Camila.
Choraminguei para o Thunder a noite inteira, meu cachorro era sim, meu psicólogo. O meu pequeno trovão negro acabou dormindo de tanto ouvir minhas ladainhas, sei que o enchi, mas eu precisava de alguém que me escutasse com atenção.
Sexta-feira... a bendita enfim, havia chegado e com ela a vontade de sair e me divertir veio com força também, hoje é dia de balada no Raul's, eu preciso arranjar uma forma de extravasar a minha raiva, pois eu ainda estou puta de uma maneira absurda e hoje eu vou beber até virar a noite, dançar até meus pés doerem, quem sabe eu não encontro alguém hoje? Apenas para ficar... ou talvez eu fique apenas na minha companhia mesmo, não que eu não esteja pesando todas as possibilidades.
Sempre tem um ou outro que está pronto para o que der e vier e eu também estou. Sempre estou.
Especialmente esta noite eu me arrumei para mim, caprichei em meu look, dessa vez, sem saltos, sandália baixa, vestido longo com um decote generoso, basicamente floral, em meu maior estilo cubana, as argolas, o cabelo preso em uma trança lateral, simples, linda e maravilhosa. Estou saindo para arrasar corações e deixar paus duros.
Uau, vou usar isso no meu próximo livro.
— Tchau meu amor, mamãe só chega amanhã, eu acho. — Rio sozinha e saio a caminho do lugar que só me trouxe decepções.
Pelo menos a bebida de lá é boa.
Parando para pensar talvez seja o bar o azarado, desde que fui lá só tenho tido encontros péssimos, foi um fracasso atrás do outro e até agora não consegui nada além de caras idiotas.
Na verdade, eu sei que a culpa é desse aplicativo desastroso que a Taylor me enfiou, só tem furada e o pior, eu ainda caio nas delas.
Obrigada Taylor.
•••
Estou bebendo uma cerveja bem gelada, talvez entre o terceiro ou quarto copo, não faço ideia. Não quis descer para a pista de dança, ainda, por enquanto estou apenas apreciando uma boa Corona, enquanto ouço Alone do Marshmello soar alta pra caramba, nada melhor que uma letra que defina exatamente como você está, ou seja, sozinha, necessitada, querendo mais do que nunca dar para alguém.
— Olá. — Gente que voz é essa?
Me viro e me deparo com o barman bonitão que sempre me atendeu desde a primeira vez que vim aqui.
Aí caralho, que delícia.
Deus ouviu minhas preces e me atendeu?
— Oi. — Digo e ele sorri.
Meu Deus, que sorriso.
— É novidade você aqui em plena sexta-feira. — Ele senta ao meu lado e passa levemente a mão direita em seu cabelo bonito bagunçando-o ainda mais. — Por que está sozinha?
— Por que você não está trabalhando? — Devolvo a pergunta e ele sorri me mostrando um fila de dentes branquinhos, lindos, sem contar a covinha que o deixa sexy pra caramba e que me faz querer agarra-lo.
— Eu só atendo você. — Ele diz firme, sem tirar o sorriso do rosto.
— Como? — Encaro-o sem entender.
— A primeira vez não foi intencional, eu juro, a segunda, eu estava apenas checando o estoque daqui da frente, aí vi você e corri para atende-la, mas você nunca me olhava ou me notava, durante todas essas quintas-feiras percebi que nenhum desses idiotas mereciam um terço da sua atenção, eles se quer eram capazes de lhe perguntar qual bebida você iria querer ou se ao menos queria alguma outra coisa. — Resmunga ele, aparentando estar chateado.

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Romance.
RomanceSinopse. "Eu não queria um Romance. Eu queria sexo, uma foda quente, beijos quentes, calcinhas molhadas - algumas, se possível, até rasgadas -, chupões, puxões de cabelo e tapas na bunda. Eu queria ser fodida, queria tudo que há de mais promíscuo. M...