s i n e l
Estávamos todos sentados a mesa da sala de jantar enquanto almoçávamos. O silêncio era ensurdecedor, ninguém puxava assunto sobre nada, nem sequer olhavam uns para os outros.
As coisas estavam tão estranhas que até o Miles estava na dele, estava calado. Ele encarava o prato enquanto remexia a comida com o garfo, o garoto não havia comido nem metade da comida que estava ali.
─ Miles está triste. ─ Comentou Flora, quebrando o silêncio.
Olhamos para a garotinha, e depois para o Miles que a olhava seriamente.
─ Eu não estou triste, Flora. ─ Retrucou Miles.
─ Está sim, Miles, você não precisa esconder isso, ficar triste é normal.
─ Cala a boca! ─ Gritou Miles dando um tapa forte na mesa.
Flora se encolheu na cadeira e abaixou a cabeça.
─ Eu só queria ajudar. ─ Ela disse desanimada.
─ Eu não preciso da sua ajuda, e pare de ser intrometida, Flora.
─ Miles! ─ Mamãe o repreendeu.
Miles jogou o guardanapo sobre a mesa, e se retirou da sala de jantar.
─ Está tudo bem, Flora, Miles só está irritado, como sempre. ─ Disse para a garotinha que ainda estava cabisbaixa.
─ Não, Sinel, ele está triste, na verdade o Miles é um garoto muito triste e solitário.
Triste não seria uma palavra que eu usaria para descrever o Miles, mas naquele momento, realmente parecia que ele não estava bem.
***
Em meu quarto, eu escrevia em meu diário, era a última vez que eu escreveria nele, não é porque eu iria parar de fazer isso, mas porque eu sentia que seria a última vez que faria isso.
Por causa dessa sensação, eu escrevi todas as coisas que vivi nessa casa durante esse tempo, cada detalhe sobre as coisas que o Miles fez comigo, e incluindo as coisas que presenciei ele fazer na escola com outras pessoas.
Eu precisava desabafar, colocar tudo para fora, e escrever sempre foi a minha maneira de desabafar, principalmente quando eu não conseguia conversar com outra pessoa.
Batidas na porta do quarto me fizeram fechar o diário abruptamente. Encarei a porta na espera de mais batidas ou até que seja lá quem fosse, falasse algo, mas apenas vi um papel ser passado pela pequena fresta debaixo da porta.
Deixei o diário sobre a cama juntamente com o lápis, e me levantei. Andei rapidamente até a porta e peguei o pequeno papel branco. Desdobrei-o e li o que estava escrito nele.
Eu posso te provar que a sua avó estava certa, Sinel Mandell. Me encontre no lago de carpas hoje a noite.
─ Miles Fairchild.
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dingy
Fanfiction❪miles fairchild❫ ❝eu não tenho medo de você, eu tenho pena.❞ ❛onde Sinel Mandell tem que conviver com o misterioso e sombrio Miles Fairchild.❜ © atlantiszx ✎↷: ❪miles fairchild + fem!oc❫ ❪finn wolfhard❫ ❪cover by vhshwang❫ ❪started: 19.07.2020...