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HISTÓRIA ESCRITA EM CONJUNTO DA Fantasminha98

Aquela dúvida sobre quem realmente era seu amigo ou como Amelie insistia em especular qual era a real identidade do "Senhor Invisível" corroeu o pequeno por anos a fio, até ele completar doze anos de idade e numas das visitas à Corte de Brume, enquanto passeava pelos jardins. Se deparar com uma enorme estátua que representava ninguém mais ninguém menos que seu amigo.

Não podia ser... Com os olhos arregalados, Scorpius leu a placa abaixo da estátua que identificava quem representava, exaltava os feitos de coragem e sacrifício.:

"Draco D'Fay Bauffremont

1981 - 1998

Um nobre filho e veela, que trocou sua vida pela a de sua mãe e companheira.

Vítima da segunda guerra bruxa.

Nascido Malfoy, morto D'Fay"

Era ele o tempo todo. Seu amigo imaginário era seu irmão morto todo aquele tempo!

Em uma mistura de fúria e medo, ele se virou rapidamente para a esquerda quando sentiu o ar ficar gelado e por já estar acostumado sabia que aquele que surgia ao seu lado era o "Senhor Invisível".

- VOCÊ! Era você o tempo inteiro! - Ele estava exaltado.

- Me surpreendo como você nunca percebeu, mas eu até entendo, afinal nessa escola francesa não existe qualquer outro fantasma ou vagante como eu... Hogwarts sempre foi mais interessante e misteriosa. - Ponderou dando de ombros e ignorando seu irmãozinho enfurecido. - De qualquer forma até que eles fizeram um trabalho bem feito, quase ninguém conseguia pintar o meu nariz direito, quem dirá esculpir... - Debochou, escorando-se na estátua. - Quer dizer, você vem aqui todos os anos desde que nasceu, mamãe deixa flores ao pé da estátua e você nunca se deu ao trabalho de prestar atenção nesse rostinho de boneca? - Ele apontou para o próprio rosto.

Ceeeeeerto, agora Scorpius tinha começado a ficar com medo. Ele nunca tinha falado com ele daquele jeito.

-Você.... Você.... Veio assombrar a gente? - Ele abaixou sua voz em pelos menos cinco tons, se encolhendo. Como podia? Ele ainda estava no segundo ano e só estudaria fantasmas e outros Espíritos como Dementadores e Bichos-Papões no terceiro ano, e pelo pouco ele sabia sobre fantasmas ou "vagante", como Draco se referiu a si mesmo, podia estar lá apenas para sugar a alegria da sua família se vingando deles de alguma forma terrível e distorcida.

- Scorpius, vocês são a minha família! - Draco se ofendeu, dando um tapinha na cabeça do mais novo que apenas arrepiou o garoto - Ao menos prestou atenção nas histórias te falam sobre mim!? Eu dei a minha vida pela a da mamãe, para que ela sobrevivesse e ficasse com o papai, para que VOCÊ nascesse, e ainda acha que eu assombraria vocês?!

- Bem.... Você é um fantasma...

- Vagante. - Cortou Draco o corrigindo. - É diferente.

- E está com a gente há anos... - Continuo Scorpius receoso.

- A culpa disso é inteiramente sua. Se não tivesse se perdido no supermercado, eu não teria aparecido para você. Nunca saberiam que eu estava observando vocês. E desastrados como você e nossa prima são era preciso que alguém mantivesse um olho nos dois.

- Se você sempre esteve por aqui para "cuidar" da gente, porque não me ajudou quando bati com minha vassoura na árvore quando tinha cinco anos?

- Não... Você entendeu errado. Eu nem sempre estive de olho em você, afinal eu tenho uma vid- morte para viver. Eu peguei uma carona na visita de vocês no cemitério naquele Natal em 2010. Passei boa parte dos meus primeiros anos como vagante achando que mamãe estivesse morta, mas diferente de mim ela não tinha qualquer assunto inacabado e nem tinha passado... Mas na verdade ela está com você. E eu fico feliz por isso.

Les Liens Familiaux - Livro 2Where stories live. Discover now