Cap. 34

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Atravessando o Jardim recolhendo pétala por pétala cor vermelha acobreadas de uma flor selvagem ao meu querer

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Atravessando o Jardim recolhendo pétala por pétala cor vermelha acobreadas de uma flor selvagem ao meu querer. Da qual existe um exemplar, me basta ser feliz por contemplar.
Everton Lemos Jr.

POV'S MOR.

    GEMI MANHOSA, À MEDIDA QUE ME EMPURRAVA MAIS DE SORVETE DE CHOCOLATE.
Estava com um lençol grande cobrindo o meu corpo, a televisão ligada onde passava um filme bem clichê, as partes tristes não haviam nem começado e eu já estava chorando igual uma desgraçada. Desde que eu descobrir que estava grávida, minha barriga pareceu crescer de uma hora pra outra, eu ainda não havia procurado um médico pra fazer o pré-natal, na verdade nem sair de casa eu saí.

Louis é que está tomando conta de mim, já que eu tenho ignorado as mensagens de Jimin e sempre quando ele vem aqui eu me finjo de morta como se não tivesse ninguém em casa, até a hora que ele vai embora. Por que estou fazendo isso? Boa pergunta, também não sei. Talvez seja medo, porque a gente se conhece já tem um ano por causa da história de noiva fake.

Um ano, caraca.

O fato de eu está grávida não estava nos meus planos e eu não tenho processado isso direito, por mais amoroso que ele tenha sido, por mais que ele esteja me apoiando. E é claro que ele tem que apoiar, o filho é dele. Nosso. Meu deus, o filho é nosso! Ok, acho que vou surtar.

Meu celular apitou pela vigésima vez.

— Você está fazendo aquilo de novo — Louis apareceu na sala, retirando os potes de sorvete do chão.

— Desculpa, prometo jogar no lixo na próxima vez — minha voz soa como a de uma criança manhosa.

— Não estou falando disso, embora também seja bom você fazer um pouco de esforço físico pra variar — levou os potes consigo até a cozinha, voltando com uma tigela de pipoca.

— Eu só estou dando um tempo dessa bagunça toda — respondi, depois de uns segundos em silêncio.

— Já tem quase um mês que você não responde às mensagens dele — revirou os olhos, jogando um punhado de pipoca dentro da boca.

— Eu sou lenta no processo — encolhi os ombros.

— Eu sabia que você foderia com o cara. Bom, se ele precisar de uma psicóloga diga que estou disponível — faz piada, enfiando a mão na tigela e deixando-a lá.

— Ele está bem, Lou. E para de falar como se eu fosse um problema ambulante — retruquei. — Ele me machucou primeiro, lembra?

— Pra te proteger, sua mal agradecida! — jogou pipoca em mim.

— Ei! Eu iria agradecer se essa coisinha aqui dentro de mim não tivesse me feito vomitar todo o meu almoço daquele dia — me defendi.

— Para de agir como criança, Mor — me adverte novamente. — Fingir que seus problemas não existe não vão fazer eles desaparecer.

Aí, essa doeu.

Eu queria me defender, mas ela está certa. Há dias que eu não sabia como lidar com tudo que estava acontecendo. Não consigo nem me encarar na frente do espelho, me ver tão redondinha embora ainda esteja um pouco pequena a minha barriga estava me deixando neurótica. A filha também é dele. Contudo, agora eu tenho que pensar nela, não só em mim. Porque agora a minha vida tinha se expandindo pra mais uma criaturinha.

Queria muito dizer que estou feliz, mas filho não é algo fácil. Lembro dos primeiros meses com Eize, em como eu chorava todos os dias cansada, com os meus seios doloridos, com os bicos mordidos, sem conseguir tomar um banho decente porque ela era doentinha demais e eu tinha que a levar direito ao hospital. Todos os dias eram uma luta, apesar de Dean cuidar dela e passar mais tempo com ela, fui eu que fiz a maior parte. Se não fosse o meu antigo trabalho, eu sei que ela estaria comigo.

Apesar disso, não me arrependo de nada, da mesma forma que não me arrependo de a ter tido. Olhei para protuberância na minha barriga, é tão estranho está passando por isso novamente depois de cinco anos.

— Você vai ficar bem — Lou beijou meu rosto, como se soubesse o que eu estava pensando, eu queria chorar no seu colo por várias horas mas sei que isso não me ajudaria.

  Tentei relaxar, mas a tela acesa do celular estava me incomodando.

Ted, o gato de Louis, subiu em cima do sofá, deitando na minha barriga. Foi uma cena tão agradável que não conseguir me segurar, peguei o celular e bati uma foto. Fiquei encarando por vários minutos, até que decidi que já estava na hora de ler todas as mensagens de Jimin, mas antes disso, eu decidi postar a foto no meu Instagram, pela primeira vez depois de muito tempo.

Fiquei tão traumatizada com comentários negativos de várias pessoas que perdi o gosto de tirar uma simples foto e postar. Entretanto, a minha autoestima estava retomando aos poucos ao seu devido lugar, mesmo quando eu enrolo pra ler matérias que envolva meu nome. E, as meninas estavam certas sobre muitas pessoas serem a favor de mim, mas nessas situações infelizmente nos apegamos demais a comentários maldosos.

Porém, eu mudaria isso, tenho que voltar a ser eu mesma e botar a mente no lugar, estava mais uma vez botando uma criança ao mundo e precisava de toda estabilidade mental para o que viria agora, não só por mim mas por elas duas.

"Travisseiro de gato"

Segundos depois de ter sido postada, várias notificações começaram a chegar, mas só uma me chamou atenção. Jimin havia comentado.

"Pelo amor de Deus, Adams. Não chame nosso filho de travesseiro de gato"

Eu gargalhei tão alto que acabei chamando a atenção de Louis para mim.
— O que é tão engraçado, hein? — perguntou, me encarando com os olhos semicerrados.

— Você precisa ver os vídeos desse macaco — Eu apontei para o celular.

— Dispenso — virou o rosto não parecendo mais interessada, eu sabia que ela odiava as coisas que eu via no youtuber, por isso era fácil mentir.

"É a minha barriga, Jimin. A criança nem nasceu e você já está insuportável"

A notificação brilhou na minha tela, me fazendo a abrir rapidamente.

"Isso mesmo, linda. Enjoe de mim, eu quero que essa criança nasça com a minha cara"

   Antes que eu pudesse responder, os fãs de Jimin tomaram de conta de todos os comentários.

Seja Minha ||Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora