Capitulo 1.

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Espero que gostem.

Boa leitura.

Camila.

  A frustração me atingiu pela terceira vez só aquela semana, meu corpo sedento pedia mais, bem mais que apenas mais um vibrador, mais que um pênis de borracha e meus dedos — ridiculamente pequenos —, entrando em mim, pedindo pelo calor de outra pessoa, pelo pênis  de um homem real. Querendo mais do que apenas brinquedos. Querendo orgasmos, mas não cedendo a isso.

Porra.

  Me deixo cair na cama e suspiro pela enésima vez, cansada de viver assim.
  Como toda e qualquer pessoa normal, eu gosto de sexo. Só que talvez um pouco à mais do que deveria, estudei para entender profundamente sobre as coisas da união carnal, porque as pessoas gostam tanto de fazer isso, porque cometem tantas loucuras, porque fazem certas coisas, porque os homens erram tanto — mulheres também, ninguém está isento —, na hora do sexo e porque muitas vezes são egoístas. Eu conheci muitos homens assim, egoístas na cama, todas as vezes que eu pedia para experimentar algo diferente, eles não aceitavam ou até mesmo quando eu estava ao ponto de chegar em meu ápice. Eles paravam. E eu não sentia prazer.

  E cadê o caralho da mutualidade?

  Então descobri que eu poderia encontrar esse prazer sozinha, de diversas formas, que antes eram novidades para mim, então eu sentia prazer, tesão, um fogo em fazer tudo aquilo. Era bom demais. Era.

  Mas se tornou repetitivo, cansou.

   Ser sexóloga afastou todo e qualquer cara que eu quis nos últimos anos. Até mesmo para uma transa de uma noite. Era difícil ficar com um cara comum e ele querer sair comigo, por já saber quem sou, ou por as vezes achar que eu iria agir de uma maneira em que iria rebaixa-lo na hora da transa, querendo saber mais que ele... Vai entender o pensamento dos homens que são machistas. Eu não ligo, apenas aciono o foda-se e sigo rica, linda, gostosa e maravilhosa.
Na verdade eu não ligava, até agora, nesse momento meu cérebro me faz lembrar como é ter o toque de alguém, como é ter alguém te desejando, entrando e saindo, indo fundo e lento, rápido e forte...

  Oh, porra.

Eu queria pelo menos ter essa pessoa egoísta comigo agora. Pelo menos seria alguém real... O que eu mais sinto falta é do cheiro de sexo, do sêmen escorrendo em mim, os beijos... o calor pré e pós sexo. E o foda é que um vibrador não me xinga, nem bate na minha bunda, nem puxa meu cabelo, nem geme ao pé do meu ouvido.

— Eu só queria dar, é pedir muito? — Berro para o teto, batendo os braços na cama e bufando em frustração. — Adianta choramingar uma hora dessas Camila?

  Não!

•••

— Deixa eu ver se eu entendi mesmo. — Taylor bebericou seu café fumegante, olhando para mim com diversão. — Você quer um relacionamento?

  Nem por um caralho bem gostoso!

— Não. Eu quero foder com alguém. Quero ser fodida por esse alguém.— Digo em voz baixa, para que ninguém além dela me ouça. — Eu preciso disso, na verdade... eu necessito!

— Mas não foi você mesma quem sempre defendeu a tese de que não precisamos de homem nenhum para nos satisfazer? — Eu odeio ela.

— E realmente não precisamos. Mas, eu quero. Não, eu necessito foder com alguém Tay. Já tem um tempão que não sinto nada além de pênis de borracha dentro de mim, meus dedos ou vibradores em meu clitóris. — Resmungo irritada, com o rumo que a minha vida tomou. — É dura essa vida.

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