Cap. 21

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minha língua é ácidapor causa da ânsia desentir sua falta

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minha língua é ácida
por causa da ânsia de
sentir sua falta.
Rupi Kaur.


POV'S MOR.

   ENGOLI EM SECO. NÃO ESPERAVA VER ELE HOJE. Fazia quanto tempo desde que ele tinha viajado? Semanas? Meses? Não fazia ideia, parecia ter sido anos. E ter ele na minha frente, controlando sua raiva... Eu não sei se era a bebida, mas eu estava excitada. Muito. Se bem que também estava há meses sem contato físico. Ele não poderia me culpar por isso. Não poderia me culpar por empurra-lo para cadeira, para que se sentasse. Não poderia me culpar por tomar seus lábios agressivamente.

Meu deus, essa boca... Eu tava com tanta saudade de beijar ele. Imagina o que ela poderia fazer se tivesse a oportunidade de passear pelo meu corpo? Gemi entre o beijo, aprofundando mais. Ele correspondia de forma possessiva, passando suas mãos pelo corpo, abrindo minhas pernas e me fazendo sentar em seu colo, com as pernas em volta dele. Ele estava tão duro...

— Não... — sussurrou entre os beijos, mas não liguei, continuei beijando, me esfregando contra ele, necessitada. Preciso de mais.

Jimin parou o beijo bruscamente, como se tivesse feito um esforço enorme para se separar de mim. O constrangimento pelo o que eu estava fazendo veio quase que imediatamente, fiz menção de me levantar, mas ele me segurou fortemente pela cintura.

— Por que você não me atendeu? — Perguntou novamente, lento e agressivo.

—  Estive ocupada — não consigo olhar em seus olhos e mentir, por isso desvio mas ele me puxa pelo queixo fazendo-me focar apenas em seu rosto.

—  Ocupada todos dias e noites? Você poderia ter me mandado uma mensagem, assim eu não teria feito papel de otário, preocupado com o que quer que tenha acontecido com você ou com Eize —  respirou fundo, tentando controlar sua raiva. —  Sorte minha que ela me ligou e disse que viria para cá hoje e que estava com saudades.

Eu não conseguir dizer nada, ele estava certo, de certa forma. contudo eu ainda tinha meus medos, eles não desapareciam assim. O fato de que minha filha havia ligado para ele dizendo que sentia sua falta me faz querer rir, mas é típico dela se apegar nas pessoas.

Ele olhou para mim, sério.
— Se você não quer nada comigo, diga. Não me use, Adams. Eu não vou ser seu brinquedo novo, entendeu?

Meu coração bateu tão rápido no peito, quase não conseguia respirar. Era isso que ele achava que era para mim? Diga alguma coisa, diga, diga, diga. Diga que ele não é isso, diga qualquer coisa, mas não o deixe pensar assim.

— Não se preocupe com isso, Jimin —  levantei de seu colo.

Seu olhar era de decepção, mas não me impediu de sair da cozinha e ir direto para o meu quarto. Eu havia estragado as coisas de novo. Não era algo surpreendente, no fim talvez Louis estivesse certa.

[...]

Era noite quando eu ouvi as batidas na porta do meu quarto. Sabia que era ele, mas minha cabeça ainda doía por conta da bebida e eu não tinha tomado banho, estava fedendo a cigarro e cachaça. Entretanto, eu não disse nada quando ele abriu a porta e botou seu rosto para dentro do quarto, checando se eu estava. Seus olhos se encontraram com o meu.

Não desviei, ele parecia cansado.

— Eize acordou, pensei que poderíamos sair para jantar hoje à noite? —  esperou minha reposta, ansioso. — Se não estiver se sentindo bem, a gente escolhe outro dia.

Me forcei a sentar na cama. Eu tenho uma filha, tenho responsabilidades com ela, meus problemas não tem nada a ver com ela, então eu tenho que me esforçar por ela.

— Já eu desço — avisei.

Ele concordou com a cabeça antes de fechar a porta. Fechei os olhos e logo os reabrir. Eu teria que dá um fim nesse contrato. Estamos indo longe demais.

[...]

Chique. Chique demais. Era bem a cara de Jimin nos trazer para lugares elegantes assim. Estávamos os dois sentados na mesa de frente para o outro. Eize insistiu que queria ficar junto com as outras crianças em uma área onde havia uma piscina de bolinhas. Parece que os ricos estavam preparados para tudo, até para distrair os filhos de quem iria para aquele lugar.

Antes da nossa conversa de mais cedo, eu teria achado a ideia maravilhosa, contudo a ideia de passar mais tempo com Jimin depois do episódio de hoje não parecia mais tão excitante. Sempre que me lembrava de como eu me esfreguei nele sentia um rubor subir para o meu rosto, assim como a vontade me encher de tapas. Isso era tão constrangedor, eu não sabia como encarar ele sem me lembrar.

— Como foi os seus dias? —  Perguntou, casualmente. Sua mão se moveu para a taça de vinho e eu a segui com os olhos.

Por algum motivo eu conseguia imaginar elas facilmente entre minhas pernas... Deus, o que eu estou pensando?

Tossi copiosamente, sendo pega de surpresa pela minha mente pervertida.

— Você está bem? —  se inclinou levemente para frente, preocupado.

— Sim! —  respondi, exasperada. —  Quer dizer! Estou bem, meu deus, e-eu... Eu tô bem — me atrapalhei.

Fiquei em silêncio, me sentindo desconfortável, como uma garota de 15 anos de idade. Era tão estranho agi assim, estou me sentindo patética. Virei minha taça de uma vez, jogando a cabeça para trás.

— Calma, isso não é água. Você estava bêbada mais cedo e quero que você esteja sóbria para mais tarde —  seu olhar penetrante me queimava.

— Temos algo pendente para resolver? —  perguntei, intrigada.

— Oh, sim. Temos muita coisa pendente, Adams — Não revelou mais nada sobre o assunto.

Ele levou a taça até os lábios, ainda me olhando sedutoramente. Aquela boca... só de tá perto daquele homem meu corpo incendiava por completo. Saudade de quando eu conseguia ignorar sua presença, agora só isso parecia um grande sacrifício.

— Você ainda não me respondeu sobre como foi os seus dias —  lembrou.

O filha da puta estava me analisando. Que merda! o que diabos ele tinha na cabeça? Esse olhar dele está me matando. Por que ele tinha que ser tão bonito? Oh, inferno. Estava claro que o meu karma por tudo que fiz na vida iria vir agora com força.

Mas eu aproveitaria. Se fosse para me queimar que fosse da forma divertida. E se o karma iria vir com força, eu também poderia ir com força pra cima dele... ah, ainda rebolaria.

— Foram bons, Jimin, foram bons — sorri para ele.

Seja Minha ||Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora