você está me dizendo que antes de antes de ontem, você encontrou com um cara do site, ele foi totalmente idiota, arrogante, sem noção e vive com a cabeça na lua. — Assinto. — Então no dia seguinte você resolve sair para beber e distrair a mente, sem intenção nenhuma e, conhece um deus grego, que segundo você tem um beijo maravilhoso, mãos enormes e uma puta de uma pegada que é de deixar até os pelos mais escondidos arrepiados, então ele diz que quer ter algo com você — dentro do que você quer —, aí você diz não e sai dali, sem mais nem menos?

Fugir virou a minha especialidade.

— Sim. — Respondo, bebericando meu café.

— Amiga, você ficou maluca? Não era exatamente isso que você queria?

— Sim, mas—

— Não tem nem porém nisso Camila. — Taylor me interrompe e eu suspiro, dessa vez com raiva de mim.

— Taylor, pensa comigo, se eu transar com ele, eu não vou poder me livrar, o trabalho dele fica na esquina da rua onde eu moro. E se por acaso eu encontro ele na rua e digamos que ele esteja namorando com alguém?

— Para Camila, isso é só mais um motivo para você não se negar a isso. — Ela bate na coxa, aparentemente com vontade me matar. — Se ele pode ser o cara que vai te pegar de jeito, por que não investir?

— Amiga, eu quero uma transa de uma noite. Só isso, não quero investir em ninguém.

— Ele não te pediu em casamento Karla Camila. — Sua voz de estresse me começa a me deixar estressada também.

— Não me chama assim, parece que você está com raiva. — Digo acanhada.

— E EU ESTOU! — Ela suspira e se aproxima de mim. — Você resmungou por todo esse tempo que esses caras são idiotas, isso e aquilo, agora magicamente o homem dos sonhos de toda mulher, brota na sua frente e você está fazendo cu doce? Aí não dá né minha filha. — Taylor parecia indignada.

— Aí Tay. — Tento me lamentar mas ela não deixa. — Nem eu estou me entendo, amiga.

— A próxima vez que você ver esse cara, você vai dar pra ele se não... Espera aí — ela pede quando o seu celular toca.

Assinto e fico esperando ela terminar sua ligação, eu sei que Taylor tem razão, mas não sei como eu iria agir caso o encontrasse na rua, na verdade eu nem sei porque eu estou criando tanta desculpa. Se a transa for boa e eu querer repeteco? E se ELE querer repetir, e a transa for ruim? Tem tantas possiblidades boas, tantas possibilidades ruins. Meu coração acelera só de pensar nele.

— Mila, eu vou ter que sair agora, me empresta seu carro? — Nem parece a mesma amiga que estava puta comigo a uns dois minutos atrás.

— Claro, aconteceu alguma coisa?

— Na verdade não, só vou ter que ir buscar uma encomenda para o mala sem alça do meu chefe, e é um pouco longe daqui. — Peguei a chave do carro de dentro da bolsa e entreguei a ela, nos abraçamos e ela saiu.

Levanto-me da cadeira e entro outra vez na cafeteria, afim de comer outro muffin, me viro para voltar ao meu lugar, esbarro na Taylor.

— Ué amiga, voltou?

— Nem fui e nem vou, já vai comer de novo né? Divide comigo. — Amo vê-la toda manhosa assim.

— E não vai por que? — Pergunto pidona.

— Quando eu estava para entrar no carro avisaram que ia demorar mais uma hora para chegar. Aí resolvi demorar mais um pouquinho aqui, você sabe que eu no volante sou mais rápida que o próprio Dom, de Velozes e furiosos.

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