CAPÍTULO 2

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Pronta para conhecerem as regras? Espero que gostem do João e como ele vai quebrar todas as regras hahaha

Regra número 1: Não seja um idiota.

JOÃO DARCY AMARAL

Tzzzzzzzz. Tzzzzzzzz. Tzzzzzzzzzz.

O barulho insistente me fez abrir os olhos e me arrependi no minuto seguinte disso.

- Porra, quem foi que deixou as cortinas abertas? - Murmurei ainda grogue de sono.

Levantei meu braço esquerdo para tampar meus olhos só para notar que ele estava preso, virei a cabeça e vi meu braço esquerdo debaixo do corpo de uma mulher que eu tinha quase certeza de que nunca vi na vida. E ela estava nua. Ótimo!

Tentei puxar meu braço enquanto o barulho insistente voltava a acontecer e eu sabia que só podia ser meu telefone.

Que horas eram? E quem ligava essa hora da manhã?

Consegui puxar meu braço e rolar da cama só para ver outra mulher no tapete do lado da minha cama, nua e enrolada no lençol.

E quando eu sentei, percebi que também estava completamente nu. Agora, o que diabos tinha acontecido ontem?

A minha cabeça doía horrores e eu estava pronto para achar minha cueca quando eu ouvi a chave na minha entrada e eu sabia que só duas pessoas tinham a minha chave:

Minha mãe e meu empresário.

E nenhuma das duas opções era boa.

Levantei rápido mesmo sentindo minha cabeça girar. Provavelmente foi toda a bebida da festa de ontem...

... que provavelmente foi onde eu conheci essas duas mulheres.

Eu mal consegui achar minha cueca  no meio de um vestido dourado e a coloquei de qualquer jeito antes que passos chegassem até o meu quarto e não pude fazer nada a não ser esperar a bronca que eu sabia que viria.

- ... ele deve estar dormindo, mas a reunião era apenas em trinta minutos e eu sei que ele chegaria a tempo. - César dizia.

Reunião? Que reunião?

Eu mal tive tempo de procurar uma calça quando percebi que talvez ele não estivesse sozinho e num piscar de olhos, ele estava lá. Ele e uma mulher que eu nunca tinha visto na vida, mas já tinha uma carranca para mim.

Ela se vira para César.

- Isso não vai dar certo.

César suspira e aperta a ponta do nariz, que é uma mania que ele tem quando está irritado.

- Você me prometeu pelo menos duas semanas de tentativa. Você não está tentando, Elisa.

Elisa, hmmmmm.

- Bom dia? - Eu começo sem saber o que fazer direito.

A mulher, linda por sinal, me olhou com uma cara tão irritada que eu comecei a me perguntar que diabos eu tinha feito para ela.

- Bom dia? Já são quase meio-dia e você seminu, parecendo com ressecada e com duas mulheres nuas no seu quarto. Você, que já tem uma fama considerável, dando um papelão desses.

Subi as calças que estava prestes a calçar e a encarei sério.

- Eu não sei quem você é, ou quem você pensa que é, mas não pode entrar na minha casa e me ofender desse jeito!

Ela parece prestes a rebater quando César levanta a mão.

- Na verdade, ela tem direito sim. A Elisa está aqui para ajudar na sua carreira. Bem, no que resta dela.

Eu olho para o meu empresário e também amigo em choque.

- Que história é essa, César? - Eu cruzo meus braços no peito, pronto para enfrentar qualquer coisa.

- Podemos levar essa discussão para a sala? - César pede.

- E que você se livre também das mulheres antes disso. E fazer com que elas assinem um documento de não divulgação do que ocorreu aqui. - Elisa disse antes de sair andando em direção a sala e eu apenas a olho estarrecido antes de César acenar em concordância e a seguir.

Que porcaria era essa? Por que parecia que de repente a minha vida daria um giro de trezentos e sessenta graus?

Apenas balancei a cabeça antes de fechar a calça e acordar as mulheres e pedir que elas saíssem.

O que não foi nem um pouco fácil.

*

Quarenta minutos depois é uma chuveirada para me revigorar, me vi sentado diante do César e a carrancuda com uma caneca de café na mão dos dois e uma caneca na minha frente.

- E então? - Eu começo depois de levantar caneca e tomar um gole. Ótimo, agora eu estava pronto.

César estendeu a papelada e eu olhei para baixo. Era o contrato com o estúdio da Viva. E uma oportunidade única para fazer um protagonista em um filme de ação.

- Isso é real? - Perguntei chocado. Finalmente, uma oportunidade de fazer algo além dos filmes românticos que tanto em empurraram durante o tempo. - Caramba, César, eu estou sem palavras...

- É muito real, mas isso só pode se tornar real no concreto, se a sua reputação melhorar, e no momento, temos diversas provas que provam o contrário. Eu sei que foi uma coisa que sempre procuramos e batalhamos tanto e essa é a sua grande chance, mas você precisa mudar.

- O que você está falando, cara? Todo dia eu recebo mensagens e mensagens de mais fãs, recebo presentes e declarações constantemente... - César me corta.

- E também é notícia nos tabloides por todo e qualquer saída que faz. Todo dia tem uma fofoca sua por aí, um escândalo envolvendo seu nome e diversos programas que se dedicam exclusivamente a seguir seus passos por aí. Você precisa de uma repaginada.

- Tudo bem, eu posso arranjar alguma namorada falsa. - Dou de ombros. Isso acontecia o tempo todo.

César balança a cabeça.

- Não é tão simples e ninguém vai acreditar que você mudou da noite para o dia, e por isso, eu trouxe artilharia pesada para nos ajudar nessa.

- Quem? - Eu olho confuso para ele, ainda ignorando a presença da carrancuda ali.

- Eu. - A carrancuda fala pela segunda vez ali e César fica sorrindo como se fosse o gato de Cheshire de Alice do país das maravilhas.

Eu olho para ela e vejo um olhar determinado ali, o que me faz ter medo, e um pouco de receio de que talvez, esse papel me custasse muita coisa.

Eu só não imaginava o quanto.

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UMA CONSELHEIRA (NADA) AMOROSAOnde histórias criam vida. Descubra agora