Cap. 25

15 3 0
                                    

ele era um pintormas ela não era uma tela brancamuito pelo contrárioa vida já havia a manchado inteirauma confusão de corese pinceladassuavesconfusasbrutase terrivelmente belasno finalnão deu certoporque ele estava à procura de uma tela brancae el...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ele era um pintor
mas ela não era uma tela branca
muito pelo contrário
a vida havia a manchado inteira
uma confusão de cores
e pinceladas
suaves
confusas
brutas
e terrivelmente belas
no final
não deu certo
porque ele estava à procura de uma tela branca
e ela era uma obra prima.
Volúpia.

   ELE NÃO RESPONDEU. DIAS, SEMANAS SE PASSARAM E AINDA NÃO TINHA TIDO UMA RESPOSTA, ou alguma explicação sobre o que ocorreu. Tudo foi tão de repente, que parece que havia tido um surto coletivo, mas a imprensa estava alí para lembra-la de que tudo foi real. Mor passará a evitar ainda mais a internet, com medo do que veria, contudo ela não sabia como impedir dos paparazzi de ainda perseguirem por aí em busca de respostas para um rompimento de que nem ela sabia explicar.

A mesma passará dias deitada, ainda em choque sem saber o que pensar e mesmo que seu olho lacrimejasse, as lágrimas não desciam. Estava sozinha, já que sua menina havia ido viajar com o pai novamente e era ainda mais difícil ter um motivo para sair da cama quando ela não estava por perto.

Batidas na porta a retiraram de seus pensamentos. Com um resmungo sofrido, levantou-se do sofá se sentindo cansada, mesmo ser ter feito absolutamente nada, havia roupas espalhadas por todos os locais possíveis, louça suja e brinquedos jogados de qualquer jeito pelo sofá. Chutou algumas coisas que apareciam em seu caminho, à medida que se aproximava da porta, quando abriu se deparou com uma Lou aborrecida.

— Por que não me disse que voltou pra casa? — perguntou com raiva.

Mor encolheu os ombros.
— Acho que esqueci.

Louis analisou a amiga, a pequena usava roupas largas e parecia que fazia dias desde a última vez que tomará um banho decente, seu cabelo estava amarrado em um coque bagunçado e embaixo dos seus olhos havia olheiras horríveis.

— Está decidido, a gente vai sair — Louis adentrou o apartamento, empurrando o corpo da Mor para dentro, sem ligar para os protestos da outra.

[...]

— Tem certeza que é uma boa ideia? Eu não quero sair — Mor choramingou.

Louis ajudava Mor a colocar o vestido longo, preto e aberto na coxa. A mesma já havia se arrumado, usava um vestido minúsculo rosa, cabelos loiros a solta e uma maquiagem leve. Mor a encarava com admiração, Louis sempre foi uma mulher bonita por isso não precisava de muita coisa para ficar ainda mais bela. Tudo nela era natural, longas pernas e um bumbum de dá inveja.

— Seu quadril parece um pouco mais largo, mas deve ser porque você tem consumido uma quantidade absurda de sorvete — soltou o cabelo da menor os arrumando de uma forma que valorizasse seu rosto.

Por fim ambas estavam arrumadas, embora Mor esteja sentindo suas bochechas queimar de vergonha pelo fato de não ter tirado os potes de sorvete do chão.

[...]

Chegaram a boate All Night por volta das 22:00 horas, desceram do carro de forma sedutora e caminharam até a entrada de forma confiante passando pelos seguranças, sabendo que não seriam barradas pelo fato de Mor ter se tornado uma figurinha pública. Por dentro, o local estava lotado e barulhento, luzes neon brilhavam sob o rosto de todo mundo de forma hipnótica. Louis a levou até o bar, onde Robert e mais outra mulher se encontrava conversando com ele.

— Olá, gente! — Louis cumprimentou de forma alegre, se aproximando com os braços para cima logo abraçando Robert e lhe dando um beijo suave na boca, se afastou apontando para a menor. — Essa é Mor, minha amiga — apresentou para a mulher. — Mor essa é Kristy, amiga do Robert, ela é uma modelo muito famosa.

— Que nada — Kristy sorriu, balançando as mãos com pouco caso. Por fim direcionou seus olhos brilhantes para Mor. — E eu conheço você. É a ex noiva do Jimin, certo? Já nos encontramos em alguns eventos — ela estendeu a mão para a outra.

— Não sou muito boa em lembrar das pessoas quando estou nesses lugares — apesar do aperto que sentiu no peito ao ouvir o nome dele, a mesma se forçou a esboçar um sorriso e apertar a mão da loira.

— Problemas de famosos — Robert zombou, fazendo todos rirem.

— Vamos dançar! — Louis puxou o namorado pela mão, sem dar tempo do mesmo recusar.

Mor olhou para eles se afastando, sentindo um vazio repetino. Até mês passado ela havia tido outra vida, havia se apaixonado e agora estava quebrada. Impressionante como tudo ocorreu de forma abrupta.

— Você é ainda mais bonita pessoalmente que nas fotos — A morena levou a bebida aos lábios, olhando para a menor de forma predatória.

Mor voltou seu olhar para ela, lembrando-se de sua presença. Sorriu para Kristy de forma lasciva, sentando-se ao lado dela.

— Agora me sinto uma idiota por não ter notado você direito nos eventos, por que com certeza você não é o tipo de rosto com o qual eu esqueceria facilmente.

Kristy sorriu largamente para ela.
— Aceita uma bebida?

E assim a noite começou. A Modelo era um colírio para os olhos, usava um vestido branco justo, ressaltando suas curvas. O cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo bem apertado, não usava muito maquiagem, embora claramente também não precisasse disso. Após conversar por bastante tempo, as duas se levantaram para dançar. Kris não era alta como Jimin, mas não significava que era baixa.

Dançaram colada em todas as músicas e sempre que podia, Kris aproveitava a oportunidade para passar a mão pelo corpo da menor. Naquele momento Mor esqueceu todas as dores dos últimos dias, aproveitando aquelas mãos que passeava por suas curvas. Os seus olhos estavam bem fechados, contudo Kris olhava para a outra com possessão e quando Mor virou-se para ela com os olhos abertos, se assustou quando a mesma a segurou pelos cabelos, colando seus lábios.

O beijo enviou uma onda de arrepios por seu corpo, sua boca era macia e quente, ela podia sentir o gosto doce do coquetel de abacaxi que a outra havia tomado. Então de repente foram interrompidas pela vibração do celular de Mor que estava na bolsa que a mesma havia trago consigo. Sem dar importância, Mor agarrou a outra, mas novamente seu celular vibrou.

— Droga! — grunhiu de raiva.

— Não fica assim, ainda temos a noite toda - deu um selinho na menor. — Vou pegar uma bebida para nós.

Mor sorriu para ela, quando a outra se afastou, lembrou do seu celular e o pegou disposta a colocá-lo no silencioso, todavia a mensagem que viu a paralisou. Seu rosto se contorceu de raiva.

— Só pode tá de brincadeira com a minha cara — olhou ao redor, vendo-o de longe com o celular na mão, encostado na porta, olhando-a com os olhos frios.

"Venha para fora"
"Não me ignore, eu sei que sentiu a vibração do celular"
"Venha agora, Adams"

Seja Minha ||Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora