▪︎ Chapter 5 ▪︎ Relax ▪︎

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19:43pm

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19:43pm

Estava eu sentada na cadeira de frente para a escrivaninha do meu melhor amigo, ambos presentes em seu quarto.

Persistia seriamente em continuar o trabalho, no qual havíamos sido designados para realizá-lo, talvez mais por nós mesmos. Seja qual era o trabalho passado por algum professor, fazíamos juntos.

Anotava tudo que conseguia tirar da internet que realmente fosse relevante para nosso tema do trabalho de história. Tentava ao máximo me concentrar, mas meu querido melhor amigo aparentava se satisfazer ao me tirar esse luxo.

O som da guitarra que Finn tocava sugava toda minha concentração momentânea, o que já estava me tirando do sério. Mas não seria capaz de negar o quanto amava vê-lo ali, sentado em sua cama, tocando notas falhas até chegar em uma melodia considerado por ele mesmo como "perfeitamente agradável aos seus ouvidos".

Seus cachos caindo sobre seu rosto; atenção completa para a situação: cena que fazia meu coração palpitar vezes mais rápido. Completamente esquecida ali, a encarar para sua imensa paixão.

- Finn... - tentei chamar sua atenção.

- Hum... - respondeu sem me olhar, ainda persistindo em arrancar notas válidas do instrumento.

- Eu preciso da sua ajuda para terminar essa maravilhoso trabalho de história. Você sabe que eu não gosto dessa matéria... - pesisti o olhando no mesmo lugar de onde eu já estava.

- Vocês sabe que eu também não gosto. Então, estamos quites - tocou mais uma nota.

A serenidade presente em seu olhar não mudava em hipótese nenhuma.

Levantei rápido da cadeira e parei em sua frente, o encarando mesmo que ele não tivesse levado seu olhar a mim.

- Estamos quites coisa nenhuma. Eu não gosto, você não gosta... e por que somente eu iria fazer os trabalho?! - falei bastante exaltada.

- Mari... relaxa, ok? Termina isso, diz para a professora que foi você a responsável por fazer tudo e eu apresento - falou sem me olhar.

- Não! Isso é injustiça! Eu vou fazer o trabalho todo só para você apresentar?!

Ele instantaneamente parou de tocar sua guitarra. Sua cabeça levantou lentamente até que seus olhos pudessem se encontrar com os meus. Se levantou vagarosamente do lugar onde estava sentado e parou em minha frente.

Engoli em seco e esperei que ele me desse uma resposta.

- Esse trabalho é para a semana que vem depois desta que entrará agora... Pode, por favor, manter a calma?

Ele alternava sua visão entre meus dois olhos em quanto respirava lentamente pela boca.

Eu o olhava atentamente, às vezes traçando meu olhar de seus olhos para seus lábios e vice-versa.

- O que você quer eu eu faça? - me perguntou.

- Bom... para começar eu amaria mesmo que você pare de tocar durante alguns minutinhos e prestasse atenção ao nosso trabalho.

- Bem... mais alguma coisa? - continuou a me olhar.

- N-não. Por hora é só.

- Hum, certo. Faço sem problemas. Você quer que eu pesquise ou que anote?

Ele falou de forma tão tranquila que, para mim, seria mais trabalhoso. Me senti idiota por não ter gritado com ele antes, mas não teria como saber que iria surtir efeito.

Crusei os braços e me pronunciei.

- Me agradaria muito que você fizesse os dois para me dar um descanso. Fiz isso durante duas horas... Acho que mereço um descanso.

- Sim, claro que merece.

Finn assentiu e me lançou um sorriu cínico. Sorriso o qual eu detestava que ele fizesse e ele sabia disso; fazia aquilo pela única razão de provocação para me tirar do sério.

Revirei os olhos e sentei no mesmo lugar onde ele estava. Comecei a assistir a cena do meu amigo fazendo algo que fosse para o trabalho.

Sua guitarra estava ao me lado e a mesma me chamava para que eu a pegasse. A obedeci, peguei-a e comecei a tocá-la em notas curta, juntas e lentas. Sabia o que estava fazendo e me sentia muito bem com a aquela situação.

Por um certo momento sinti que Finn que olhava de desdém, o que me arrancou um certo sorriso contido por meus dentes mordendo meus lábios.

Fiquei ali tocando por horas e horas, metaforicamente. Até ouvir o barulho das rodas da cadeira se mexendo, insinuando que Finn já iria sair dali. E antes que eu pudesse abrir a boca para falar algo ele me surpreendeu jogando de leve o caderno em cima da cama a minha esquerda.

Meus olhos se mexiam por todo lugar que o garoto passava em torno de seu quarto: vez pegando seu skate, vez pegando seu casaco.

Ele começou a vir em minha direção sem olhar para mim, cada vez chegando mais perto. Sua boca foi de encontro com a minha, me assustando com o ligamento inesperado de nossos lábios juntos em um movimento calmo e sereno. Finn se afastou, me deixando meio boquiaberta com o que havia acabado de acontecer.

- Minha parte das anotações estão aí. E por favor... fique estressada comigo mais vezes. Você fica incrivelmente linda assim. Faz me sentir especial, demonstrando uma emoção que você quase não apresenta para ninguém - disse tudo acompanhado de um sorriso modelado por seus lábios.

Aquele sorriso...

Foi a última coisa que vi dele naquele dia, antes dele passar pela porta saindo do cômodo pela mesma.

E continuei por ficar ali como uma estátua petrificada, sentada em uma cama, com certa parte da boca aberta e segurando uma guitarra azul em meu colo.

Finn Wolfhard ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora