Trois

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HISTÓRIA ESCRITA EM CONJUNTO DA Fantasminha98

O café da manhã foi tranquilo e farto, com uma variedade de pães e geleias que só um bom francês pode oferecer. Mas para a alegria de Narcisa seu tio guardava sempre duas caixinhas do típico chá inglês Earl Grey, que a sobrinha tanto amava acompanhado de leite e definitivamente sem açúcar, no armário de chás.

- Bom, vamos conversar no meu escritório. - Falou o Sr. Rosier quando terminaram o desjejum, sendo acompanhado pelo casal.

Olivier fez questão de sentar bem ao lado de Narcisa e discretamente segurou a mão da bruxa, cuja atenção estava no tio sentado sobre uma poltrona vinho perto da janela. Janela essa que estava aberta deixando a luz da manhã iluminar o escritório arejado e abarrotado de livros.

- Querida, eu conversei com uns amigos do meu tempo de Ministério e as notícias não são animadoras... Quem fez a denúncia contra você foi, ninguém mais ninguém menos, que o Chefe do Departamento de Execução de Leis Mágicas, Simon Monpellier.

- Eu não compreendo... Sequer conheço o Sr. Monpellier e não piso na França desde minha vinda a 18 anos atrás. Porque alguém como ele me deteria com uma denúncia falsa e se daria ao trabalho de me fixar com uma infração menor? - Perguntou Narcisa realmente confusa.

- Ai que está a questão, Ciça. Receio que a denúncia tenha sido feita pelo Sr. Monpellier a pedido de terceiros... O que consegui foi que um certo advogado muito renomado em nossa comunidade tinha cobrado um favor e pediu que uma investigação fosse aberta contra você.

Etienne, não mais falava olhando para a sobrinha e sim para o bruxo que a acompanhava e viu quando a compreensão atingiu o meio-veela.

- Mas que advogado?

- Claude D'Fay Bauffremont, deu a dica. E foi ele que começou a investigação contra você. - Respondeu o tio.

- Seu irmão? - Perguntou Narcisa confusa se voltando para o companheiro que estava muito calado e extremamente irritado. - Porque ele faria isso?

Mas não foi Olivier que respondeu e sim seu tio Etienne.

- Porque você é companheira dele. - Conclui indicando Olivier que dessa vez se levantou e inquieto andava de um lado para o outro da sala tentando encaixar tudo em sua cabeça. Porque seu irmão tinha decidido investigar Narcisa logo agora e acima de tudo como ele ficou sabendo que ela tinha voltado, não fazia sentido!

- Eu... eu não entendo? É ruim eu ser sua companheira? - Perguntou Narcisa um pouco constrangida, vendo que no dia anterior quando apresentou Olivier para o tio omitiu a informação que o homem era seu companheiro, e bem, claramente seu tio já sabia. Mas sua pergunta tinha sido direcionada ao loiro que tinha se voltado para ela com olhos assustados.

- Claro que não! Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida!

- Mas seu irmão...

- Claramente pensa o contrário. - Respondeu novamente Etienne, enquanto Olivier bufava de frustração e contrariado voltava a sua caminhada sem sentido.

- Por eu ter sido uma Comensal da Morte. - Concluiu Narcisa em choque, mas fazia sentido que irmão em juízo perfeito gostaria que seu irmãozinho caçula se envolvesse com uma bruxa das trevas. E mesmo que ela tivesse sido absolvida no julgamento final da guerra ela nunca poderia afirmar verdadeiramente não conhecer as artes das trevas, porque afinal de contas Narcisa conhecia e apesar de detestar admitir conhecia muito bem. Ela fora uma ótima duelista usando feitiços obscuros, mesmo sem nunca ter recebido a marca. - Mas eu nunca recebi a marca. - Sussurrou sabendo que isso pouco significa se comparado a imagem que tinham construído dela, a bela e fria bruxa esposa do braço direito de Voldemort e irmã da mais cruel de suas seguidoras.

Les Liens Familiaux - Livro 2Where stories live. Discover now