Capítulo 7 - Primeiro Show

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Dias se passam e Bia e Julie puderam ir à loja de discos. Estavam vendo as novidades, se distraindo um pouco.

- Meninas, quase não vejo vocês. – Anuncia Klaus ao vê-las, dando tapinhas em seus ombros.

- É, a gente ficou ocupada com a escola, as coisas da banda e o trabalho da Bia na galeria.

- A Cindy me disse que você é excelente. – Klaus comenta.

- Me diz o que essa garota não faz bem? – Julie dá uma piscadela para a amiga.

- Vocês são uns fofos. – Bia responde ajeitando sua tiara.

- E você, Klaus, não exagera com essa saudade, eu e a Bia viemos ontem, e na semana passada também.

- Só tô avisando, sabe. Quando ficarem famosas não esqueçam dos velhos amigos.

- Que nada! Vamos encher muito sua paciência ainda. – Julie fala enquanto dedilha as capas de discos na prateleira próxima.

- Tudo certo para a festa da loja? – Bia pergunta.

- Claro. O som é com vocês.

- Eu e os meninos viremos mais tarde, deixa só o espaço pra gente, nós montamos tudo.

Era o primeiro show! E eles tinham preparado tudo com carinho, os cartazes, o anúncio no site. Espalharam alguns pelas paredes da escola. Que lhe renderam alguns curiosos acerca da identidade dos garotos. Isso dava destaque para banda, como a Bia mesmo dissera.

...

Como se sentir quando seu show está prestes a fracassar? Bom, ela está surtando por dentro. Por que eles não estão aqui? Pensa. Sua mão precisa de algo para se concentrar, se tivesse uma caneta ou aqueles potinhos de tic tac. Sente que está prestes a chorar. A casa tá cheia e ela não pode falhar agora.

- Julie, o pessoal tá impaciente. Diz pros garotos se apressarem. – Klaus está agitado.

- Eles já devem estar vindo – Responde alto demais. Até que em mais alguns minutos vê algo. São eles.

- Finalmente! Vocês não sabem como eu fiquei nervosa. – Solta o ar que prendia sem perceber. Daniel retira a máscara está bem sério.

- Estamos aqui vamos começar, depois nós explicamos. – Ele então recoloca a máscara. Ela fica um pouco apreensiva. Mas não podem se atrasar mais. Com os instrumentos em mão, entram no pequeno palco. Vão arrumando o espaço. A tensão vai diminuindo, e finalmente tocam.

Vão se entregando ao momento. Quando percebem, estão sintonizados com a galera. O público gosta deles, e podem perceber no modo como vibram com nome da banda, aplaudem e assoviam.

Guardam os equipamentos, e partem para casa. Bia não pode acompanha-los, mais pede que conte assim que souber. Toda a apreensão volta. O que aconteceu nesse tempo?

- Me contem, por que se atrasaram? – Julie dispara assim que entram na Edícula.

- Melhor se sentar. – Félix avisa. Assim ela faz.

- Estávamos a caminho, quando percebemos que alguém tava seguindo a gente. – O guitarrista olha sério. A vocalista é pega de surpresa.

- Como assim?

- Não sabemos, mas estavam atrás do taxi que pegamos. – Martim joga a máscara no sofá.

- Nós tivemos que despistar, entramos em algumas ruas diferentes, até que conseguimos sair de vista. – Daniel fala enquanto tira as luvas.

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