Flashback.

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               A caminhada não podia parar, eles precisavam encontrar os outros, Faith precisa de seu pai mais do que nunca

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               A caminhada não podia parar, eles precisavam encontrar os outros, Faith precisa de seu pai mais do que nunca. Raleigh tem medo, medo da reação de todos em relação a morte de Lori, se vão culpa-la igual Carl culpou, se vão odia-la e odiar seu pai como Carl odiou.

O pequeno Grimes continuava em silêncio, ele raramente falava algo, estava estressado, havia perdido a mãe para todo o sempre, e agora, não faz ideia de onde seu pai está.

Carl analisava tudo, qualquer coisa ao seu redor, e uma pessoa especifica; Faith.

Faith Raleigh. Quatorze anos. 1,60. Mudanças genéticas. Qual o motivo? O que nela o fazia querer olhar para ela? Querer odia-la? Querer beija-la novamente —se o acontecido na prisão pode der considerado um beijo.—? O amor e ódio são coisas parecidas, você pode amar o sentimento de ódio que tem por uma certa pessoa, mas também, pode odiar ama-la.

O mini xerife tinha sentimentos pela garota, era por Sophia, nunca foi Sophia. Mas para ele, era difícil assumir isso. Ele e a loira não tiveram um relacionamento de verdade, aquilo nunca foi um relacionamento, eles nunca sentiram nada um pelo outro, apenas achavam divertido.
Ele e Faith são como cão e gato; brigam, mas não se largam, precisam conviver juntos.

Mas se para Carl é difícil entender os sentimentos, imagine para Faith. Ela beijou uma garota, ela gostou de uma garota, e isso na cabeça dela não fazia sentido, nunca explicaram para ela se isso é mesmo certo, se é algo comum, ou é apenas mais uma anomalia. Ela não sentiu por Sophia o que sentiu por Célia, mas ela também não sentiu por Célia o que sente por Carl. O que ela sente por Carl é forte, e a deixa irritada, talvez esse seja o motivo de tanta briga entre eles.

— Tomem cuidado, vocês podem se machucar aqui. — A garota avisou, havia diversos ferros pontudos pelos chão, portões e grades derrubadas.

Você sabe para onde estamos indo? — A loira suspirou, cansada.

— Eu não faço ideia. — Bufou. — Precisamos de algo para vocês comerem, é isso que precisamos.

— E você? — Perguntou preocupada.

— Eu não morro, vocês sim.

Carl estava atrás, em silêncio, chutava pedras e bufava.

— Já vai anoitecer. — Carl finalmente disse algo, seco. — Precisamos parar, estamos cansados.

— Vamos entrar nessa casa. — Falou. — Eu pulo primeiro ddepois você, Soph. Eu ajudo você. — Informou.

A loira apenas assentiu.

Faith então pulou a grade, que ironicamente era a única que não estava caída ou com o portão detonado.

Conan estava preso nas costas da irmã, como qualquer outro bebê, ele dormia.

— Vem. — Chamou a melhor amiga.

— Ai meu Deus. — Sophia suspira nervosa.

Havia um muro abaixo da grade, então apoiou seu pé para pegar impulso. Mas ele estava fraca, não tinha forças para empurrar o próprio corpo. Seu pé escorregou, e em segundos, teve sua perna cravada na ponta pontuda e afiada da grade.

O grito de Sophia assustou os três, acordou o bebê, chamou a atenção. E seria questão de segundos até encher de mortos ali, Faith poderia mante-los longe, mas todos sabem que ela não tem força o suficiente para tantos zumbis.

— Precisamos tirar ela. — Carl tentou empurrar a perna dela.

— Não! Solta! — Faith rosnou, e pegou rapidamente na mão da amiga. — Você não vai sentir isso.

— Faz o Conan parar de chorar, não se importa comigo.

— Não Sophia, nunca. Eu nunca vou deixar você, nunca. — Ela falou firme. — Temos pouco tempo, apenas deixe eu puxar sua perna, você não vai sentir, eu vou.

Ela juntou rapidamente sua testa com a da amiga, e então olhou Carl.

— Pula você, quando eu puxar, ela vai cair, você segura.

O de chapéu apenas assentiu e fez o que Faith falou.

O choro de Conan era perturbador, ele não parava.

— Um...Dois... — Começou a contar. — Três! — Gritou.

A loira gritou, e o corpo dela caiu no chão junto a Carl.

Não havia mortos no quintal, estavam seguros.

Carl a mantinha em seus braços, ela chorava.

— O que vamos fazer? Não pode segurar a mão dela para sempre! — Falou em relação ao seu poder de remover dores. — Faz essa criança parar de chorar!

— Precisamos de curativos!

— Não temos curativos, não temos nada!

— Me da ele, eu faço ele parar. — A voz de Sophia saiu arrastada. — Faith, eu quero que você me morda.

Faith estava ofegante, nervosa. Seu nariz sangrava, havia mortos no portão, havia um bebê chorando desesperadamente em suas costas, e havia Carl Grimes a incomodando a anos.

— Faith! Me dê esse bebê e me morda! Não temos remédios, vocês não sabem costurar, eu não quero ter uma infecção e morrer! — Sophia não sentia a dor, Faith sentia por ela. Então, ela não estava delirando pela dor, estava falando sério.

— Eu não posso, você viu o que aconteceu com a Beth. — Tinha lágrimas nos olhos.

— Beth já estava morta, eu estou viva. Eu confio em você, nada de ruim vai acontecer comigo. Eu confio em você, Faith. Eu confio que eu vou ser igual Conan, igual Célia, igual a qualquer pessoa daquela cidade estúpida. Apenas me morda.

Faith olhou para Carl, que olhava diretamente nos olhos dela.

— Morde ela! — Ele falou nervoso.

— Desculpa. — Foram as últimas palavras de Faith, antes de cravar os dentes no braço da melhor amiga.

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𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐖𝐈𝐃𝐎𝐖, the walking dead ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora