CAPÍTULO 13

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Gente, perdão pela demora do capítulo, mas essa semana está MUITO corrida para mim e eu só vou conseguir postar esse mesmo.
Semana que vem eu prometo que vai estar tudo certo e vocês vão amar ❤️

JOÃO DARCY

Acordei com uma mensagem da minha irmã me convocando para o almoço na casa dos nossos pais. Eu até pensei em não ir e tirar o dia para mim, aproveitar essa folga das gravações que retornariam na segunda, mas quando ela disse que a Elisa também estaria lá, eu não podia perder a oportunidade.

Tomo um banho rápido e visto uma calça jeans velha e uma blusa preta comum antes de pegar minha carteira, minhas chaves e meu celular e sair.

O que eu esperava desse almoço, eu ainda não sabia. Mas estava curioso e com uma vontade louca de ver a carrancuda. Não entendia direito como isso aconteceu, mas eu estava curioso de como ela seria em um ambiente mais informal. Ainda mais com os meus pais. Eles gostariam dela? Ela gostaria deles?

E por que eu estou pensando isso?

Quando chego no bairro da Barra da Tijuca onde meus pais moram, eu estaciono no rua deles e depois me dirijo para minha casa de infância.

Sempre estivemos confortáveis financeiramente, mas meus pais nunca foram deslumbrados e isso era uma das melhores qualidades deles.

Abro a porta com a minha chave e escuto os risos vindo da cozinha.

Os quatro estavam lá risonhos como sempre tivesse sido assim. Uma familiaridade, um conforto tão gritante que me atingiu no peito aquela visão.

Bem, isso e a visão que a Elisa estava. Ela usava uma espécie de macaquinho que abraçava suas curvas e tinha espécie de amarração na barriga, deixando um pedaço dela a vista. As coxas grossas infindáveis seguiam até os pés bem cuidados em simples chinelos da cor branca. Ela estava simples e ao mesmo tempo chique. De uma forma só dela. Como ela fazia isso? Uma maquiagem simples e um coque e era isso. Linda.

- Ah! Apareceu a a margarida! - Minha irmã zoou e veio me abraçar, fazendo com que todos me notassem desde que eu cheguei e fiquei observando tudo de longe

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- Ah! Apareceu a a margarida! - Minha irmã zoou e veio me abraçar, fazendo com que todos me notassem desde que eu cheguei e fiquei observando tudo de longe.

Dei um abraço na minha irmã e nos meus pais, mas não sabia o que fazer com a Elisabeth. Eu beijava? Eu abraçava ela? Eu apertava a mão dela em algum gesto de "brother"?

Ela me salvou de mim mesmo e apenas me cumprimentou me dando um beijo em cada lado do rosto. Era o mais próximo que já havíamos chegado um do outro e eu quase podia me sentir travando ali, mas me recompus e retribui antes de me afastar e cometer alguma loucura como sei lá, cheirar o pescoço dela.

Caramba, como ela é cheirosa! Que perfume que ela usa? Ou é o cheiro dela mesmo?

Meu Deus, eu realmente enlouqueci... eu estou tendo ideias sobre o cheiro de uma mulher.

- Chegou na hora certa meu filho! A Elisa estava nos contando como foi que vocês se conheceram enquanto eu termino os preparativos para o almoço. - Meu pai me diz antes de me oferecer uma taça de vinho.

Eu agradeço e tomo um gole antes de arquear uma sobrancelha para Elisa.

- E como você contou?

Ela sorri de um jeito aberto e da de ombros antes de pegar uma uva do cacho e comer.

- Do jeito certo, que você estava lá, sendo o ápice do mulherengo e eu tive que chegar para a sua salvação.

Bufo sabendo que claro que seria assim que ela contato tudo. Claro. Mas fiquei curioso sobre uma coisa.

- E agora? Eu ainda sou um mulherengo sem salvação? - Eu não entendia direito o motivo de me importar com a resposta dela sobre isso, mas era mais forte do que eu. Ela ainda me via assim? Eu era tão superficial?

Ela olha para mim como se estivesse pensativa antes de balançar a cabeça negativamente.

- Não. Antes eu julguei você baseada nos meus preconceitos contra tudo o que a mídia e até mesmo como você tinha se comportado, mas depois ao ver que mesmo libertino, você tem compromisso com o trabalho, honra seus compromissos, se importa mais do que tudo com a sua irmã mais nova e tem bom coração. Você não é um cara ruim. - Ela diz e tudo fica em silêncio por um momento. Ou era eu?

Você tem bom coração.

Me bateu uma vontade louca como andar até ela e beijar sua boca. E abraçá-la. O que eu estava pensando? Eu não gostava de abraçar mulheres sem ser as ligadas por sangue.

Ela parecia me olhar com a mesma confusão que eu estava sentindo dentro de mim. Então talvez seja por isso que ela disse o que disse depois.

- E por isso que hoje eu posso dizer com certeza que sua alma não é tão questionável assim. - Ela ri e todos riem também, para quebrar a tensão.

Ou talvez seja a tensão dentro de mim.

Eu só sei que esse almoço era uma péssima ideia e eu agradeci mentalmente quando o almoço ficou pronto tempos depois.

ELISABETH

Eu não podia imaginar da onde tinha vindo aquilo.

Bom coração?

Eu nem conhecia ele direito. Ou conhecia? Acho que tínhamos melhorado nossa relação até certo ponto, mas não ao ponto de eu ter certeza sobre muitas coisas.

Mas uma coisa era certa: ele me intrigava. E eu tinha que admitir isso, tinha que admitir de que alguma forma eu estava atraída pelo mulherengo notório da dramaturgia brasileira.

Não sei ao certo como isso aconteceu, não sei ao certo como eu deixei de pensar nele com raiva e comecei a pensar com outros olhos. Comecei a pensar com outros olhos.

Lembrei das mensagens trocadas ontem a noite e eu sabia que tinha ficado mais curiosa, mais intrigada e mexida com uma simples mensagem dele do que qualquer outra coisa do Antônio. Que era um homem perfeito pra mim.

Por que o coração tinha dessas coisas? Por que não podíamos escolher abertamente quem fazia nosso coração bater mais rápido, quem deixava nossa boca seca e o sorriso frouxo? Por que eu tinha que me sentir atraída logo por um cliente?

Era uma comédia romântica ruim tudo isso, e eu tinha certeza que isso não teria um bom final para mim.

Com isso em mente, bebi um grande gole do vinho oferecido pelos pais deles antes de me despedir. Eu precisava ir para casa e espairecer. Focar no meu encontro e ficar longe do João até segunda.

- Me desculpem, mas eu preciso ir. - Dou um sorriso em tanto amarelo e levantei.

- Eu te levo. - João disse do nada e eu apenas fiquei encarando ele.

- Não precisa, eu chamo um Uber super rápido e logo eu estarei em casa.

Ele franze as sobrancelhas em uma careta, mas é a sua mãe que fala.

- A essa hora? Depois de ter bebido algumas taças de vinho? Nada disso, a senhorita vai com o meu filho que pelo menos assim eu fico mais tranquila. Infelizmente mundo de hoje anda muito perigoso para um mulher, ainda mais a noite e sozinha e que já bebeu um pouco.

Eu acabo acenando em concordância mesmo não querendo. Eu não tinha medo, mas também não poderia contrariar a lógica dela e acabei aceitando a bendita carona.

Só torcia para que eu não fizesse nada louco.

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UMA CONSELHEIRA (NADA) AMOROSAOnde histórias criam vida. Descubra agora