LIZ DAMACENO.
Copacabana, Rio de Janeiro.Ouço vozes distantes e aos poucos vou abrindo meus olhos com uma certa dificuldade, analiso o local vendo que eu estava em um quarto de hospital. Sinto uma pontada forte na cabeça e acabo soltando um gemido de dor, chamando a atenção de todos que estavam presentes no quarto.
— Meu Deus do céu Liz, você está bem? Como está se sentindo? Tá com muita dor? — minha amiga pergunta afobada.
— Senhorita se acalme, isso pode a deixar confusa. — a enfermeira diz. — Vou chamar o médico para te examinar. — concordo com a cabeça e ela sai do quarto.
— Você se lembra de mim né?
— Quem é você mesmo? — falo em tom de brincadeira fazendo Maria Calar revira os olhos.
— Eu deveria ter ficado com você, me sinto culpada por ter te deixado sozinha. — suspira.
— A culpa não é sua! Poderia ter acontecido muito pior se você estivesse junto, então foi melhor assim.
— Eu sei Liz, mas mesmo assim eu me sinto mal, você sabe como eu sou.
— Sei bem. — sorrio fraco. — Conseguiram pegar eles?
Maria abre a boca para responder a minha pergunta mas é interrompida quando o médico entra no quarto acompanhado do tio Alberto, advogado e amigo de anos dos meus pais.
— Olá Liz, sou o Dr. Martins, como você se sente?
— Estou bem.
— Pode seguir a luz, por gentileza? — concordo.
O Dr. Martins, acende algum tipo de lanterna e eu começo a seguir na direção em que ele direciona a luz.
— Qual seu nome completo e quantos anos você tem?
— Liz Damaceno, tenho dezessete anos, nascida e criada em Copacabana. Faço dezoito anos mês que vem, dia quatro.
— Certo. — sorri. — Lembra de tudo o que aconteceu ontem? — apenas concordo com a cabeça.
Minha vontade era não lembrar de nada do que aconteceu mas infelizmente tudo o que rolou fica repassando em minha mente a cada segundo, e a cada segundo eu sinto como se eu não conhecesse de fato o meu pai.
— Quando vou poder ir pra casa?
— Posso conversar a sós com ela?
Dr. Martins e a minha melhor amiga concordam e saem do quarto me deixando a sós com o Alberto.
— Chega para lá mocinha. — sorrio e dou espaço para que ele se sente ao meu lado. — O que aconteceu ontem foi muito suspeito e você sabe né? Como apenas eu e você cogitamos a ideia de que o acidente dos seus pais tenha acontecido de forma proposital, o episódio de ontem pode ter alguma ligação.
— Pensei a mesma coisa. — suspiro. — Mas como vamos investigar, sendo que a polícia não acredita em nós?
— Tenho alguns amigos, vamos investigar isso com muita cautela, pode ser que demore, mas vamos provar que o acidente do seus pais foi propositalmente. — segura minha mão. — Você não está segura aqui em Copacabana, não depois do que aconteceu ontem e do que você descobriu.
— Você sabia? — pergunto sem acreditar e ele assente. — Nossa. — sinto um nó se formar em minha garganta.
— Esse ponto não vem ao caso agora, como eu ia dizendo, você não está segura em Copacabana. E como eu sou o único responsável por você, decidi que será melhor você morar com a Maria Clara, no Vidigal.
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Só Por Uma Noite [M] ✓
RomanceLiz, uma jovem que sempre teve tudo o que queria e na hora que queria, mas se vê encurralada quando seus pais morrem em um acidente de carro, pelo qual diz jurar que foi proposital. "Patricinha" da Copa que por obrigação das consequências de um pass...