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Torturas pífias dum amor doente,
Que cantando intrínsecas paixões exala.
E ainda dorme com o temor dormente,
Lembrando o escuro erguendo-se da sala.
E corre na gélida traiçoeira pálida,
E geme do córrego ao poço, febril.
A mão grosseira que dançando, cálida,
Dedilha canções onde o corpo premiu.
E jorra o sangue do ventre escolhido,
E cai o véu da noite, a profecia.
Nota-se o fogo no abismo sendo erguido,
Levando as almas abatidas em agonia.

Lúrido Veneno - A ilha profanaOnde histórias criam vida. Descubra agora