Olá meus amores! Só queria avisar que estamos entrando na reta final da história desse casal que eu amo tanto.
BOA LEITURA!
ELISABETH
Como dirigir um negócio e um relacionamento ao mesmo tempo?
Resposta: não tem como.
Ainda mais quando esse relacionamento e esse negócio se entrelaçam de maneira mais doida.
Hoje eu não iria para o set porque tinha que ir para a empresa e falar com a minha irmã sobre como iríamos encaminhar certas coisas do site. Estávamos até pensando em expandir de outras formas e para isso, precisávamos nos encontrar. Por isso deixei a cargo da Anna que olhasse todos os passos do meu namorado meio errante.
Era a primeira vez que eu iria ver a minha irmã desde que aceitei assumir a loucura que era o meu novo relacionamento. Era a primeira vez que eu veria a minha irmã enquanto eu escondia as coisas dela e se tinha uma coisa que eu não fazia, era esconder as coisas dela.
Desde que nossos pais se separaram, a gente se aproximou de forma mais natural ainda e éramos nós contra o mundo. Mesmo tendo nossa mãe sempre perto da gente, sabíamos que precisávamos de uma rede de apoio só nossa, algo que sempre mantivemos em todos os momentos.
Menos agora.
Ela iria aceitar? Ela sempre falava que eu devia me arriscar mais, me expor mais ao mundo, me por mais lá fora mas ao mesmo tempo, sempre tivemos uma maturidade muito séria sobre o trabalho e eu estava misturando os dois. E tudo o que eu não queria era ver um olhar de decepção no rosto da minha irmã ou ouvir palavras que me acabassem me desencorajando de entrar nesse relacionamento.
E eu não queria ouvir isso, muito menos da minha irmã.
- Finalmente você apareceu! Eu trouxe donuts e café! Nossa maneira perfeita de fazer uma reunião. - Minha irmã me saudou assim que eu abri a porta da nossa sala.
Nossa equipe de TI ficava do outro lado do corredor, e isso tínhamos o nosso andar da empresa.
- Eu trouxe pão doce! Acho que mentes brilhantes pensam iguais. Ou pensam sempre em doce pela manhã. - Eu respondi com um sorriso de lado quando levantei o meu saco marrom.
- Doce é a melhor coisa para começar o dia. É isso e café que me dão energia.
- E eu achando que era sexo com o César. - Eu olhei rindo para ela.
Ela me olha de um jeito engraçado antes de sentar no nosso sofá de reuniões. Ele era espaçoso para que pudéssemos encostar e nos jogar da melhor maneira.
- Isso também. Mas doce e café disputam fortemente no meu coração.
- Bem, então vamos a isso.
Nos ajeitamos cada uma em seu canto do sofá com um donut e um copo de café e eu com o bloco de anotações e Capi com o notebook dela no colo.
- Vamos ao primeiro tópico, melhorias nas primeiras perguntas do site. - Capi pergunta antes de morder um pedaço do donut.
- Acho que podemos acrescentar algumas daquelas perguntas rápidas, sabe? Aí podemos cruzar isso com dados de outras respostas e ver se dá match. - Eu digo.
- Isso é uma boa, assim não ficamos só na introdução e podemos até melhorar nas chances de dar certo. E não vamos dar opções, assim as pessoas vão ter que mentir menos e pensar mais.
- Sim, e também podemos botar mais opções no site, podemos botar opções daqueles encontros rápidos também. Acho que se a gente ampliar mais nosso público e dar vários tipos de chances. Até chances para só quem quer um encontro rápido. - Digo depois de tomar um pouco de café.
Minha irmã me olha com uma careta.
- Quem é você e o que fez com a minha irmã? Minha irmã certinha que só acredita no amor e em conexões certeiras.
Dou de ombros.
- Acho que só podemos ter conexões certeiras quando passamos também pelas erradas. Não dá para pularmos direto sem passar pelas outras experiências sabe? - Eu digo e olho meio para o lado não querendo entregar mais.
- É? Nossa, que mudada você está... - Minha irmã continua me olhando desconfiada e eu mordo meu pão doce agora para evitar mais coisas.
Continuamos conversando sobre outros tópicos quando meu celular vibra no meu colo e eu pego vendo o nome do João Darcy ali. Clico em ignorar.
- Não vai atender? - Minha irmã pergunta.
Agora é minha vez de dar de ombros.
- Estamos em reunião e é mais importante do que qualquer ligação.
- Mas e se for importante.
- Não é. - E nesse momento meu telefone volta a tocar.
Droga, mulherengo!
Minha irmã me olha cada vez mais desconfiada e se não fosse o ar condicionado, eu começaria a suar cada vez mais.
Capitu do nada salta em mim em direção ao meu celular.
- AHA!
- Me devolve! - Peço.
- Devolver por que? Você está escondendo alguma coisa não é?
Eu reviro meus olhos tentando passar despercebida e bem, despistar minha irmã.
- Por que você acha que eu faria isso? Eu só estou querendo de volta porque acho infantil essa sua mania agora de tirar meu celular de mim só por alguma desconfiança boba!
- Se eu estou tendo alguma desconfiança boba como você diz, então não tem problema se eu checar agora quem anda ligando para você, não é?
Dou de ombros comprando o seu blefe.
- Pode checar.
E o pior aconteceu, ela realmente olhou. Droga! Por que eu tinha dado a minha senha para a minha irmã mesmo?
- Bem, ligações perdidas de... - Ela procura antes de anunciar o que eu estava evitando. - João Darcy? Por que ele tem o seu número? Por que ele está te ligando? Eu achei que vocês não se dessem bem.
Eu me ajeito no sofá e pego um pedaço de pão doce e mordo antes de responder.
- Bem, trabalhamos juntos, não é? Ele precisa do meu contato, eu preciso do dele. Precisamos dialogar mesmo que a gente se odeie. Temos um contrato, né?
Capitu me olha de um jeito que me deixa nervosa, mas eu tento engolir isso enquanto mordo mais um pedaço do pão doce.
- Acho que sim, mas parece que você não está me contando tudo.
- Você é extremamente desconfiada de tudo ou isso só surgiu agora? Você está diferente, o que houve? - Mudo de assunto. - Está mais irritada e desconfiada do que o normal.
- Nem tente mudar de assunto hein! Se você estiver escondendo algo, eu vou descobrir.
- E como seria isso, senhorita detetive?
Ela da de ombros.
- Eu vou dar o meu jeito.
E o jeito dela significava: perseguição e se meter na vida alheia.
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UMA CONSELHEIRA (NADA) AMOROSA
RomanceEla não acredita no amor, mas trabalha com ele. Ele acredita no amor, mas é um mulherengo de marca maior. Elisa não acredita no amor. Ela era sócia com a sua irmã na empresa PARA SEMPRE, uma empresa de relacionamentos que garantia o seu par ideal. ...