Camila.
Fiquei com um pé atrás, ao conversar com outro cara depois do vexame que foi com o Lucas. Meu medo era que com esse, fosse ainda pior. Eu estava apostando às minhas fichas nesse, com fé de que a coisas poderiam dar certo. Que eu teria uma foda maravilhosa e só acordaria no outro dia, nas nuvens. Sempre correndo o risco.
Uma semana inteirinha depois, eu estava em frente ao espelho novamente me arrumando, linda como sempre. Eu estava indo para o segundo encontro, dessa vez vestida em uma saia jeans aberta na frente, uma blusa de alcinhas lisa, os malditos saltos pretos e finos, um rabo de cavalo em meu cabelo e uso meu batom vermelho fatal.
O tal Harry parece ser quente demais, — apesar de eu não gostar muito —, o homem possuí um piercing em seu lábio inferior, aquilo meio que chamou a minha atenção, ele também tem músculos visíveis que eu vou fazer questão de conferir se são realmente firmes.•••
Já no bar, entro e me sento na mesa para dois que à ali para ver se dessa vez, eu tenho sorte. Mais de duas semanas sem ter um orgasmo, hoje eu tenho que conseguir, tem que dar certo, já está se tornando calamidade essa situação, parece que o universo resolveu conspirar contra mim!
Eu acho que posso ver a cara do universo, olhando para mim com um sorriso maquiavélico enquanto assente diversas vezes.
Porra, eu nem estou pedindo muita coisa além de uma boa noite de sexo e pela foto do perfil, Harry me parece ser um homem do rock, sua foto de corpo todo apresentava um look negro, cabelo em corte militar, tatuagens nos braços, nenhum sorriso... Minha intuição diz que esse cara tem um H maiúsculo. Que pode ser bem potente em outros quesitos também.
Que Deus o abençoe.
Uma mão grande e pesada toca meu ombro e anseio sabendo que é Harry.
— Karla? — suspiro pesadamente, faço um charme olhando-o de lado, arqueio a sobrancelha e assinto. — Colé gatinha. — Seu perfil dizia trinta anos, a aparência realmente diz isso, mas com essas gírias? Puta merda.
— Hmmmm, olá Harry. — Ergo minha mão e ele a aperta firmemente, como se eu fosse um homem.
Oh caralho.
Ele dá a volta e senta na cadeira pondo os pés em cima da mesa, da maneira mais ogra que eu já vi. Suas mãos tateiam pela jaqueta de couro e ele pega uma carteira de cigarros no bolso.
Ainda por cima e fumante.
— Aceita? — Pergunta ele estendendo o cigarro em minha direção, e eu com certeza faço cara de nojo e nego avidamente. Bem que eu percebi, essa voz rouca demais, soava como a de um fumante.
Odeio cigarros.
— Não, obrigada.
— Certeza, nem mesmo um traguinho?
— Não, nem mesmo um "traguinho". — Digo fazendo aspas com as mãos, sorrindo falsamente, e já começando me sentir nervosa.
— Bom... azar o seu. — Diz ele acendendo aquela merda.
Simmmmmmm meu filho, o azar é todo meu! É claro que sou eu, quem estou correndo o risco de ter doenças respiratórias, sou eu também que está triplicado as minhas chances de morrer ao 55 anos, aumentando em 10 vezes o risco de ter uma tromboembolia venosa e
aumentando o risco de insuficiência vascular periférica causando má circulação nas pernas e impotência sexual.
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Romance.
Roman d'amourSinopse. "Eu não queria um Romance. Eu queria sexo, uma foda quente, beijos quentes, calcinhas molhadas - algumas, se possível, até rasgadas -, chupões, puxões de cabelo e tapas na bunda. Eu queria ser fodida, queria tudo que há de mais promíscuo. M...