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Passaram-se duas semanas e o trabalho de Lauren estava indo muito bem, na qual está juntando dinheiro para pagar sua faculdade no próximo um ano e meio. Além de poder ajudar nas despesas de casa com sua mãe. Nem sempre a situação era fácil, então, seu pai ajudava mensalmente com uma quantia de dinheiro, mesmo morando muito distante.

Os dias iam passando e a aparência de Lauren dizia muito sobre o que ela sentia. Era muito difícil esconder todos os sentimentos que estavam a conturbando. A perda de sua amizade ainda estava na mente, e a cada dia ela precisava apredender mais sobre ter a sua própria companhia. Até um certo dia, em que a orientadora da escola se aproximou de Lauren e questionou:

- Por que você sempre anda sozinha, meu bem? Gostaria que eu conversasse com sua turma e tentar lhe enturmar...

- Muito obrigada senhora Ryder. Me perdoe por esse meu jeito, acho que só ando pensando muito. Mas não precisa falar com ninguém, por favor. Não quero que me olhem mais estranho ou achem coisas ruins sobre mim. - Respondeu Lauren com lágrimas nos olhos, segurando para não serem derramadas - Agora eu preciso ir, vou perder a hora do meu expediente. Tenha um bom dia!

- Você tem certeza? - Perguntou por último a orientadora.

- Não quero parecer orgulhosa, nem nada. Mas não se preocupe, está tudo bem! - Respondeu Lauren segurando ombro da orientadora, até se virar e ir embora.

O que mais aliviava o cotidiano pesado, era justamente os dois amigos incríveis que Lauren havia feito no trabalho. Eles eram seu únicos amigos, mas com certeza já era mais que suficiente. O momento em que ela se sentia mais confortável em ser ela mesma era alí. E o trabalho, por mais que duro, valia a pena, cada centavo que ajudasse em casa valia.

Toda vez depois do serviço, Lauren, Grace e Vitor passavam um tempo juntos no shopping conversando e gostavam de ir à praça de alimentação para comerem. Esses momentos eram muito importantes. E por alguma razão, Lauren não tirava Vitor de sua cabeça nos últimos dois dias. Parecia que ela estava sentindo algo diferente, o mesmo sentimento que já havia sentido por um antigo colega de sala na oitava série, só que parecia um pouco maior. No começo não era assim, foi algo de repente que ela reparava nos mínimos movimentos, fala e jeito dele.

Quando Lauren já havia chegado em casa e estava na mesa escrevendo no seu diário, sua mãe entrou pela porta da frente e segundos depois caiu no chão por conta de um pressão baixa muito forte.

- Mãe! Por favor, levanta, o que aconteceu? - Gritou Lauren ajudando Sabrina a levantar.

- Eu fui demitida, filha! Não me querem mais lá e nem me deram uma justificativa. - Disse Sabrina com voz de choro. - Eu não fiz nada, simplesmente falaram comigo e me colocaram para fora.

- Tá, mas isso não faz sentido nenhum! Como puderam...

- Eu disse que precisava do dinheiro e que tenho uma família. Mas a minha chefe falou que não precisam mais de pessoas para trabalharem na minha área de secretária. Irão utilizar um novo método. Vou ter que pedir ajuda ao seu pai, ou à nossa igreja e eu só espero que fique tudo bem. - disse Sabrina por último, antes de dar um abraço forte em sua filha. Elas passaram três minutos se abraçando e oraram.

Lauren não estava bem com tudo que estava acontecendo na sua vida. Ela se sentia fraca, ainda mal pela sua amizade de anos perdida com Jane, a perda do emprego da sua mãe, atividades do Ensino Médio e ainda achar que está gostando do seu amigo do trabalho. As noites eram mal dormidas e Lauren ficava se corroendo.

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