Ciúmes

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          Amanheci no domingo com Pietro dormindo ao meu lado na cama. Estávamos em seu quarto e, com as cortinas fechadas, eu não sabia dizer se o sol brilhava ou não. O quarto escuro era um convite a dormir mais um pouco.
          O homem nu ao meu lado adormecia tranquilamente. Os fios negros caíam em sua testa deixando-o mais jovem e descontraído. Dormindo Pietro era um poço de inocência, não parecia o homem ardente e caloroso que era quando estávamos atiçados pelo fogo do desejo.
          O lençol branco cobria apenas da cintura para baixo nele, deixando nu seu tronco forte e musculoso. A tatuagens no peito e nos braços mostravam um pouco da sua rebeldia. "Resiliência" era o que estava escrito com letras pequenas em um dos seus braços. "Mãe" era o que estava no antebraço. Uma frase circulava seu bíceps: " Meu sonho não vai morrer enquanto houver vida em mim." Todas elas escrito em italiano. Puro charme, pensei ao ver uma pequena águia nas costas da sua mão esquerda. Um homem visionário.
Eu não tinha dúvidas de que Pietro era um homem terrivelmente inteligente e sagaz nos negócios, senão não teria conquistado tudo o que tinha. Corajoso e visionário podia-se dizer. Nos negócios ele se sobressaiu muito bem, minha dúvida era se na sua área sentimental ou familiar as coisas fluíam também.
Vendo-o dormir tranquilo e com as feições suaves, senti meu coração aquecer. Não tive dúvidas de que eu estaria me apaixonando pelo meu príncipe italiano. Um cliente! Um sentimento que jurei toda a vida não poder sentir, agora estava ardente em meu peito, me fazendo sentir coisas jamais sentidas antes.
Virando-me de costas pra Pietro na cama, fiquei a olhar as cortinas balançarem por causa do vento que soprava do ar condicionado. Ainda tínhamos uns vinte e poucos dias juntos. Um bom tempo ainda, pensei ajeitando o lençol no meu corpo. Meu movimento fez com que o lençol que também cobria Pietro se movesse, fazendo-o acordar e se espreguiçar lentamente.
Fiquei imóvel aguardando pra ver o que ele faria. Talvez voltasse a dormir novamente e eu ficaria com minhas paranóias. Mas para minha surpresa, ele se aproximou de mim, um gemido rouco saiu da sua garganta quando encostou-se em minhas costas e seu braço rodeou meu corpo nu num abraço. Eu senti minha pele vibrar quando sua mão tomou meus seios.
Pietro puxou-me pra mais perto e eu pude sentir que ele estava excitado debaixo do lençol. Seu membro rijo tocava em minha bunda fazendo-me prender a respiração e morder os lábios.
- Petit - ele sussurrou baixinho entre meus cabelos e então fechei meus olhos sentindo seu toque em meus mamilos rosados. Não resisti e virei-me pra ele devagar. Seus olhos claros estavam semi cerrados, preguiçosos. Aproximei meu rosto e suavemente o beijei na boca. Quem se importa com hálito quando se quer beijar uma boca carnuda daquela?
Pietro apoiou seu braço na cama e beijou-me com mais vontade. Enquanto me beijava, senti sua mão direita descer em meu corpo, tocando-me nos seios, minha barriga e alcançando inocentemente minha vagina fazendo-me gemer baixinho entre seus lábios. Seus dedos hábeis alcançaram meu clitóris massageando-o e fazendo-me delirar de prazer.
Amanhecer daquela forma era algo surreal e terrivelmente tentador. Era raro um dia que eu acordava e um homem já se preocupava em me satisfazer daquela forma.
Pietro introduziu seus dedos em mim, levando-me a loucura. Eu agarrava seus cabelos e abria as pernas a fim de senti-lo mais profundo. Seus lábios alcançaram meus seios e me acariciavam com a língua fazendo-me gemer e me contorcer de prazer.
Afastando o lençol que nos cobria, ele me observava. Segurei em seu braço guiando-o nos movimentos enquanto ele contemplava meu rosto queimar de tesão. Seus dedos me massageavam freneticamente, ora entravam, ora saíam, mas sempre molhados e cheios de prazer.
Abraçando-o fortemente eu disse que gozaria em seus dedos. Ele disse que queria em ver fazendo isso. Queria me ver se contorcer de prazer em suas mãos. Beijando-me loucamente, gozei em seus dedos enquanto entravam em mim num vai e vem louco e acariciava meu clitóris excitado. Senti meu corpo flutuar diante dos olhos de Pietro. Todos os meus movimentos foram contemplados por ele.
Sem julgamento, sem reservas, ele me olhou orgulhoso do meu momento que proporcionara. Aos poucos senti meu corpo voltar à realidade e Pietro, sorrindo, me beijou suavemente. Ele havia acordado pra me dar prazer. Como podia existir um homem daquele jeito? E como não se apaixonar por ele?

A Acompanhante do Italiano ( Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora