Seja Minha ||Park Jimin

Cap. 14

Como é que algumas vezes, ao sermos afastados de algumas coisas, ficamos ainda mais próximos delas?
— Coraline e o Mundo Secreto.

   HAVIA DUAS ALTERNATIVAS:
ela ia embora ou caminhava até onde Jimin estava. Mor estava irritada, sabia que vir para esses lugares teria que lidar com uma quantidade considerável de mulheres que iriam aproveitar a oportunidade para passar a mão nele, e o idiota ainda deixava. Bufou, se forçando a manter a calma, virando-se na direção ao contrária dos dois.

   Porém, mudou de ideia no meio do caminho.

Respirou fundo, tentando parecer o mais natural e irônica possível. Depois de recuperar o controle, caminhou em passos lentos e sedutores até ambos. Ela era boa nisso. Boa demais em estragar as diversões dos outros. E ela era boa demais em ser uma tremenda de uma filha da puta e ela estragaria os planos daquela loira idiota, qualquer que seja estes.

Mor botou um sorriso largo no seu rosto, tentando disfarçar o quanto aquele tipo de situação a deixava constrangida, entretanto ela não deixaria transparecer. Oh, não. Ela não daria aquele gostinho para ela.

— Se eu fosse você, tiraria essa mão daí — ronronhou, abraçando Jimin pelo pescoço, por trás, depositando um beijo em sua nuca.

Ela sentiu a pele dele arrepiar.
— Estamos conversando...

— O que quer que estejam conversando tenho certeza de que não precisa que você passe a mão nele — saiu de trás dele, caminhando para perto.

— Sim, mas...

— Eu não quero saber, minha vida — Mor a cortou. — Agora, tire suas mãos, não vou mandar novamente — a mesma tinha uma expressão alegre, todavia sua voz era autoritária.

Rangendo os dentes, a mulher afastou suas mãos de Jimin, contragosto. Park observava a cena com um sorriso nos lábios. Era bem peculiar que a menor se incomodasse com as mulheres que conversavam com ele... sem que ele pudesse pensar em uma resposta para isso, Mor sentou-se em seu colo, fazendo-o soltar o ar que ele não sabia que tinha prendido. Como se não fosse o suficiente, a mesma rebolou, como se procurasse uma posição confortável para sua bunda.

   Park botou suas duas mãos na cintura da menor, apertando com força, fazendo-a parar.

— Oh, desculpa, querido. Estava tentando me manter confortável, embora eu saiba bem o quão animado você fica quando me ver — a menor piscou um olho para ele, fazendo Park se engasgar com a própria saliva.

   A loira fez um barulho com a garganta, chamando-a atenção para si.
— Ah, você ainda estar aí — Mor a olhou com tédio.

— Não querendo atrapalhar você e seu... noivo, mas nós dois temos negócios para tratar — ela não queria saber se a menor era noiva dele, só queria estar a sós com ele e sentir ele. Por que diabos ele resolveu ficar noivo? Se fosse para se casar, que seja com ela!

A loira queimou Mor com os olhos, mas a mesma olhava para ela sorrindo, como se a desafiasse a tira-lha dalí. A maior olhou de novo para eles dois, em como eles estavam próximos, em como aquela garota sentava em seu homem... e fazia movimentos suaves com a bunda, sentada no colo dele, enquanto Jimin lutava para prestar atenção no que as duas diziam.

Quem ela pensa que é?!

— Oh, desculpa! Agora que lembrei — Mor colocou sua taça em cima da mesinha que estava em sua frente, lembrando-se de empinar bem a bunda, ouvindo Jimin arfar. Ignorando isso, a mesma oferece sua mão para a outra. — Me chamo Mor, prazer.

— Infelizmente não posso dizer o mesmo, mas me chamo Lya — a mulher ignorou a mão da menor.

— Bobinha — Mor soltou uma risadinha. — Se vai me tratar mal, peço que se retire. Quero ter um momento de privacidade com o meu homem — ronronhou, se enroscando em Jimin, que a abraçou.

   Lya olhou para ela de boca aberta.
— M-mas...

— Mas você é chata pra caralho, hein?

— É uma conversa importante sobre... bo-bo-bo...

— bo-bo-botões — a menor revirou os olhos, divertida. — Estamos preso em Coraline agora?

— Nos falamos depois, Lya — Jimin se pronunciou.

   A mulher olhou para ele, chocada. Sabendo que era uma guerra perdida, a mesma se retirou sem dizer nada.
— O que você está fazendo? — ele perguntou depois que a outra se afastou.

   Mor fez o mesmo que antes, empinou sua bunda exageradamente e pegou sua bebida da mesinha, antes de voltar sua posição normal.
— Céus, não faça isso de novo...

Ignorando ele de novo, a mesma disse:
— Estou protegendo a minha imagem, já é o suficiente ter uma multidão falando mal de mim, não quero agora ser reconhecida por ter sido corna — deu um gole. — Se queria se envolver com ela era só ter ido para um lugar menos chamativo.

— Não sabia que se preocupava com isso — ele mordeu o lábio inferior, tentando não rir.

— Pelo amor de deus! eu sou conhecida por não entrar em relacionamentos, aí eu fico noiva e ele me trai? Mas nem fudendo que vou levar isso pra minha vida. Já estou até vendo "a garota que evita namoros, resolve dar uma chance e toma no cu" — ela deu um grande gole na sua bebida.

— Mas nós estávamos realmente conversando sobre botões — ele enrola uma mecha do cabelo dela nos dedos, distraidamente.

— Claro que estavam, eu vi bem o quanto ela estava interessada nos botões da sua calça — revirou os olhos.

   Jimin sorriu de orelha a orelha.
— Está com ciúmes de mim, Adams? — Perguntou, se inclinando para ela e abraçando-a pela cintura, afundando o rosto em seus cabelos e a cheirando, sentindo seu perfume adocicado que combinava perfeitamente com ela.

— Eu estou protegendo a minha imagem, já disse — resmungou. — Agora se afasta, está calor — Mor colocou as mãos no peito dele na intenção de empurrar, mas acabou que ficaram paradas alí.

Ela olhou para as mãos, em como era bom tocar nele, até que seus olhos subiram para o seu rosto. Sua boca ficou ressecada, sabia o quanto ele era bonito, mas parecia que só agora o tinha percebido. Talvez fosse a bebida, mas ela não o impediu quando o mesmo a agarrou pela nuca, juntando os seus lábios em um beijo quente, necessitado e cheio de paixão e luxúria.