1989: Uma Origem Incomum

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Matt White Nert, nascido na Dinamarca no dia 13/05 de 1983, negro, surdo, filho de uma família de classe média pra cima. O garoto sonha em ser um super-herói, o seu favorito é o Batman, seus pais fizeram um quarto decorativo com o tema do herói. O garoto está brincando com seus brinquedos da Liga da Justiça e dos Vingadores.
O garoto utilizava aparelho para que conseguisse se comunicar com seus pais, sem eles a vida era um pesadelo sem som.

—Faz tempo que eu quero ver você sangrar Superman! - Disse ele encenando com o Batman e o Superman pousando, então ele responde com o Superman. -Mas esse dia não é hoje! Você não tem pescoço, mas tem coluna!

Ele coloca os dois brinquedos num ringue e faz o Superman dar um soco no Batman.

—Ahhhh! - Ele pega o Batman e faz ele dar uma surra no Superman, o brinquedo fica no chão e ele faz a voz de Superman. -Espera um momento... Qual é o nome da sua mãe?

Ele mesmo responde:

—E o que você quer com a minha mãe, seu cabra safado?

O pai de Matt bate na porta e entra.

—Toma banho logo, vamos pro cinema assistir o filme que você tanto quer.
—Do Batman?

O pai dele acenou que sim. O garoto arrumou sua roupa e foi tomar banho na banheira com seus bonecos de Aquaman e Namor.

—Vocês podem falar comigo, estamos sozinhos aqui... - Sussurrava o garoto. -Eu prometo que não vou contar nada pra ninguém. 

Ele realmente tinha esperanças que os bonecos lhe responderiam, nada aconteceu.

—Vocês são tão chatos...

Ao sair do banho, ele veste sua fantasia de Batman e então o mordomo a ajeita.

—Pronto, patrão.
—Como eu estou?
—Você está bonito.
—Hm...
—Quero dizer... Você está batbonito.
—Agora sim!

O mordomo dirigiu e os levou para o cinema, tendo depois que estacionar em outro lugar. Quando o filme acabou, o carro já não estava mais lá, o mordomo telefonou.

Patrão, pra evitar multas tive de estacionar em outro lugar, estou na rua de trás.
—Certo, estamos indo.

Eles então caminham e o batboy comenta sobre o filme.

—Foi demais! "Você já dançou com o demônio à luz do luar?" Que incrível! Eu quero ser que nem o Batman quando crescer. 

O garoto pegou a mão dos pais e estava quase entrando num beco escuro.

—Não filho. - Disse a mãe.
—Não filho, nós não iremos atravessar esse beco para você virar o Batman. - Disse o pai.
—Mas pai...
—Você quer que eu morra? - Disse a mãe.
—Mas mãe... Eu queria virar o Batman.
—E eu queria ter uma menina, viu como não dá para ter tudo o que queremos?

O casal andou pela rua, estavam com medo demais e teve um apagão, eles correram para o beco de uma vez. O garoto tinha um sorriso no rosto, até que então aparece um homem armado.

—É mendigo. Se pedir dinheiro diga que não temos. - Disse o pai de Matt.
—Dinheiro, joias, tudo o que tiverem!

O pai de Matt ficou na frente de saco cheio.

—Ah quer saber? Me mata logo.
—Você que pediu.

O assaltante atira apontando a arma para baixo.

—Aah! Por que atirar nas bolas? É pior que golpe baixo.
—Foi mal, é que eu não consigo fazer a mão parar de tremer. É meu primeiro assalto na vida, eu tô nervoso!

Ele então apontou a arma para a mulher.

—É minha vez agora,não é?
—É sim.
—Aff... Acaba com isso rápido.
—Xa comigo.

O assaltante atira, mas erra o tiro.

—Eu estou na sua frente, seu retardado!
—Eu tenho parkinson na mão!
—Percebi!

Ele atira novamente e o tiro atravessa seu peito. O ladrão verifica o corpo do homem e retira um celular.

—"Oloko", celular Nokia, se o tiro tivesse pegado é certeza que teria funcionado melhor que colete.

O assaltante sai correndo, enquanto o garoto com um sorriso ouve seu pai o chamando.

—Matt...
—É agora que eu digo "Eu juro pelos espíritos dos meus pais vingar a morte deles passando o resto de minha vida lutando contra o crime"?
—Me escuta, moleque retardado... Isso não é hora pra ficar de teatrinho, eu vou morrer. Mas antes, quero que faça um favor...
—Sim, meu pai. Diga.
—Eu tenho parte de uma empresa chamada Megasoft... Acredite em mim, não vale muita coisa agora... Venda ela para meu amigo, o senhor Gates... Morri. - Disse ele fazendo a morte mais patética possível.

Então ele começa à ouvir sussurros do corpo de sua mãe.

—Mãe? Você ainda está viva?
—O corpo ainda fica vivo sete minutos depois do coração parar... Diga para o maldito do mordomo para o inferno por não ter me pagado a aposta de futebol semana passada...
—Mãe?
—Que foi?
—Morre logo, eu já ensaiei cada fala depois da sua morte.
—Eu disse para seu pai para te viciar em Flash, ao menos iríamos viver em uma linha do tempo toda arregaçada... E olha no que deu...
—Mãe, você está ficando com muito sono... Com muita vontade de morrer...
—Socorro! Eu tenho um filho psicopata!

O bandido voltou.

—Essa mulher ainda está viva!?
—Você atirou no meu peito, não é certeza de morte.
—Ah é, esqueci que mulher não tem coração.

O assaltante lhe deu tiro após tiro.

Fatality.

Em seguida se foi de uma vez. A polícia chegou e levaram o menino que ficou só, ele estava no banco sentado sem falar com ninguém, um polícia tentou confortar o menino lhe oferecendo seu casaco.

—Escuta garoto, mesmo que as coisas estejam ruins, não significa que é o fim de tudo... Vai ficar tudo bem, acredite.

Ao amanhecer o mordomo levou o menino para casa, onde ele se ajoelhou em frente à cama em posição de oração.

—Eu juro pelos espíritos dos meus pais vingar a morte deles passando o resto de minha vida lutando contra o crime.

Assim, o garoto fez sua promessa. Ele foi para um orfanato, já que o mordomo não iria criá-lo na mansão que geraria um possível trauma no garoto dormir na cama de seus pais. Naquele orfanato, conheceu seu melhor amigo que era mais jovem, porém maior, mais belo e nórdico, chamado Vert. Os dois garotos foram adotados juntos pela grande empatia que conseguiram com um casal, assim ele ganha o sobrenome do casal White.

Os dois conseguiram chegar à fase dos 'aborrecentes', sendo dois grandes gênios da sala que passavam a resposta um pro outro dentro da borracha em forma de um pequeno pergaminho. Na feira de ciências o Vert era quem cuidava da parte do design e do material, Matt era quem fazia a parte da robótica, quem pensava no projeto e apresentava, pois Vert era muito tímido. Eles criaram uma réplica do Raio da Morte de Nikola Tesla, sendo utilizável para derrubar aviões, não demorou muito e o governo meteu o olho nisso, contratando as crianças desde cedo para fabricar armas para o exército.

Cavaleiro CibernéticoOnde histórias criam vida. Descubra agora