Cap. 28

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Se tomardes a vida com excessiva severidade, que atração tem? Se a manhã não vos convidar a novas alegrias e se à noite não esperardes nenhum prazer, valerá a pena vestir-se e despir-se?— Johann Goethe

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Se tomardes a vida com excessiva severidade, que atração tem? Se a manhã não vos convidar a novas alegrias e se à noite não esperardes nenhum prazer, valerá a pena vestir-se e despir-se?
Johann Goethe.

   O LOCAL QUE RECOMENDARÁ ERA O SEU FAVORITO. Sempre ia para lá quando estava estressada e precisava espairecer ou simplesmente para ler um livro, aproveitando o café e a boa comida. Apesar de ser um local bem movimentado, tinha uma atmosfera ótima. O piso de madeira rangeu sob seus pés no momento que o salto o atingiu, caminhou até o homem que a esperava sentado, no momento que seus olhos se encontraram ele se levantou, puxando-a pela mão de uma forma nem um pouco romântica.

— Oh, me desculpe. Acho que estou com medo de que você fuja — sorriu, soltando a mesma e puxando a cadeira para que ela se sente.

— Não era eu que deveria ter essa preocupação? Afinal, fui eu quem o convidou — sentou na sua frente.

— E acredite, ainda estou muito surpreso com isso e bastante curioso para saber o que a fez mudar de ideia — piscou para ela, tirando-lhe um sorrisinho.

— Acho que fiquei em dúvida — respondeu.

— Em dúvida?

— Sim, estava pensando se havia visto mesmo que seus olhos eram azuis ou verde, sabe, era importante para que eu saciasse essa sede — lhe devolveu a piscadela.

Davi se inclinou sobre a mesa de uma forma ameaçadora, sorrindo cavilosamente.
— Em que mais eu posso ajudar para saciar sua sede?

   Mor sabia ao que ele se referia, se ele fosse um bom garoto, talvez ela se disponibilizaria a beija-lo e se ele fosse bom no que fazia, talvez ela o deixasse brincar com o seu corpo. Ora, como se ela tivesse pensando em talvezes! Era claro que ela lhe entregaria o que quisesse. Nunca foi o tipo de mulher que gostasse de se fazer de difícil e qual era o problema? Se ela tinha vontade, seu dever era se satisfazer.

— No momento um café seria perfeito — sorriu para ele de forma enigmática.

— Seu desejo é uma ordem.

Ele estava se divertido com a situação, acenou para o garçom para que ele se aproximasse, após isso fez seus pedidos e ficaram conversando trivialidades. Mor se sentiu relaxar a primeira vez em meses, apesar de ter gostado de ser a noiva de Jimin, não conseguia descrever a paz que era não ter que ficar 24hrs preocupada com as suas ações com medo do que falariam dela na internet, sem contar que agora não precisava lidar com fãs vindo direto na sua mesa querendo tirar fotos.

Encarou Davi enquanto ele falava sobre o seu trabalho, não sabia como a conversa havia chegado nesse assunto, mas estava feliz por terem algo a falar. Estava chocada por ambos até agora terem se dado tão bem, já que ela tinha uma imagem totalmente diferente dele na cabeça. Esperava que ele fosse completamente estúpido com o qual logo ela inventaria uma desculpa para ir embora, contudo ele a surpreendeu de uma forma agradável.

— ... não sou tão rico quanto o seu ex noivo, mas meu trabalho me deixa satisfeito — sorriu, orgulhoso.

— Meu ex noivo?? Você sabe quem ele é? — Mor perguntou, surpresa.

É uma pergunta idiota, certo. Contudo foi impossível não deixar que elas escapasse por seus lábios.
— Não me julgue mal, não quis sair com você só porque é ex dele — tentou se justificar.

— Eu não me importo com isso, só fiquei curiosa  — sorriu, sem graça. — às vezes esqueço que ele é famoso.

Mor bebeu um gole do seu café, sentindo-se desconectada. Foi bom passar um tempo com Davi, entretanto sua mente insistia incansavelmente em ir até Jimin.

Sentia-se patética.
— Bom, eu não saberia da existência dele se não fosse pela minha irmã — deu de ombros. — E eu meio que agradeço isso, já que por meio dele também conheci você.

Era a primeira vez de muito tempo que Mor sentia seu rosto corar tanto, ela tinha certeza que deveria está da cor de um pimentão.

Ele sorriu largamente.
— Sem contar que é fofa demais.

— Tá bom, tá bom, chega! — ela estava lutando para se normalizar. — Quem é sua irmã?

— A namorada do seu noivo.

Mor olhou para ele por alguns minutos, tentando processar, quando por fim se deu conta de quem ele falava, começou a tossir copiosamente.
— Você está brincando, certo? — perguntou depois de voltar a se estabilizar.

— Não.

— Como vocês pode ser irmãos? Ela é uma mulher extramente patética! — grunhiu. — Oh, desculpe... ela é sua irmã e eu...

— Está tudo bem, não precisa se preocupar. Até eu que convivo com ela não a suporto — lhe ofereceu um sorriso tranquilizador.

— mesmo assim, eu não deveria.

O sino da porta tocou, anunciando que alguém havia entrando.
— Falando no diabo.

Mor olhou para ele intrigada que olhava para trás dela. Virou-se a tempo para ver Jimin e Lya se aproximando de mãos dadas, seu coração apertou e ela fez o possível para não demostrar suas emoções.

— Davi! Que coincidência!

Se jogou nos braços do irmão de uma forma exagerada. O irmão não parecia demostrar a mesma animação que a outra, mas também não a afastou. Jimin continuava parado no mesmo lugar, olhando para Mor friamente.

Aquilo não foi uma coincidência.

Tinha certeza disso por que havia visto um paparazzi tirando fotos de quando entrou.
— Sabe, eu disse pro Jiminzinho que era pra gente vir pra cá, mas estou feliz de ver você.

— Também estou — respondeu, não parecendo realmente feliz.

— E está acompanhado! — ela virou-se para a garota ao seu lado, olhando-a com desprezo.

Mor estava com as sobrancelhas levantadas, com um sorriso debochado nos lábios. Não fazia nenhum esforço para esconder o fato de que não gostava dela.
— Se não se importarem, vamos sentar aqui com vocês — Ela puxou uma cadeira, sentando-se antes que qualquer um falasse algo.

A menor encarou ela por alguns minutos, até que chamou a atenção da loira quando estalou a língua dentro da boca, em um som claro que demonstrava desgostoso.

— Levante-se — mandou.

— Você não é dona do lugar, então eu sento aonde eu quiser — retrucou.

— A mesa está reservada a mim e a Davi, então não, você não senta aonde quiser — sorriu maliciosamente.

Lya grunhiu de raiva.
— Você não pode me impedir de ficar do lado do meu irmão só porque não gosta de mim!

Mor inclinou-se na mesa, em direção a outra.
— Eu não sou uma pessoa legal e eu não vou me forçar a ser uma só porque estou saindo com o seu irmão.

— Ela está certa, Lya — Davi respondeu, tentando amenizar o clima.

— Eu não vou sair daqui!

Mor fez uma careta, olhou para o relógio e viu que já era hora de ir para casa.
— Foi bom o papo com você, Lya — Levantou. — E espero, sinceramente, que você vá se foder.

Lya estava chocada demais para falar algo.
— Eu posso te levar em casa, se quiser— Davi se ofereceu.

— Tenho certeza que ela pode arrumar um táxi — Jimin respondeu com uma voz ameaçadora.

Lya encarou Jimin como se alertasse o mesmo de algo.
— Eu adoraria a carona, Davi.

Seja Minha ||Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora